quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Patos: um ponto convergente-divergente


FALANDO UM POUCO DE PATOS, A “MORADA DO SOL”.

Patos, que neste 24 de outubro, celebra seus 104 anos de elevação à categoria de cidade. Povo alegre, hospitaleiro e de muita fé. São algumas das características marcantes dos filhos da Morada do Sol, um dos cognomes de Patos, chamada carinhosamente também de Rainha das Espinharas.

A cidade é considerada a terceira mais representativa do Estado. Está localizada no sertão paraibano, sendo polarizada por dezenas de municípios, inclusive dos vizinhos estados Rio Grande do Norte e Pernambuco. Sua economia é destaque, atraindo feirantes de todas as localidades da circunvizinhança. No seu dia a dia o pico de sua economia tem sido a feira da segunda-feira e do sábado, para onde convergem feirantes de diversas localidades.

A economia da cidade, que no início de seu desenvolvimento tinha como destaque a agropecuária, hoje ganha fôlego com o comércio varejista, setor que conta com a facilidade de acesso dos feirantes, sendo o município servido de boas rodovias, ferrovia, transporte aéreo e alternativo, infra-estrutura que facilita e faz de Patos pólo de distribuição de mercadorias e serviços para toda a região. As indústrias de bebidas e calçados, produtos escoados em grande parte para todos os estados do Nordeste e Pará, são uma das principais fontes geradoras de emprego e renda do município. O comércio tem sido destaque na Paraíba.

SAÚDE

A saúde de Patos sofreu processo de municipalização. A cidade mantém funcionando como referência para a região, o Hospital Regional Dep. Janduhy Carneiro, Hospital Infantil Noaldo Leite, Maternidade Peregrino Filho, Banco de Leite e Centro de Saúde Frei Damião. É sede do 6º Núcleo Regional de Saúde, composto de 24 municípios. Fazem parte também do seu sistema de saúde o Laboratório Central, Centro de Hemodiálise, Centro de Imagem, Centro de Reabilitação de Pessoas Portadores de Deficiência (CERPPOD), Samu, Caps, CEO e possui 32 equipes do PSF, que levam atendimento a 100% da população.
Patos se destaca também na educação, recebendo alunos de toda a região no ensino fundamental, médio e superior. A cidade está bem assistida de cursos superiores. Pela UFCG são oferecidos os cursos de Medicina Veterinária e Engenharia Florestal, além de pós-graduação em Biologia. Pela FIP – Faculdades Integradas de Patos as opções são: Geografia, História, Ciências Econômicas, Pedagogia, Letras, Enfermagem, Jornalismo, Informática, Direito, Biomedicina, Fisioterapia e brevemente Odontologia. A UEPB também se faz presente com três cursos: Matemática, Administração e Computação.

SEGURANÇA

Na Justiça Patos possui quatro varas que atendem sete municípios, um Juizado de pequenas causas, uma Curadoria do Meio Ambiente e do Patrimônio Público. Na segurança é sede do III Batalhão; 5ª Superintendência de Polícia Civil; possui unidade da Polícia Rodoviária Federal e delegacia da Polícia Federal, além de uma Seção do Corpo de Bombeiros e um Tiro de Guerra.

COMUNICAÇÃO

Nas comunicações a cidade, de aproximadamente 100 mil habitantes, tem sinal do SBT, Rede Globo, Record, Bandeirantes, Rede Vida e Canção Nova. São cinco emissoras de rádio: Espinharas, Panati, Itatiunga, Morada do Sol, e Rádio Alternativa, com caixas de som fixadas nos postes do centro da cidade. Circulam os jornais estaduais: O Norte, Diário da Borborema, A União, Correio da Paraíba, Jornal da Paraíba, sem contar com os tablóides locais de circulação mensal: Folha Patoense, O Sertão, A Voz do Povo, Taflóide, O Informato, Jornal dos Municípios, O Portal, Patos Empresarial, revista O Nosso Recado. Alguns sites já divulgam a cidade na Internet, como Patosonline, Patosnet, e blogs, como o www.garimpandopalavras.blogspot.com.

CULTURA

Grupos folclóricos, quadrilhas juninas, festas populares como Carnaval, São João; eventos religiosos: Pentecostes, Festa de Setembro. Há uma diversidade enorme que mantém vivas antigas tradições, que sobrevivem graças ao esforço e participação de seu povo.

FILARMÔNICA 26 DE JULHO

- Sempre convidada para abrilhantar eventos festivos, religiosos e políticos, a Filarmônica 26 de Julho é o hoje um dos maiores patrimônios culturais da cidade de Patos. Com 75 anos de existência é uma das mais antigas do Estado em atividade. Seu fundador foi o maestro Anésio Leão, que chegou ao município na década de 20 provindo de Campina Grande. Ao chegar aqui fundou o Instituto São José e com ele a Banda do Instituto São José. Como o Instituto não tinha recursos suficientes para mantê-la, aceitou a proposta do prefeito Adelgício Olinto de Melo e Silva, que queria homenagear João Pessoa, assassinado em 26 de julho de 30, dando-lhe o nome da banda.

FESTA DE SETEMBRO

- A Festa de Setembro, ou de Nossa Senhora da Guia, é um dos grandes destaques para história e cultura do povo de Patos. O evento, que completou 219 anos mês passado, tem amplo significado para o município, que surgiu justamente pela fé dos primeiros fazendeiros aqui instalados, que acreditaram no surgimento do povoado com a construção de uma capela.

SÃO JOÃO

O maior evento junino do sertão paraibano, o São João tornou-se um dos principais cartões postais do turismo de eventos desse município, recebendo durante às comemorações aos santos da época milhares e milhares de visitantes de todo o país em busca de muita diversão.

CIDADE HISTÓRICA

Através da Lei Estadual de Nº 200, de 24 de outubro de 1903, a Vila de Patos foi elevada à categoria de cidade. Naquele momento o município tinha como administrador Constantino Dantas Correia de Góis. Já na Assembléia Legislativa era representado pelo deputado Leôncio Pereira Monteiro Wanderley. O projeto que elevou Patos de vila à cidade foi de autoria do deputado José Campelo de Albuquerque, sendo sancionado por José Peregrino de Araújo, Presidente do Estado.

ALGUNS FATOS MARCANTES

- Uma das maiores lideranças políticas de Patos foi o Tenente-Coronel Miguel Sátyro e Sousa, que por quase três décadas, a partir dos primeiros anos do Séc. XX exerceu seu poderio político na localidade, época em que a cidade tornou-se conhecida como Patos do Major Miguel.

- No ano de 1912, quando transcorria a eleição para escolha dos representantes estaduais, a cidade foi atacada por um grupo armado, de quase 500 componentes, que eram liderados por Augusto Santa Cruz e Franklin Dantas, que defendiam a candidatura de Rego Barros. O objetivo de fundo era provocar intervenção federal na Paraíba.

- Em 1914 foi fundado na cidade o jornal A Voz do Sertão, tendo seu primeiro número circulado no dia 14 de março do mesmo ano. Seu fundador foi o advogado Genésio Gomes Gambarra.

- De 1904 até a 1930 o município foi administrado pelos seguintes agentes públicos: Sizenando Flórido de Sousa (1904-1907); Sebastião Ferreira da Nóbrega (1907-1913), José Peregrino de Araújo Filho (1913-1928); Firmino Ayres Leite (1928-1930) e Canuto Torres (1930), todos sob proteção política Miguel Sátyro.

- Um dos grandes fatos que marcaram a história da cidade foi a chegada, em 1921, da energia elétrica, implantada apelo engenheiro Brandão Cavalcanti. Já as primeiras obras sanitárias foram implementadas também de 1921.

- O ano de 1923 ficou marcado, de forma triste, na história da cidade, com a trágica morte da menina Francisca, adotada pelo casal Absalão e Domila Emerenciano. No local em que seu corpo foi encontrado hoje existe o Parque Religioso Cruz da Menina.

- Em 1942 o Cônego Fernando Gomes dos Santos, filho de Patos, foi agraciado com o título de Monsenhor. No ano seguinte, aos 33 anos incompletos, foi nomeado bispo da Diocese de Penedo-AL. Em 1949, tornou-se titular da Diocese de Aracajú.

- O Dr. Clóvis Sátyro e Sousa foi eleito para dirigir os destinos administrativos de Patos, tornando-se o primeiro prefeito constitucional do município, após a queda do Estado Novo, através de eleição realizada a 17 de janeiro de 1947. No período da ditadura Vargas Patos chegou a ser governado por nove prefeitos.

- A cidade ainda teve os seguintes prefeitos: Darcílio Wanderley (1951-1955); Nabor Wanderley (1955-1959); Bivar Olinto (1959-1963); José Cavalcanti da Silva (1963-1969); Olavo Nóbrega (1969-1973); Aderbal Martins (1973-1977); Edmilson Fernandes Mota (1977-1983); Rivaldo Medeiros (1983-1989); Geralda Medeiros (1989-1992); Antônio Ivânio de Lacerda (1993-1996) e Dinaldo Medeiros Wanderley (1997-2000/2001-2004). Atualmente é administrado por Nabor Wanderley Filho (2005-)

- Em 25 de fevereiro de 1959 o Santo Papa João XXIII, nomeou o Dom Expedito Eduardo de Oliveira, cearense de Pacatuba, como primeiro Bispo da Diocese de Patos. Este veio a faleceu a 8 de maio de 1983, após 24 anos a frente da. Seu substituto, Dom Gerardo Andrade Ponte (falecido em 2006), assumiu os destinos religiosos da Diocese em 26 de fevereiro de 1984, permanecendo no cargo até 1º de dezembro de 2001, quando se tornou bispo emérito. Para sucedê-lo foi nomeado Dom Manoel dos Reis de Farias.

- O primeiro veículo de comunicação radiofônica da cidade de Patos foi a Rádio Espinharas, instalada em 1º de agosto de 1950.De Patos muitas figuras ilustres brotaram em vários áreas do conhecimento, seja nas artes, política, jornalismo, literatura, a exemplo de Ernani Sátyro, Allyrio Meira Wanderley, Nelson Lustosa, Fátima Araújo, Flávio Sátiro Fernandes, João Rodrigues Coriolano de Medeiros, Balila Palmeira, José Urquiza e Tarcísio Meira César. Na política destaque para o ex-governador e ministro Ernani Ayres Sátyro e Sousa, Apolônio Zenaide Peregrino de Albuquerque, Edivaldo Fernandes Motta.
Na área da comunicação, Patos teve grandes nomes, entre eles, Luiz Pereira, José Augusto Longo da Silva, Nestor de Alcântara Gondim, Edleuson Franco de Medeiros, Virgílio Trindade, Adalberto Pereira, Juarez Farias, Amaury de Carvalho (autor do Hino de Patos), Souza Irmão, Aloisio Araújo, Louraci Freitas, José do Bonfim e outros. A Rádio Espinharas de Patos é a pioneira na radiodifusão. Depois dela vieram a Rádio Panati e a Rádio Itatiunga.
No esporte, a cidade de Patos é representada por seus dois principais clubes: Nacional Atlético Clube (alvi-verde) e Esporte Clube de Patos (alvi-rubro), sendo este o mais antigo, formado por Zéu Palmeira.

(Veja a seguir, o Hino de Patos, "Patos, Te Amo Patos", uma composição de Amaury de Carvalho)

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