A ESPOSA DO PASTOR
Muitas são as opiniões a respeito de como deve ser a esposa do pastor. Uns dizem que ela não tem a obrigação de ser um membro atuante na igreja e que pode até estar distante dos trabalhos, agindo com indiferença diante das funções pastorais do marido. Outros acham que ela, a esposa do pastor, deve ser uma ajudadora permanente, uma verdadeira auxiliar nos trabalhos por ele realizados. E para você, como deve se comportar a esposa do pastor?
Certa vez, um pastor de uma igreja Batista de uma cidade do interior de Pernambuco, confidenciou a um colega de uma igreja vizinha, cuja esposa era um baluarte na igreja, participando de todas as reuniões da M.C.A. (Mulheres Cristãs em Ação) e ajudando o marido em suas funções pastorais. Disse o pastor ao outro: “Sorte a sua que tem uma mulher que lhe ajuda nos seus trabalhos pastorais. Eu não tive a mesma sorte. A minha mulher é uma inútil. Nem cantar, ela canta na igreja. Já fiz de tudo para mudá-la mas não tem jeito. Só Deus, meu irmão!”
Quando a nossa igreja estava para escolher um novo pastor ( o atual havia se transferido para outra igreja), nós, os diáconos, estivemos reunidos com um pastor indicado por alguns membros da igreja. Quando eu perguntei como seria a participação da esposa dele nos trabalhos da igreja, ele respondeu: “Ainda sou solteiro porque Deus ainda não me mostrou a esposa ideal, mas quando isso acontecer, eu terei uma esposa para mim, não para a igreja”.
Muita gente diz que se exige muito das esposas dos pastores. A grande verdade é que a esposa que se omite diante das obrigações da igreja, com certeza perde uma grande oportunidade de contribuir com o sucesso do ministério pastoral de seu esposo. Pode não ser uma obrigação, mas não deixa de ser um dever de verdadeira serva do Senhor. Podemos até dizer que ela deve ser um exemplo para as outras mulheres de sua igreja.
Conheci um pastor que, ao ser convidado para uma série de conferências numa determinada igreja, afirmou que gostara da igreja, que seus membros eram bons e bem receptivos. Ao ser perguntado por que não ficara naquela igreja, ele respondeu: “É que minha esposa não gostou do local de casa pastoral. Ela achou o lugar muito pobre e disse que se eu quisesse que fosse sozinho, pois ela não estava disposta a morar numa favela”. É lamentável, mas é a pura realidade.
Você já teve um pastor, cuja esposa não concorda e nunca concordou com a idéia do marido ser pastor? Pois isso tem acontecido com muita freqüência, infelizmente. Nesse caso, o ministério desse pastor torna-se num verdadeiro martírio. É sofrimento por todos os lados. Se ele, através da Bíblia, tem uma idéia maravilhosa do céu, passa a ter certeza de que vive num verdadeiro inferno. É aí que podemos provar o quanto é importante a participação da esposa do pastor no seu ministério pastoral.
Muitos pastores ficam felizes ao receberem visitas de suas ovelhas. Para eles, manter as portas abertas para os irmãos é motivo de satisfação e alegria. Mas o que dizer quando as mulheres desses pastores detestam visitas? Já pensaram na situação em que se encontra uma pessoa ao ser considerada “persona non grata” por alguém e, principalmente quando essa pessoa é a esposa do seu pastor querido? Talvez você ache isso ridículo, mas é uma grande realidade da qual não podemos fugir.
Há pastores que souberam muito bem escolher a “profissão”, mas não foram sábios o suficiente para saber escolher a esposa ideal. Talvez não tivesse tempo ou paciência para esperar no Senhor. O pastor, para ser bem sucedido, precisa orar bastante e esperar que Deus coloque diante dele a esposa ideal, aquela que possa dividir com ele a grande responsabilidade de conduzir o rebanho do Senhor. Os que não agiram assim, estão “comendo o pão que o diabo amassou”.
OS DIÁCONOS
Ainda há um certo questionamento quanto a importância dos diáconos, bem como os critérios para que uma pessoa exerça esta função na Igreja do Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Há quem diga que o diaconato foi criado para ajudar ao pastor na condução dos trabalhos, inclusive da disciplina. Outros afirmam que os diáconos têm a função específica de servir, ou seja, estar presentes nos momentos em que haja necessidade de realizar visitas, de procurar saber como estão os irmãos, principalmente no que se refere à situação financeira, etc. E a Bíblia, o que diz a respeito dos diáconos? A resposta a esta pergunta só a própria Bíblia Sagrada pode dar.
Se a questão é saber mais sobre os diáconos, então vamos lá para a Primeira Carta de Paulo a Timóteo. Quando o apóstolo Paulo escreveu esta carta ao seu “verdadeiro filho na fé”, como ele mesmo disse, uma das suas preocupações foi falar sobre o comportamento dos bispos (como dirigentes da Igreja de Cristo) e dos seus auxiliares, os chamados diáconos. Depois de fazer referências aos bispos, o apóstolo Paulo fez questão de se referir aos diáconos dizendo: “Do mesmo modo, os diáconos devem ser homens de palavra e sérios. Não devem beber muito vinho, nem ser gananciosos. Eles devem se apegar à verdade revelada da fé e ter sempre a consciência limpa. Primeiro devem ser provados e depois, se forem aprovados, que sirvam à Igreja.”
Ora, os diáconos “eram pessoas que ajudavam nos trabalhos de administração das Igrejas e cuidavam dos pobres, das viúvas e dos necessitados em geral. Os diáconos também pregavam o evangelho e ensinavam a doutrina cristã”. Isso deixa patente a importância do diácono na vida da Igreja do Senhor. Vejamos o que nos diz o livro de Atos, capítulo 6, versículos 2 a 6, a respeito da escolha dos diáconos: “Então os doze apóstolos reuniram todo o grupo de seguidores e disseram:- Não está certo nós deixarmos de anunciar a palavra de Deus para tratarmos de dinheiro. Por isso, irmãos, escolham entre vocês sete homens de confiança, cheios do Espírito Santo e de sabedoria e nós entregaremos esse serviço a eles. Assim nós poderemos continuar usando todo o nosso tempo na oração e no trabalho de anunciar a palavra de Deus. Todos concordaram com a proposta dos apóstolos. Então escolheram Estêvão, um homem cheio de fé e do Espírito Santo, e também Filipe, Prócoro, Nicanor, Timom, Pérmanas e Nicoláu de Antioquia, um não-judeu que antes tinha se convertido ao judaísmo. Esses homens foram levados aos apóstolos, que oraram e puseram as mãos sobre a cabeça deles.”
Homens de confiança, cheios do Espírito Santo e de sabedoria. Que responsabilidade, não! Mas ainda tem outros critérios para se chegar ao diaconato. A Bíblia Sagrada também fala como deve ser a esposa de um diácono: “A esposa do diácono também deve ser respeitável e não deve ser faladeira. Ela precisa ser moderada e fiel em tudo.”(I Tim. 3:11). Não ser faladeira é o mesmo que não ser fofoqueira, bisbilhoteira, preocupada em falar mal dos outros, estar sempre com o dedo apontado para os defeitos alheios. Isso significa dizer que ser esposa de diácono não é tão fácil como muitos pensam.
Ainda sobre o diácono, a Bíblia Sagrada afirma: “O diácono deve ter somente uma esposa e ser capaz de governar bem os seus filhos e toda a sua família. Pois os diáconos que fazem um bom trabalho conquistam o respeito dos irmãos na fé e são capazes de falar com coragem sobre a sua fé em Cristo Jesus.”(I Tim. 3:12 e 13). Veja como o apóstolo Paulo orientou sobre os diáconos e respondam: Como são os diáconos de sua Igreja? Eles governam bem seus filhos e sua família? Eles são homens de confiança e cheios do Espírito Santo? Eles são homens sábios? Como se comportam suas esposas? São mulheres consagradas ao Senhor? Se não estão preparados para tão honrosa missão, por que tentam enganar os outros e a si próprios? Será que não sabem ainda que Deus é Oniciente e está observando todos os atos praticados por aqueles que tentam macular a sua Igreja? São perguntas que precisam de respostas urgentes.
Quando o apóstolo Paulo escreveu esta carta a Timóteo, ele estava preocupado com a Igreja, a quem ele chamou de “coluna e alicerce da verdade” (I Tim. 3:15). Paulo sabia que estaria com Timóteo a qualquer momento, mas prevendo qualquer imprevisto, resolveu orientá-lo quanto a necessidade de ter uma Igreja perfeita “Mas, se eu demorar, esta carta vai lhe dizer como devemos agir na família de Deus, que é a Igreja do Deus vivo, a qual é a coluna e o alicerce da verdade.”(I Tim. 3:15).
(A seguir, a Parte 08)
Nenhum comentário:
Postar um comentário