segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Saibam um pouco da minha vida em Patos

Cheguei a Patos no ano de l961. Lembro-me bem que a viagem foi de trem, a primeira vez que antrei naquele amontoado de ferro. Meu pai, que já estava na cidade há mais de um ano, trabalhando para o Sr. Alício Barreto, levou-me para o Hotel Santa Terezinha e apresentou-me ao Sr. Vicente, proprietário da referida pousada, localizada no início da Horácio Nóbrega. Até então, Patos era uma cidade estranha, bem diferente de Campina Grande, de onde eu procedia.
Meu primeiro emprego foi na empresa multinacional Anderson & Clayton, uma algodoeira, quase em frente ao Hotel. Minha permanência não foi muito longa ali. Casado e sem emprego, fui trabalhar com meu pai, na oficina de "seu" Alício Barreto, localizada nas proximidades da Rodoviária, que nem existia na época (as agências de passagens ficavam na Pedro Firmino, próximo à Prefeitura).
Depois é que fui trabalhar na Rádio Espinharas (1962), levado pelo colega José Augusto Longo da Silva. A rádio era bem diferente, mas no mesmo lugar de hoje. Daquela época, lembro de Artur Dionísio, Edilson Brandão, Luiz Pereira, Orlando Xavier, José Wilson (genro do saudoso Zezinho Pintor), Edleuson Franco de Medeiros, José Augusto Longo da Silva, João Bosco Boró, o velho Zacarias, Pedro Correia, Luiz Oliveira, entre outros. A rádio pertencia ao então Senador Drault Ernani de Mello e Silva e era dirigida por Maurício Leite.
Nesta minha primeira passagem pela Rádio Espinharas, recebi o nome artístico de "Carlos Alberto", idéia dos colegas José Augusto Longo e Luiz Pereira, que acharam Adalberto Claudino um nome estranho para locutor. Foi nessa época que apresentei os programas "Seu Pedido, Sua Música", "A Música dos Bairros" e "Parabéns Pra Você".
Depois de algum tempo longe dos microfones, fui convidado para trabalhar na Difusora Rádio Cajazeiras, na cidade do mesmo nome. Os diretores Mozar e José Adegildes eram muito exigentes e não permitiam que os seus funcionários frequentassem a Rádio Alto Piranhas, sua concorrente. A briga era descomunal e eu não me adaptei àquele sistema e, por isso, não demorei muito por lá.
Somente em 1973 é que voltei em definitivo ao mundo do rádio. Eu havia feito um teste na Rádio Carirí, em Campina Grande, no qual fui aprovado. Mas um grupo de colegas da Rádio Espinharas formado por Petrônio Gouveia, Aloisio Araújo, Amaury de Carvalho, Souza Irmão e outros, forçou o Pe. Joaquim de Assis Ferreira a me contratar. Isso fez com que eu, que já havia sido chamado pela direção da Rádio Carirí, desistisse e ficasse mesmo em Patos.
Nesta minha segunda etapa na Rádio Espinharas, tive a felicidade de, ainda na gestão do Pe. Assis, assumir a direção do Departamento de Jornalismo da emissora. Dessa época, lembro dos colegas Souza Irmão, Louraci Freitas, Paulo Porto, Batista de Brito, Batista Leitão, José do Bonfim, José Augusto Nóbrega, Francisco Augusto Nóbrega, Roberto Fernandes, Amaury de Carvalho, Aloísio Araújo, José Medeiros, Joaquim Pedra, Patrício Neto, Fernando Augusto, Waldemar Rui, Waldemar Tude, Odísia Wanderley, Corina, Edleuson Franco de Medeiros, Juarez Farias, Antônio Vieira, Pedro Correia Filho, Nilson de Peri, Virgílio Trindade, Luiz Gonzaga Lima de Morais, Nestor Alcântara Gondim, entre outros.
Além do Pe. Joaquim de Assis Ferreira, tive como diretores, na Rádio Espinharas, os padres Constante, Valdomiro Batista e Luiz Laires da Nóbrega.
Em Patos, também trabalhei na Rádio Panati e na Rádio Itatiunga. Nas duas, exerci a função de Diretor da Jornalismo. Fui ainda Assesssor de Imprensa da Prefeitura Municipal (gestão Edmilson Motta e Rivaldo Medeiros), e da Câmara Municipal (Gestões de Juracy Dantas de Sousa e Apolônio Gonçalves).
A convite do então capitão Clementino, assumi a Assessoria de Imprensa do III Batalhão de Polícia Militar, que tinha como comandante o coronel Deuslírio Pires de Lacerda. Na mesma época, assumi a Assessoria de Imprensa do DNOCS, dirigido, na época, pelo Dr. Plínio.
Durante um longo tempo fui árbitro da Liga Patoense de Futebol, chegando a ser o seu Diretor do Departamento de Árbitros. Lembro, inclusive de colegas como: Dimas Alexandrino, Mário Leitão, Geraldo Geraldino, Paulo César, Anchieta, Coremas, Silvaneto Firmino, entre outros.
Na área da educação, fui professor de Língua Portuguesa no Colégio Aristides Hamad Timene e Colégio Comercial Roberto Símonsen, além de lecionar nos cursinhos Extra Três, Apollo XI e Kennedy (preparatórios para o vestibular).
É muito arriscado citar nomes, pois sempre incorremos no pecado da omissão. Mas se isto acontecer, não será de propósito e sim por culpa daquilo que chamamos de lapso de memória. Vou arriscar alguns nomes de grandes amigos: Lila, do Bar Fluminense; Agamenon Borges Show; Jáder, o Garoto do Forró Quente; Nêgo Ximba; Alarcon Messias; Bastinho, do Nacional; Manoel Valadares, Zé da Trompa, Juracy Dantas de Souza; professor Manoel Messias do Nascimento; Dr. Edmilson Fernandes Motta; Antônio Araújo; Dr. Efigênio Vilar; Dr. Bosco Melquíades; Dr. Olavo Nóbrega; Dinaldo Wanderley; Tatinha; Saraiva, Roberto Fortunato; e muitos outros.

2 comentários:

  1. adalberto claudino,sou paulo cesar filho de manoel valadares,e procurando no google sobre meu pai encontrei esse seu depoimento emocionante de se ler, e comentei com meu pai essa obra e ele ficou bastante emocionado,um forte abraço e que deus continue te protegendo abraços de paulo cesar um fã que vc não conheçe mas que e filho de seu amigo manoel valadares..............................

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  2. Claudino, adorei conhecer a sua passagem por Patos, motivando hoje adorar aquela cidade. Esta, que também nasci e sou apaixonado. Sempre que posso, mesmo que de forma rara, vou até lá e visito parentes e grandes amigos que deixei por lá há quase 40 anos. Apesar dos meus 51 anos, mas o suficiente para conhecer, alguns mesmo que somente de nome, a maioria das pessoas citadas. Da rádio, tenho saudades da ...DOZE HOOOORAS...EM PATOS....CRÔNICA.......DAS DOZE...e as transmissões do gago Edleuson Franco...o programa de Batista Litão..entre outroS..Grande abraço. Sou um eterno saudosista como você.

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