segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Curiosidades Bíblicas

CURIOSIDADES BÍBLICAS

VELHO TESTAMENTO

PENTATEUCO

É uma palavra derivada do Grego e significa “Cinco Livros”. Esta palavra é usada para indicar os cinco primeiros livros da Bíblia, ou seja: Gênesis, Êxodo, Levítico, Número e Deuteronômio. Os judeus dão a esta parte da Bíblia o nome de Tora, que significa Lei. Estes livros que formam o Pentateuco, segundo os historiadores, foram escritos por Moisés, certamente orientado pelo Espírito Santo.

GÊNESIS

Significa “nascimento”, “origem”. No livro podemos distinguir duas partes: Origem do mundo e da humanidade e origem do povo de Deus. Dois temas nos ajudarão a compreendermos melhor o livro do Gênesis: o bem e o mal e a fraternidade. Gênesis tem 50 capítulos.

ÊXODO

Significa saída. O livro tem este nome porque começa por narrar como os hebreus saíram da terra do Egito, onde eram escravos. O acontecimento deu-se por volta de 1250 a.C. Êxodo tem 40 capítulos.

LEVÍTICO

É o terceiro livro escrito por Moisés e provém do nome LEVI, a tribo de Israel que foi escolhida para exercer a função sacerdotal no meio do seu povo. Este livro foi escrito depois do exílio na Babilônia. Concorreram para sua formação textos elaborados pelos sacerdotes através dos tempos: um ritual para os sacrifícios, um para a consagração dos sacerdotes, e critérios para distinguir o que é puro e o que é impuro. Levítico tem 27 capítulos.

NÚMEROS

Este livro é assim chamado porque começa com um grande recenseamento do povo hebreu no deserto. Para os hebreus, a saída do Egito foi uma lenta e penosa caminhada em busca de uma terra. Neste livro, a caminhada transforma-se em majestosa marcha organizada de todo um povo. As tribos de Israel estão todas presentes, formando os esquadrões de Deus. Números tem 36 capítulos.

DEUTERONÔMIO

Palavra grega que significa Segunda Lei. Trata-se de uma reapresentação e adaptação da Lei em vista da vida de Israel na Terra Prometida. Este livro nasceu muito tempo depois da situação histórica que nele encontramos (discurso de Moisés antes da entrada na Terra), e passou por um longo período de formação. Para o autor, o povo de Deus está sempre na posição de quem deve converter-se a Deus e viver em aliança com Ele, para ter a vida. A idéia central de todo o livro é que Israel viverá feliz e próspero na Terra se for fiel à aliança com Deus; se for infiel, terá a desgraça e acabará por perder a Terra. A sua parte central nasceu em meados do século VIII a.C., numa época de grande desenvolvimento econômico, que acabou por acelerar a injustiça e a desigualdade social: uma minoria privilegiada detinha a riqueza e o poder, enquanto a maioria do povo ficava reduzida à miséria. Deuteronômio tem 34 capítulos.

JOSUÉ

Este livro relata acontecimentos situados no século XIII a.C.; a conquista e a partilha de Canaã, a Terra Prometida, pelas tribos de Israel. Não se trata de uma crônica, mas de uma interpretação dos fatos para mostrar o significado da conquista de Canaã. A principal personagem é a Terra Prometida. O livro escrito por Josué, escolhido por Deus para substituir Moisés, constitui um insuperável tratado sobre a Graça de Deus, que é a base da vida e da história. Josué era filho de Num, servidor de Moisés. Josué tem 24 capítulos.

JUIZES

O livro relata fatos situados entre 1200 e 1020 a.C., descrevendo a continuação da conquista da Terra da vida das tribos até ao início da monarquia. Trata-se de um tempo da “democracia tribal” e cheio de dificuldades. As tribos são governadas por chefes que têm um cargo vitalício (juízes menores). Juízes tem 21 capítulos.

RUTE

Era uma família de Judá que vivia em Belém. Devido à fome que assolara a região, teve de emigrar para os campos de Moabe, onde o pai, Elimeleque (meu Deus é rei), faleceu. Os filhos casaram com jovens moabitas: Malon (doença) com Rute; e Quilion (fragilidade) com Órfã. Mas os dois homens, ainda sem descendência, não tardaram a falecer. Sozinha, Noemi (minha Graciosa) decidiu regressar à sua terra natal. Uma das noras, Órfã (nuca), acedeu a retornar à casa de seus pais; a outra, Rute (amiga ou reconfortada) não abandonou a sogra: “Para onde fores, também irei. O teu povo será o meu povo, o teu Deus será o meu Deus”. Boaz (força nele) desposou Rute e deu um filho à família: Obed (servidor do Senhor) que veio a ser avô de David. O livro de Rute tem apenas 4 capítulos.

I e II SAMUEL

Os livros de Samuel relatam acontecimentos que se situam entre 1040 e 971 a.C. Eles apresentam uma análise crítica do aparecimento da realeza em Israel, análise esta que pode ajudar a avaliar os nossos sistemas políticos, bem como qualquer outra autoridade. Em I Samuel temos duas versões do surgimento da autoridade política central: a primeira é contrária e hostil à monarquia, apresentando a visão mais democrática das tribos do Norte, que viviam em terras mais produtivas; a segunda versão é favorável à monarquia e representa a visão da tribo de Judá, que vivia em terras menos produtivas. A verdade é que I Samuel oferece uma visão crítica da autoridade política. Sugere-se ler I Samuel 8:10, 17-27 / 9:1-10 / 16:11. II Samuel está centrado na figura de Davi, apresentado como o rei ideal, que obedece a Deus e serve o povo, e cuja história começa propriamente em I Samuel 16. O ponto mais alto da história de Davi é a profecia de Natã (II Samuel 7), onde o profeta anuncia que o trono de Jerusalém será sempre ocupado por um messias (rei ungido) da família de Davi. Samuel era filho de Elcana e Ana. O livro de I Samuel tem 31 capítulos e o de II Samuel tem 24 capítulos.

I e II REIS

Os livros dos Reis relatam acontecimentos que vão de 971 a 561 a.C., continuando a história da monarquia iniciada com Saul e Davi. Depois de Salomão, o império divide-se em dois reinos (931 a.C.): O Reino de Israel, com sede em Samaria, que caiu em poder da Assíria em 722 a.C., e O Reino de Judá, com sede em Jerusalém, que caiu em poder da Babilônia em 586 a.C. Estes livros fornecem uma reflexão crítica sobre a história do povo e dos reis que governaram: a fidelidade a Deus leva à bênção e à prosperidade; a infidelidade leva à maldição, à ruína e ao exílio (II Reis 17:7-23). O livro de I Reis tem 22 capítulos e o de II Reis tem 25 capítulos.

I E II CRÔNICAS

Quando o autor escreveu os livros das Crônicas, já existia a grande história, formada pelos livros de Josué, Juízes, Samuel e Reis. Bastaria acrescentar alguns capítulos sobre o regresso do exílio e a vida da comunidade até o início do século IV a.C. O autor, no entanto, tinha sérios motivos para apresentar outra versão de toda a história do seu povo (desde Adão até a fundação do Judaísmo). A personagem principal desta história é o Templo e os sacerdotes e levitas. Os livros das Crônicas oferecem uma versão da história que reivindica e justifica a função do levita na chefia da comunidade judaica. Graças a ele, os ideais do Êxodo e de uma sociedade igualitária permanecem vivos, à espera de uma ocasião histórica propícia que torne possível a sua concretização. O livro de I Crônicas tem 29 capítulos e o de II Crônicas tem 36 capítulos.

ESDRAS E NEEMIAS

Os livros de Esdras e Neemias continuam a história de Israel, relatando os acontecimentos entre 538 e 400 a.C. O tema central é a organização da comunidade, que se formou a partir do regresso dos judeus exilados na Babilônia. No início, tratava-se de um único livro, mais tarde separado em duas partes, denominadas I e II Esdras. Depois, o segundo recebeu o nome de Neemias. Em conjunto, os capítulos não se encontram na ordem cronológica e literária original. O livro de Esdras tem 10 capítulos e o de Neemias tem 13 capítulos.

ESTER

Este livro apresenta-se em duas versões: uma hebraica e outra grega. Julga-se que a hebraica date da segunda metade do século IV a.C. O “dia do Mardoqueu” pressupõe o conhecimento do livro de Ester na Palestina, por volta do ano 160. Sabe-se que a versão grega, consideravelmente ampliada, circulava em 114 a.C., data em que foi enviada ao Egito para fundamentar a festa dos “Purim” (10:31). Há uma sequência de cenas: a queda da rainha Vasti, a elevação de Ester, a promoção de Amã e sortes contrárias aos judeus, incluindo o abaixamento de Mardoqueu; depois o êxito de Ester, a reabilitação e o triunfo de Mardoqueu. Contém ainda pormenores intrigantes para nós: violências, intrigas palacianas, mortandades indiscriminadas. O livro de Ester tem apenas 10 capítulos.



O tema central deste livro não é problema do mal, nem o sofrimento do justo e inocente e muito menos o da “paciência de Jó”. O autor discute a questão mais profunda da religião: a natureza da relação entre o homem e Deus. O povo de Israel concebia a relação com Deus através do “dogma da retribuição”: Deus retribui o bem com o bem e o mal com o mal. Ao justo, Deus concede saúde, prosperidade e felicidade; ao injusto, castiga-o com desgraças e sofrimentos. O livro de Jó foi redigido, provavelmente, na sua maior parte, durante o exílio no século VI a.C. Como Jó, o povo de Judá havia perdido tudo: família, propriedades, instituições e a própria liberdade. Um aspecto importante de livro é que Jó faz a sua experiência de Deus na pobreza e marginalização. Experiência que ultrapassa todas as explicações, tornando-se ponto de partida para uma nova história das relações entre os homens e destes com Deus. O livro de Jó tem 42 capítulos.

SALMOS

Este livro, com 150 orações e cânticos, é considerado o “coração” do Antigo Testamento. A palavra SALMO significa “oração cantada e acompanhada com instrumentos musicais. Assim, na oração e no canto de Israel, podemos ver como a história, a profecia, a sabedoria e a lei penetraram na vida do povo e a transformaram em oração viva, marcada por todo o tipo de situações pessoais e coletivas. Os “Salmos” são também poesia, que é a forma mais apropriada para expressar os sentimentos perante a realidade da vida. Eles supõem o contexto maior de uma fé que nasce da história e faz história. O seu ponto de partida é o Deus libertador que ouve o clamor do povo e se torna presente, dando eficácia à sua luta pela liberdade e vida. Por isso, os Salmos são as orações que manifestam a fé que os pobres e oprimidos têm no Deus aliado. O livro dos Salmos é o mais citado pelos escritores do Novo Testamento. O livro dos Salmos tem 150 capítulos e o mais longo deles é o 119.

PROVÉRBIOS

Este é um verdadeiro resumo da sabedoria de Israel, na sua fase inicial. Ele agrupa adágios, sentenças e algumas máximas mais desenvolvidas. Os provérbios não foram todos escritos por um mesmo autor e não pertencem todos à mesma época. A maioria deles nasceu da experiência popular, passou de boca em boca, sendo depois recolhida, burilada e editada por sábios ou escribas profissionais desde o tempo de Salomão (950 a.C.) até dois séculos depois do exílio (400 a.C.). Foram atribuídos ao rei Salomão por causa de sua fama de sábio (veja I reis 3:5) mas, se olharmos atentamente para os vários subtítulos que aparecem no livro (Ex.: 10:1; 22:17; 30:1;...), podemos facilmente distinguir nove coleções, provindas de tempos e mãos diferentes. Também este livro é Palavra de Deus que transmite vida. Uma palavra que Deus comunica através das situações e acontecimentos de cada dia. O livro dos Provérbios tem 31 capítulos.

ECLESIASTES

É um livro que se inscreve na corrente da sabedoria. Ele é atribuído a Salomão, mas foi escrito no decurso do século III antes da nossa era. A Palestina era uma colônia helenista do império dos Ptolomeus, ao qual devia pagar pesados tributos, arrecadados pela família dos Tobíades, que controlava o comércio, a economia e a administração interna. O livro de Eclesiastes tem doze capítulos.

CÂNTICO DOS CÂNTICOS

Este livro é uma coletânea de cantos populares de amor, usados talvez em festas de casamento, onde noivo e noiva eram chamados rei e rainha. Um redator reuniu esses cantos, formando uma espécie de drama poético. Ele também é atribuído ao rei Salomão, reconhecido em Israel como patrono da literatura sapiencial. A forma final do livro, de altíssimo valor poético, remonta ao século V ou VI a.C. O Cântico dos Cânticos e o que ele descreve – o amor humano – podem e devem ser lidos como uma parábola incomparável que revela a paixão e ternura de Deus pela humanidade. Este livro tem oito capítulos.

ISAIAS

O profeta Isaias trouxe a mensagem do juízo de Deus às Nações, anunciou um rei futuro, à semelhança de Davi, e prometeu uma era de paz e tranqüilidade. O livro de Isaias tem 66 capítulos.

JEREMIAS

Jeremias é da tribo de Benjamin e originário de Anatot, pequena cidade do interior. Embora de família sacerdotal, está ligado às tradições proféticas do Norte, principalmente a Oséias, e não às tradições do sacerdócio e da corte de Jerusalém. A exemplo de Miquéias, pertence ao mundo camponês. De maneira crítica, traz consigo a visão dos camponeses sobre a situação do país. A atividade profética de Jeremias desenrolou-se entre os anos 627 e 586 a.C., e pode ser dividida em quatro períodos: o primeiro, durante o reinado de Josias (627-609 a.C.); o segundo, durante o reinado de Joaquim (609-598 a.C.); o terceiro, durante o reinado de Sedécias (597-586 a.C.); e o quarto, depois da queda de Jerusalém (586 a.C.). O livro de Jeremias tem cinqüenta e dois capítulos.

LAMENTAÇÕES

Provavelmente, as Lamentações foram escritas na Palestina depois da queda de Jerusalém em 586 a.C. Uma tradição atribui este livro ao profeta Jeremias, mas tudo indica que essa é uma atribuição artificial. Trata-se de cantos fúnebres que descrevem, de modo doloroso e poético, a destruição de Jerusalém pelos babilônios e os acontecimentos que se sucederam a essa catástrofe nacional: fome, sede, matanças, incêndios, saques e exílio forçado. Estes poemas retratam a angústia de um povo humilhado, que faz exame de consciência, grita de arrependimento e suplica perdão. Lamentações tem apenas cinco capítulos.

EZEQUIEL

O profeta Ezequiel exerceu a sua atividade entre os anos 593 a 571 a.C. Sacerdote exilado em Babilônia com uma parte de seu povo, ele anuncia aí as sentenças de Deus. A comunidade, no meio da qual vive, acredita que em breve tudo voltará a ser como antes. O livro de Ezequiel tem 48 capítulos.

DANIEL

O livro de Daniel é um escrito apocalípto que surgiu no século II a.C., quando a comunidade estava sendo perseguida e em crise. Era a época em que o rei Antíoco IV queria acabar com a cultura, costumes e religião dos judeus, perseguindo quem não se sujeitasse aos padrões e aos costumes da cultura grega que ele, o rei, procurava introduzir. A finalidade do livro de Daniel era sustentar a esperança do povo fiel e, ao mesmo tempo, provocar a resistência contra os opressores. O livro de Daniel tem 12 capítulos.

OSÉIAS

O profeta Oséias exerceu a sua atividade no reino do Norte, durante o reinado de Jeroboão II, entre os anos 782 e 753 a.C. Toda a pregação de Oséias está impregnada de uma experiência pessoal tão profunda, que se tornou para ele um símbolo (Os. 1 e 3). Ele amava de todo o coração a sua esposa, mas ela o deixou para se entregar a outros amantes. Esse amor não correspondido ultrapassou o nível de frustração pessoal para ser uma enorme força de anúncio: o profeta apresenta a relação entre Deus, sempre fiel e cheio de amor, e o seu povo, que O abandonou e preferiu correr ao encontro dos ídolos. Oséias torna-se, então, denunciador de toda a espécie de idolatria, a que ele chama prostituição. Oséias era casado com Gomer, uma prostituta, filha de Diblaim. Ele teve como filhos: Jezreel, Não-Amada e Não-Meu-Povo. O livro de Oséias tem 14 capítulos.

JOEL

Joel é também chamado “o profeta do Pentecostes”. Nada se sabe a respeito do tempo em que ele viveu. O seu livro, no entanto, está dividido em duas partes: na primeira, os dois capítulos iniciais narram uma terrível invasão de gafanhotos que devasta as plantações do país. Isso leva Joel a pedir que todos participem de súplicas a Deus para que Ele afaste a catástrofe. Deus mostra a Sua misericórdia e anuncia a libertação da praga e as bênçãos para novas plantações; na segunda parte, o que era gafanhotos na primeira, transforma-se em exército de Deus. O livro de Joel tem apenas 3 capítulos.

AMÓS

Em meados do século oitavo a.C., pelo ano de 760, um lavrador chamado Amós, em obediência a Deus, deixou a sua vida tranqüila no Sul e foi anunciar e denunciar no Norte, onde reinava Jeroboão. Amós anunciava que o julgamento de Deus iria atingir não só as nações pagãs, mas também e principalmente, o povo escolhido, que se considerava salvo, mas na prática era pior que os pagãos. Amós denunciava os ricos que acumulavam cada vez mais, para viverem em mansões e palácios, criando um regime de opressão; as mulheres ricas que, para viverem no luxo, estimulavam os maridos a explorar os fracos; os que roubavam e exploravam e depois iam no santuário fazer suas orações, pagar o dízimo, dar esmolas para sossegar a própria consciência; os juízes que julgavam de acordo com o dinheiro que recebiam dos subornos; os comerciantes ladrões e aqueles que, sem escrúpulo, deixavam os pobres sem possibilidades de comprar e vender as mercadorias por preço justo. O livro de Amós tem apenas 9 capítulos.

OBADIAS

Nos vinte e um versículos que compõem o seu livro, Obadias aborda uma questão séria e importante: a necessária solidariedade entre irmãos, sobretudo quando algum experimenta um mau bocado. O povo estava a ser pilhado e destruído pelos babilônios. Então Obadias reparou que Edom, país-irmão, em vez de ajudar o mais fraco, pendeu para o lado do mais forte. Tirando proveito da situação, Edom conquistou terras, participou na pilhagem, matou, perseguiu e denunciou os que estavam escondidos e pediam proteção. Obadias tem somente um capítulo.

JONAS

Esta obra nasceu certamente do pós-exílio para contrariar o nacionalismo exagerado e exclusivista em que se afundava o povo judeu. I livro de Jonas faz ligação direta com a novidade evangélica. O “caso Jonas” preanuncia que os pagãos escolheriam Jesus com mais espontaneidade do que os membros do povo de Deus. O “sinal de Jonas” representa de algum modo a morte e a ressurreição de Jesus: três dias no ventre do peixe, três dias no seio da terra, para reganhar vida e luz. O livro de Jonas tem quatro capítulos.

MIQUÉIAS

O profeta Miquéias nasceu em Morasti, uma povoação no interior do reino de Judá. A sua origem camponesa manifesta-se na linguagem concreta e franca, nas comparações breves e nos jogos de palavras. Ele exerceu a sua ação profética na segunda metade do século VIII a.C.. Viveu de perto a queda da Samaria em 722 e o desmoronar do reino do Norte, sofreu com a presença das tropas assírias na região. No seu estado atual, o livro aproxima-se da estrutura clássica dos documentos proféticos: a condenação de Israel é seguida de promessas a Sião. O livro também encerra promessas e esperanças. Dentre elas destaca-se o anúncio do nascimento do Messias na pequena cidade de Belém. O livro de Miquéias tem sete capítulos.

NAUM

A atividade profética de Naum desenrolou-se entre 663 e 612 a.C., as datas da tomada de Tebas e da queda de Nínive, respectivamente. A Assíria, já responsável pelo desmantelamento do reino do Norte e da sua capital, Samaria, em 722 a.C., tentava consolidar o seu poderio, mediante campanhas sucessivas ao Ocidente, cobrindo a Palestina e o Egito de destruições e impostos. Ao sul da Mesopotâmia, porém, erguia-se lentamente o novo império babilônico que, aliado aos Medos, poria termo à supremacia assíria. Neste contexto sombrio que pesava sobre Judá, o profeta Naum levou aos oprimidos uma mensagem de consolação e reconforto, como o seu próprio nome indica. Apesar da arrogância e da força dos inimigos, Deus é mais forte, é o soberano da História. O livro de Naum tem apenas três capítulos.

HABACUQUE

O livro de Habacuque apresenta uma articulação simples e ordenada: um curto título (1:1), seguido de um amplo diálogo do profeta com o seu Deus e uma liturgia final relembrando o Senhor e a Sua força. No primeiro diálogo (1:2-11), o profeta interpreta o próprio Deus acerca da violência e da opressão que invadem o país, a ponto de anestesiar a Lei, distorcer o direito e encurralar o justo. A resposta é a evidência da invasão do território por um inimigo que aplica um castigo, semeando combate e saques, amontoando prisioneiros de guerra. O segundo diálogo (1:12-17), o profeta dirige a Deus um veemente apelo contra o opressor que exagerou na missão de instrumento escolhido por Deus. A resposta que fica para a posteridade, atesta que, a seu tempo, o orgulho não vingará, os ídolos inertes e mudos não socorrem ninguém, enquanto que o justo viverá, encontrará a vida através da sua fidelidade. O livro de Habacuque tem apenas três capítulos.

SOFONIAS

O profeta viveu e exerceu a sua atividade em tempos dramáticos para a região. Judá não podia esquecer a destruição do reino do Norte pelas forças assírias; sentia o peso da vassalagem que pagava ao império dominante. No intuito de fazer inclinar a balança para o lado do Egito, um golpe palaciano mata o rei Amon, mas não surte efeito, pois foi colocado no trono o seu filho menor, Josias, chamado a um longo reinado e a empreender uma reforma extremamente corajosa. O tom do livro, com ataques e censuras às modas estrangeiras, aos falsos deuses, aos ministros e aos demais responsáveis, sem uma referência ao rei, sugere o que Sofonias profetizou antes da reforma religiosa, durante a menoridade de Josias, na década de 640 a 630, pouco antes de Jeremias. O livro mostra os elementos clássicos de um depoimento profético: oráculos contra Judá, reforçados com as cores de “o Dia do Senhor”; pronunciamentos contra as nações vizinhas e contra Jerusalém; promessas finais de conversão e reabilitação. “O Dia do Senhor” impõe-se como tema central da mensagem. O livro de Sofonias tem apenas três capítulos.

AGEU

Findo o cativeiro na Babilônia, graças ao édito de Ciro, do ano 538 a.C., adivinha-se a alegria do grupo de israelitas regressado à Palestina. Sob a chefia de Zorobabel. Mas o delírio do retorno cedo empalidece no confronto com o dia a dia banal e difícil. Das casas deixadas, parte era um amontoado de ruínas, parte estava ocupada por estranhos. O entusiasmo inicial deu para restabelecer parcialmente o culto; não deu, porém, para reconstruir o Templo nem para levantar as muralhas da cidade. Os recursos financeiros escasseavam e os conflitos internos, deflagrados na corte persa com a morte de Cambises em 520, quando o profeta Ageu entra em cena, com uma missão precisa: reunir os compatriotas para a volta da causa comum que era a reconstrução do Templo. O livro de Ageu tem apenas dois capítulos.

ZACARIAS

A primeira parte do livro, composta dos capítulos 1 a 8, contém os oráculos do profeta Zacarias, contemporâneos de Ageu (520 a.C.). É a época em que a comunidade judaica procura reconstruir as suas bases de fé e vida social. Sofrendo ainda a amarga provação de um domínio estrangeiro, o povo sente-se desencorajado e pergunta: “Deus ainda está no meio de nós?”. Zacarias, em oráculos e visões, mostra que Deus continua presente para realizar o Seu projeto através da comunidade. O profeta reanima a esperança de um povo que passa por grandes dificuldades materiais e dúvidas de fé e que, por isso, é levado à resignação passiva. Zacarias estimula os compatriotas a arregaçarem as mangas para construírem o Templo, símbolo da fé e unidade nacional. A segunda parte, formada dos capítulos 9 a 14, foi escrita no período em que os gregos dominavam a Palestina, depois da grande campanha de Alexandre Magno (333 a.C.). Zacarias olha para o futuro do povo de Deus e anuncia também o aparecimento do Messias. O livro de Zacarias tem catorze capítulos.

MALAQUIAS

Estimulada pelos profetas Ageu e Zacarias, a comunidade judaica reconstruíra o Templo de Jerusalém e regressara a uma vida normal. No entanto, cinqüenta anos depois o desleixo e a apatia tomam conta da comunidade, e a fé deixa de ser força de vida, transformando-se em simples culto formalista. É nessa época que surge o último dos profetas clássicos, Malaquias. Ele anuncia a vida de João Batista, como precursor de Jesus Cristo e relembra que Deus não se esquece dos judeus, ou seja, daqueles procuram levar adiante o projeto de Deus, fazendo a Sua vontade e recebendo como recompensa, a vitória final, ao contrário dos ímpios (Mal. 3:13-21). Em estilo de perguntas e respostas, Malaquias obriga-nos a rever a própria fé e a lutar contra a hipocrisia de uma religião desligada da vida cotidiana e da prática de justiça. O livro de Malaquias tem apenas quatro capítulos.

OBS.: O Velho Testamento é composto por 39 (trinta e nove) livros, com um total de 929 (novecentos e vinte e nove) capítulos.

NOVO TESTAMENTO

MATEUS

De todos os evangelistas, Mateus é o que apresenta uma didática mais clara. Ele apresenta Jesus Cristo como o EMANUEL, que significa “Deus conosco”. Mateus nos mostra que Deus está presente em Jesus, comunicando a palavra e ação que libertam os homens e os reúnem como novo povo de Deus. As últimas palavras de Jesus (Mat. 28:20) são uma promessa de permanência: “Eis que Eu estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo”. Estas palavras foram dirigidas aos discípulos, mostrando que Mateus vê a comunidade cristã como semente do novo povo de Deus. Segundo Mateus, Jesus Cristo é o Messias que realiza todas as promessas feitas no Antigo Testamento. Inicialmente, Mateus apresenta Jesus Cristo como o Mestre que veio realizar a justiça: “Devemos cumprir toda a justiça” (Mat. 3:15). O restante do evangelho mostra que, através da palavra e da ação, Jesus Cristo vai educando a comunidade cristã para a prática dessa justiça, ou seja, vai ensinando como se deve realizar concretamente a vontade de Deus. Ao lermos Mateus, somos convidados a olharmos para dentro de nós mesmos, a fim de descobrirmos a presença de Jesus Cristo, que nos ensina a prática da justiça. O livro de Mateus tem vinte e oito capítulos.

MARCOS

Na leitura do livro de Marcos, é importante percebermos o significado do que Jesus Cristo faz, ou seja, estar atento ao quadro completo de Sua atividade. Marcos escreveu o seu Evangelho com a finalidade precisa de responder à pergunta: “quem é Jesus?”. Ele, porém, não responde com doutrinas teóricas ou discursos do próprio Jesus. Ele apenas faz um relato da prática ou atividade de Jesus, deixando que cheguemos, por nós mesmos, à conclusão de que Jesus é o Messias, o Filho de Deus (Marcos 1:1; 8:29; 14:61; e 15:39). O livro de Marcos é apenas o início da Boa Notícia (1:1). O autor deixa bem claro que a sua obra não é completa e que, para chegarmos ao fim, supõe que tomemos uma posição: continuarmos o livro através da nossa própria vida, tornando-nos discípulos de Jesus. Como discípulos, devemos agora chegar a uma decisão, ou seja, reconhecer Jesus como o Messias que nos leva à plenitude da vida. Aceitando o Seu convite. O livro de Marcos tem dezesseis capítulos.

LUCAS

Este terceiro Evangelho é a primeira parte de uma obra que continua com o livro dos Atos dos Apóstolos (Lc. 1:1-4; At. 1:1). Enquanto o livro de Lucas apresenta o caminho de Jesus, o livro dos Atos apresenta o caminho da Igreja. Os dois juntos formam o caminho da salvação. O ápice do terceiro Evangelho está nas palavras de Jesus Cristo na cruz: “Pai, nas Tuas mãos entrego o Meu espírito”. A morte de Jesus é a Sua libertação nas mãos de Deus. É a conseqüência da Sua vida e atividade voltada para os pobres e oprimidos. Jesus Cristo faz da Sua vida e morte um ato de humilde entrega a Deus. E Deus responde com a ressurreição, que revela e torna legítimo o caminho de Jesus como o caminho da vida. O livro de Lucas tem vinte e quatro capítulos.

JOÃO

O Evangelho segundo João é diferente dos três primeiros (Mateus, Marcos e Lucas). Nos outros há muitos milagres e palavras de Jesus. Em João encontramos apenas sete milagres, que são chamados sinais, e alguns discursos que se desenvolvem lentamente, repetindo sempre os mesmos temas-chave. Para João Batista, Jesus Cristo é o enviado de Deus, Aquele que revela o Pai aos homens. Deus ama os homens e quer dar-lhes a vida. Jesus revela esse amor e realiza a vontade do Pai, dando sua vida em favor dos homens. O Evangelho de João visa despertar e alimentar a fé em Jesus Cristo, o Filho de deus, a fim de que os homens tenham a vida (Jo. 20:30, 31). O livro de João tem vinte e um capítulos.

ATOS DOS APÓSTOLOS

O livro de Atos dos Apóstolos foi escrito provavelmente entre 80 e 90 a.C. O seu autor é o mesmo do terceiro Evangelho, identificado a partir do século II, como Lucas, o médico que acompanhou o apóstolo Paulo. Enquanto o Evangelho de Lucas apresenta o caminho de Jesus, o livro de Atos dos Apóstolos apresenta o caminho da Igreja. Nos Atos, a Igreja aparece como dinamismo polarizado no testemunho e na missão. O livro de Atos dos Apóstolos tem vinte e oito capítulos.

ROMANOS

Paulo é uma das figuras mais importantes do Novo Testamento. As informações sobre sua vida estão nos Atos dos apóstolos e nas Cartas que escreveu. Paulo nasceu no ano 10 da nossa era, na cidade de Tarso da Cicília. Era filho de judeus, da tribo de Benjamim e cresceu à sombra da mais perfeita tradição judaica. Ainda jovem, foi para Jerusalém, onde se especializou no conhecimento da sua religião. Tornou-se mestre e fariseu, ou seja, um especialista rigoroso e escrupuloso no cumprimento de toda a Lei judaica e seus pormenores. Cheio de zelo pela religião, começou a perseguir os cristãos, até que se encontrou com o Senhor Jesus na estrada de Damasco. A sua experiência de Jesus mudou-lhe completamente a vida até a morte, cerca do ano 67. A Carta aos Romanos: Formada talvez por cristãos oriundos da Palestina e da Síria, a comunidade romana tornou-se conhecida em todo o mundo. Um édito do imperador Cláudio, no ano 49, expulsou de Roma os judeus e, provavelmente, também os cristãos. Priscila e Áquila, um casal judeu-cristão, vítimas dessa expulsão, foram para Corinto, onde se encontraram co Paulo, que realizava a sua segunda viagem missionária. É através deles que Paulo fica informado sobre a situação dos cristãos em Roma. A Carta de Paulo aos romanos parece ter uma finalidade bem precisa: ele está preocupado em corrigir falsas interpretações a respeito de sua pregação entre os pagãos, provavelmente levados para Roma por judeus e por cristãos judaizantes. Paulo quer mostrar aos judeu-cristão de Roma e a nós mesmos que nenhuma lei pode salvar e que somente a fé que temos em Jesus Cristo é que nos coloca no âmbito da graça e nos possibilita construir, no Espírito, a humanidade nova. O livro de Romanos tem dezesseis capítulos.

I AOS CORÍNTIOS

Corinto era uma rica cidade comercial, com mais de 500 mil habitantes, na maioria escravos. Nesse porto marítimo havia gente de todas as raças e religiões à procura de vida fácil e luxuosa, criando um ambiente de imoralidade e ganância. A riqueza escandalosa de uma minoria estava ao lado da miséria de muitos. Surgiu, inclusive, uma expressão: “Viver à moda de Corinto”, que significava viver no luxo e na orgia. Paulo, entre os anos 50 e 52, permaneceu ali durante dezoito meses e fundou uma comunidade cristã formada por pessoas da camada mais modesta da população. A Primeira Carta aos Coríntios foi escrita em Éfeso, provavelmente no ano 56. A Primeira Carta aos Coríntios tem dezesseis capítulos.

II AOS CORÍNTIOS

Esta Carta é composta, provavelmente, de vários escritos que Paulo enviou ao povo de Corinto em ocasiões diferentes. Afirma-se que o apóstolo Paulo tenha remetido mais de duas cartas àquele povo, pelo menos quatro deles e um bilhete. Alguns dados ajudaram a descobrí-lo. Senão vejamos: Em I Coríntios 5:9, Paulo diz que tinha escrito uma carta anterior, admoestando os coríntios para que não tivessem relações com gente imoral. Em II Coríntios 2:3, ele fala de uma carta severa e que, ao escrevê-la, “estava tão preocupado e aflito que até chorava”. Pergunta-se: “onde estarão essas cartas?”. Em II Coríntios 6:14 / 7:1 Paulo trata dos ídolos e da impiedade. Por isso, alguns estudiosos acham que se trata de um pedaço da carta mencionada em I Coríntios 5:9. Os capítulos 10 e 13 da II Carta aos Coríntios têm tonalidade diferente dos capítulos anteriores. Paulo mostra-se severo e nota-se grande envolvimento emocional. Pode ser a carta de que ele fala em II Coríntios 2:3. No início de II Coríntios 9, Paulo diz que é inútil escrever sobre o “serviço prestado aos irmãos”, isto é, sobre a coleta. No entanto, no capítulo 8, ele já tratara longamente sobre essa questão. Este capítulo 9 seria, então, um bilhete escrito posteriormente, que retoma o assunto da coleta. A Segunda Carta aos Coríntios tem treze capítulos.

GÁLATAS

A Galácia não era uma cidade, mas uma região da Ásia Menor. Na segunda viagem missionária, Paulo atravessou a “Frígia e a região da Galácia” (At. 16:6), e ali fundou comunidades, depois visitadas (At. 18:23) durante a terceira viagem (53, 57 d.C.). O livro de Atos dos Apóstolos mostra que o apóstolo Paulo permaneceu longo tempo em Éfeso (At. 19:1-21). Foi ali, provavelmente, que o apóstolo teve notícias de um ataque contra ele e a sua doutrina nas comunidades da Galácia. Alguns judeu-cristãos, ligados a certos círculos de Jerusalém, queriam impor aos pagãos convertidos à circuncisão e a observância da Lei mosaica. Além disso, ridicularizavam Paulo, negando a sua autoridade de apóstolo, por ele não pertencer ao grupo dos Doze. Diziam também que a doutrina sobre a caducidade da Lei era invenção de Paulo e não correspondia ao pensamento da Igreja de Jerusalém. A Carta aos Gálatas foi escrita no fim da estada de Paulo em Éfeso, provavelmente no inverno de 56-57. É a única carta de Paulo que não começa com ação de graças e não termina com bênção, fato este que testemunha a sua indignação. De fato, o tom agressivo, defende o seu apostolado e doutrina, reafirmando que o Evangelho nada tem a ver com a Lei mosaica nem com qualquer outro tipo de espiritualidade legalista. A carta de Paulo aos Gálatas tem apenas seis capítulos.

EFÉSIOS

As quatro cartas aos Filipenses, a Filemon, aos Colossenses e aos Efésios formam o grupo das cartas do cativeiro. As três primeiras foram provavelmente escritas em Éfeso, entre os anos 55-57. As cartas aos Efésios e Colossenses podem ter sido escritas na mesma ocasião, uma vez que há uma semelhança entre elas e, também, pelo fato de mencionarem Tíquico como portador de ambas (Ef. 6:21); Col. 4:7). O apóstolo Paulo parece não conhecer pessoalmente os destinatários dessas cartas. Há quem diga que a carta aos Efésios pode ter sido uma espécie de circular destinada às comunidades da região vizinha de Éfeso. Da mesma forma, chegam a afirmar que ela seria a mesma carta dirigida à Igreja de Laodicéia, citada em Col. 4:16. A carta aos Efésios é resultado de longa e amadurecida meditação teológica. A carta aos Efésios é considerada “a carta do mistério da Igreja”. A carta aos Efésios tem seis capítulos.

FILIPENSES

Filipos foi a primeira cidade da Europa a receber a mensagem cristã (At. 16:6-40). Paulo chegou ali na Primavera do ano 50 durante a sua segunda viagem missionária. O primeiro núcleo da comunidade fundada por Paulo formou-se através de reuniões na casa de Lídia, uma negociante de púrpura, que acolhera o apóstolo por ocasião de sua visita. Paulo visitou Filipos outras vezes, durante suas várias passagens pela Macedônia. Os cristãos de Filipos foram sempre os mais ligados ao Apóstolo e por diversas vezes o socorreram com auxílio material (Fil.4:16; II Cor. 11:9). A carta aos Filipenses foi escrita na prisão, provavelmente em Éfeso, entre os anos 55-57 (At. 19). Paulo não está certo sobre o rumo que a sua situação vai tomar: poderá ser morto ou posto em liberdade. Mas espera ser libertado e poder visitar outra vez, pessoalmente, a comunidade de Filipos. Paulo demonstra afeto e gratidão pela comunidade de Filipos e, por isso, quer vê-la sempre fiel ao Evangelho. Ele mostra com vigor que a Salvação só depende de Jesus Cristo, contradizendo alguns pregadores da época, que insistiam em dizer que a Salvação dependia da Lei. Filipenses tem apenas quatro capítulos.

COLOSSENSES

Colossos era uma pequena cidade da Ásia Menor, distante 200 quilômetros de Éfeso, e próxima de Hierápolis e Laodicéia. Paulo não a visitou pessoalmente. As comunidades de Colossos, Hierápolis e Laodicéia foram fundadas por Epafras, discípulo de Paulo, enquanto este se encontrava em Éfeso. Os cristãos de Colossos eram provenientes do paganismo e costumavam reunir-se nas casas de família, como na de Ninfas e na de Arquipo (Col. 4:15-17). A carta aos Colossenses foi escrita na prisão, provavelmente em Éfeso, entre os anos 55 e 57 (At. 19), talvez na mesma ocasião em que foi escrita a carta aos Filipenses. Epafras informou Paulo sobre a situação dos cristãos em Colossos (Col. 1:8), ameaçados por uma heresia que misturava elementos pagãos, judaicos e cristãos. Os seus seguidores davam muito valor aos angélicos, às forças cósmicas e a outros seres intermediários entre Deus e o homem, que teriam papel importante no destino de cada pessoa. O problema que Paulo enfrenta em Colossos não é a contraposição entre fé e incredulidade. Trata-se de uma questão que surge dentro da própria Igreja: distinguir entre o verdadeiro e o falso na interpretação da própria fé. E isso não é problema meramente teórico, pois a concepção que se tem da base da fé determina toda a prática da vida cristã. Colossenses tem apenas quatro capítulos.

I TESSALONICENSES

Redigida em Corinto no inverno de 50-51, esta carta é o primeiro documento escrito no Novo Testamento e o cristianismo. Atingido pela perseguição, Paulo teve que deixar às pressas a cidade de Filipos. Dirigiu-se a Tessalônica (At. 16:19-40), grande cidade comercial e ponto de encontro para muitos pensadores e pregadores das mais diversas filosofias e religiões. Paulo anuncia o Evangelho e forma aí um pequeno grupo. Mas, perseguido, tem que fugir (At. 17:1-10) e o seu trabalho corre o risco de se esvaziar perante as inúmeras propostas dessa grande cidade. Então, de Atenas, ele envia os seus colaboradores, Timóteo e Silas, para visitarem e trazerem notícias dessa comunidade perseguida. Timóteo e Silas encontram Paulo em Corinto. Ao receber deles a notícia de que a comunidade de Tessalônica continuava fervorosa e ativa, escreve esta carta para comunicar a sua alegria e estimular a perseverança da comunidade. Nesta carta, Paulo também procura responder a algumas questões que preocupam a comunidade de Tessalônica. Uma é o problema da vinda gloriosa de Cristo. Os tessalônicos pensavam que essa vinda se realizaria em breve, e perguntavam: “os que já morreram, será que vão participar desse grande acontecimento?” Paulo mostra que, no fim da História, tanto os mortos como os vivos estarão reunidos para viverem sempre com Cristo ressuscitado. A esperança é para todos, e todos participarão da vitória de Cristo sobre o mal e sobre a morte. I Tessalonicenses tem cinco capítulos.

II TESSALONICENSES

A segunda carta aos Tessalonicenses foi escrita pouco depois da primeira. Aqui, a preocupação não é quando vai acontecer o fim do mundo, mas como devemos nos comportar na espera de que isso aconteça. Algumas pessoas da comunidade de Tessalônica, ouvindo falar que Jesus Cristo glorioso deveria vir em breve, refugiavam-se numa falsa idéia de que já não haveria perseguições. Com isso estavam perdendo a garra cristã de lutar pela reconstrução do Reino. A carta retoma um dado importante: a fé cristã expressa-se neste mundo concreto e, por isso, nunca foge da luta ou teme o conflito. Ao falar sobre a proximidade da vinda de Cristo, a carta não se refere a uma urgência de tempo (Tes. 2:2), mas à urgência do comportamento vigilante e ativo nas situações de perseguição e de opressão: fé ativa (Tes. 1:11); perseverança (Tes. 2:5); firmeza no testemunho (Tes. 2:14); ânimo e coragem (Tes. 2:17). A carta toma como base do seu ensinamento, as coisas que falam sobre o fim do mundo. A etapa da história em que vivemos é a última. II Tessalonicenses tem apenas três capítulos.

I TIMÓTEO

Juntamente com a carta a Tito, as cartas a Timóteo formam um conjunto à parte na literatura que é comumente atribuída ao Apóstolo Paulo. Não se dirigem a uma comunidade, mas às pessoas individuais que possuem responsabilidades no governo, no ensino e no comportamento das comunidades cristãs. Porque apresentam diretrizes para os pastores, desde o século XVIII, são chamadas “Cartas Pastorais”. Timóteo foi discípulo e colaborador de Paulo, e é mencionado ou está sempre junto ao Apóstolo quando este escreve as suas cartas. Como dizem os Atos, Timóteo nasceu em Listra, na Licaónia. Ao passar por Listra, na sua segunda viagem missionária, Paulo tomou Timóteo consigo como companheiro de viagem. Timóteo ficou em Bereia quando Paulo teve que fugir (At. 17) e depois juntou-se a Paulo em Corinto. Foi mandado para a Macedônia antes da terceira viagem de Paulo (At. 19:22) e estava no grupo de Paulo no fim da terceira viagem (At. 20:4). A Primeira Carta a Timóteo deve ter sido escrita em 64-65 e apresenta Timóteo como responsável pela Igreja de Éfeso. A importância de I Timóteo está no seu testemunho histórico sobre a organização eclesiástica. Paulo insiste para que Timóteo desempenhe com firmeza e coragem a função que recebeu de Cristo mediante a imposição das mãos (Ordenação). Leia-se I Tm. 1:3-20; 2:1-15; 3:1-6). I Timóteo tem seis capítulos.

II TIMÓTEO

Embora trate dos mesmos temas da Primeira Carta a Timóteo e da carta a Tito, a Segunda Carta a Timóteo é um escrito bem mais pessoal. O interesse central desloca-se da comunidade cristã (I Tm. e Tt.) para a relação pessoal entre Paulo e Timóteo, tornando esta carta muito semelhante à carta a Filemon. Paulo está de novo na prisão em Roma, provavelmente no ano 67. As condições são duras, bem diferentes da prisão domiciliar, quando ainda podia pregar livremente (At. 28:16). O apóstolo sente-se só, ninguém o defendeu no tribunal, os seus dias estão contados, e prepara-se para o martírio. Frente ao abandono, incompreensão, torturas e próxima execução, Paulo continua firme e dá graças. Antes da morte, deseja rever o seu “amado” filho Timóteo e confirmá-lo na missão. Este é apresentado com traços mais precisos: uma pessoa sensível (II Tm. 1:4), às vezes indecisa e sem coragem (II Tm. 1:8). Sua mãe Eunice e sua avó Lóide foram conhecidas como exemplos de fé para Timóteo (II Tm. 1:5). O tema central desta carta são as considerações sobre os “últimos dias”. Paulo recomenda a Timóteo que não se envergonhe do Evangelho, mas que o proclame com integridade; que tome cuidado com as “palavras vãs” de falsos pregadores que aparecerão nos últimos tempos, apresentando falsas doutrinas; que se vigie a si mesmo e se mantenha perseverante, mesmo que tenha de sofrer como ele, Paulo, na prisão por causa do Evangelho. II Timóteo tem apenas quatro capítulos.

TITO

A carta a Tito e a Primeira carta a Timóteo tratam de problemas idênticos. O Evangelho foi anunciado, as comunidades foram fundadas e, algumas dezenas de anos mais tarde, aparecem os verdadeiros problemas. Alguns cristãos, provavelmente de origem judaica, misturam o Evangelho com teorias propagadas por grupos judaicos que se acham com o direito de regulamentar o uso de alimentos e proibir o matrimônio. Por outro lado, também os costumes trazidos do paganismo se infiltram na comunidade, falseando a moral. É preciso recordar aos cristãos que a Salvação foi trazida por Cristo. A carta foi escrita provavelmente nos anos 64-65. Tito, seu destinatário, é o delegado pessoal de Paulo na Ilha de Creta. Segundo Gálatas 2:1, ele era grego, acompanhou Paulo e Barnabé a Antioquia e, apesar da sua origem pagã, não foi circuncidado; isso para demonstrar a liberdade evangélica perante a Lei. Agora Paulo conta com ele para organizar a comunidade de Creta e lutar contra os que falseiam a Palavra de Deus. O centro da carta é a sã doutrina, isto é, a vontade salvadora de deus e a Salvação gratúita trazida por Cristo. Tito tem apenas três capítulos.

FILEMON

De todas as cartas de Paulo, esta é a mais breve e pessoal, a única escrita inteiramente de próprio punho. Paulo está na prisão, provavelmente em Éfeso. O fato de Onésimo voltar com Tíquico para Colossos (Cl. 4:7-9) faz supor que esta carta foi escrita na mesma data que a carta aos Colossences. Filemon parece ser membro importante da Igreja de Colossos, e é muito provavelmente o chefe do grupo que se reúne em sua casa (vv. 1 e 2). Trata-se de uma carta de recomendação em favor de Onésimo, um escravo que fugiu ao seu patrão, Filemon, provavelmente depois de tê-lo roubado (v. 18). Onésimo procurou o apoio de Paulo, que estava na prisão, e acabou por se converter ao cristianismo (v. 10). Paulo o devolve a Filemon, pedindo que este o trate como irmão (v. 16). Paulo não pensava certamente em criticar o estatuto da escravidão, comum no seu tempo, provocando assim uma revolução social. Os cristãos ainda não tinham força para exigir transformações estruturais da sociedade. Filemon tem um único capítulo, com vinte e cinco versículos.

HEBREUS

A carta aos Hebreus é comumente atribuída ao Apóstolo Paulo. Entretanto, o seu estilo não tem nada parecido com o estilo do Apóstolo. Até o século IV a Igreja do Ocidente recusou-se a atribuí-la a ele. O seu autor é desconhecido, da segunda geração cristã (Heb. 2:3), sendo ela escrita por volta do ano 80. Nada indica também que o texto seja uma carta: faltam endereço e saudação, e o estilo é impessoal, sem nenhuma referência a destinatários. O gênero literário é mais o de um sermão. Só no final (Heb. 13:20-25) aparecem elementos típicos de um bilhete, talvez enviado juntamente com o discurso e recomendando a sua leitura. Os destinatários são um grupo de leitores que se acham em grande perigo de rejeitar a fé em Jesus como revelador e portador da Salvação. O escrito é de grande importância no quadro geral do Novo Testamento, pelo fato de apresentar Jesus como Aquele que supera a instituição cultural do Antigo Testamento. Paulo havia mostrado a caduquice da Lei, anunciando que não é a piedade legalista que salva. Agora, o autor da carta aos Hebreus mostra que a piedade cultural ligada ao Templo e aos sacrifícios não assegura o perdão e a comunhão com Deus. O livro de Hebreus tem treze capítulos.

TIAGO

(A fé e a prática da justiça). A Carta de Tiago é um escrito de caráter sapiencial, ou seja, mostra a sabedoria do discernimento cristão perante as situações. Dirige-se a todas as comunidades cristãs, simbolizadas pelas “doze tribos” do novo povo de Deus. O autor apresenta-se como Tiago, o irmão do Senhor (Mc. 6:3), que dirigiu a Igreja de Jerusalém (At. 15:13) e morreu mártir no ano 62. Diversas razões fazem pensar que o verdadeiro autor da carta é um judeu de origem grega do final do século I, e que escreveu a carta entre os anos de 80 e 100. Esta carta é uma mensagem tipicamente cristã, como os Evangelhos: reduz toda a Lei judaica ao mandamento do amor ao próximo (1:25; 2:8 e 12). Pode-se dizer que é a explicação das exigências desses mandamentos em diversas circunstâncias: igualdade cristã (2:1-4); preferência pelos pobres (2:5-7); amor ativo (2:14-17). Esse amor exclui a exploração, e nesta carta encontramos a mais violenta passagem do Novo Testamento contra os ricos (5:1-6). A fé é vista aqui como dinamismo que produz ação e que só é madura quando se exprime em atos concretos (2:20-26). Tiago rejeita a consagrada separação entre “dimensão vertical” e “dimensão horizontal” da vida cristã: “do mesmo modo que o corpo sem o espírito é cadáver, assim também a fé, sem as obras é cadáver” (2:26). E são estas as obras citadas no contexto: “dar de comer ao faminto e vestir o nu” (2:15-16). A carta de Tiago tem cinco capítulos.

PRIMEIRA CARTA DE PEDRO

Esta carta foi escrita aos que vivem dispersos como estrangeiros por todas as regiões da Ásia Menor. Esses cristãos haviam deixado as suas raízes, os parentes e amigos, encontrando-se em situação de isolamento em regiões que não lhes davam nem o aconchego e nem o acolhimento que tinham na própria terra. Eles sofriam humilhações, injúrias, perseguições por serem estrangeiros e cristãos. Pedro escreve, mostrando que a união entre eles, seja na família, seja na comunidade, há de ser tão fraterna e acolhedora, que formem juntos a “casa de Deus”. Por isso, a carta apresenta um clima de alegria, fraternidade e esperança. Esta carta foi escrita em “Babilônia”, que provavelmente designa a cidade de Roma. Sua data provável é o período imediatamente anterior à perseguição desencadeada por Nero no ano 64 d.C. Esta epístola tem cinco (5) capítulos.

SEGUNDA CARTA DE PEDRO

Esta é o último escrito do Novo Testamento, e foi provavelmente escrita no fim do século I ou mesmo em meados do século II. O seu autor imita o gênero literário do “testamento dos antepassados”, comum naquela época: colocar conselhos e advertências na boca dos patriarcas pouco antes de morrerem. É o tempo em que a Igreja está passando da época primitiva para a chamada era pós-apostólica. A comunidade cristã vai aos poucos sofrendo influências de pensamentos e religiões diversas que ameaçam deturpar o mistério cristão e até mesmo a consciência moral das comunidades, com uma série de idéias sem ligação com a vida. A carta responde à situação, estimulando os desencorajados e denunciando com veemência as doutrinas estranhas à fé. Em poucas palavras, a carta é uma lição importante para o cristianismo, que deve aceitar ser fermento dentro de uma longa história, embora deva recusar um estabelecimento triunfal num momento da História. Esta carta tem apenas dois (2) capítulos.

PRIMEIRA CARTA DE JOÃO

O autor desta carta é o mesmo do quarto Evangelho, ou talvez um discípulo dele. Ela foi escrita provavelmente no fim do século I e era dirigida às comunidades cristãs da Ásia Menor, que passavam por séria crise, provocada por um grupo de dissidentes carismáticos. Estes propunham uma doutrina gnóstica, afirmando que o homem se salva graças a um conhecimento religioso especial e pessoal. Negavam que Jesus fosse o Messias e glorificavam-se de conhecer a Deus, de O amarem e estarem em íntima união com Ele. Afirmavam-se iluminados, livres do pecado e da baixeza do mundo. Não davam importância ao amor ao próximo. O grupo fora rejeitado, mas algumas comunidades ficaram inseguras e confusas. O centro da carta é o amor, que traduz a fé em vida concreta. Amar ao próximo significa conhecer a Deus, viver na luz, estar unido a Deus e aos irmãos, não pertencer ao mundo e cumprir os mandamentos. Portanto, amar a Deus é praticar a justiça, é ser filho de Deus, obter o perdão dos pecados e libertar-se do medo. Esta carta tem cinco (5) capítulos.

SEGUNDA CARTA DE JOÃO

Esta carta dirige-se a uma comunidade personificada como “Senhora eleita”, repetindo frases da primeira carta de João. Trata-se de uma comunidade ameaçada de perder o próprio coração da fé e da vida cristã. Alguns pregadores “avançados” negavam que Jesus fosse o Messias enviado por Deus e deixavam de lado o mandamento do amor mútuo, rompendo conseqüentemente a sua relação com Deus. O autor e a época são os mesmos da primeira carta de João. Esta segunda carta tem apenas um (1) capítulo e é o menor livro de toda a Bíblia.

TERCEIRA CARTA DE JOÃO

Esta é uma carta de encorajamento, que apresenta uma situação e pessoas bem concretas. O “Ancião” é certamente responsável por um grupo de comunidades, e encontra a oposição de Diótrefes, o bispo de uma Igreja local, a quem acusa de ser dominador e de ter uma língua feroz. O Ancião enviou alguns missionários que se hospedaram na casa de Gaio, mas Diótrefes não permitiu que eles tivessem acesso à comunidade local. O Ancião tornou a enviá-los e pediu a ajuda de Gaio. Demétrio, portador da carta, talvez seja um desses missionários. Esta terceira carta tem também apenas um (1) capítulo.

EPÍSTOLA DE JUDAS

Esta pequena carta atribuída a Judas, irmão de Tiago, provavelmente foi escrita no fim do século I. O autor conhece bem a literatura judaica do seu tempo. Trata-se de um discurso violento mas, ao mesmo tempo estranho e surpreendente. O autor parece atacar alguns grupos que pretendiam possuir uma forma particular de conhecimento e provocavam a desunião da comunidade, até mesmo nas reuniões. A essas pessoas que se consideravam “espirituais”, e que chegavam a negar que Jesus Cristo é o Senhor, o autor acusa de estarem dominadas pelos seus interesses e instintos e não pelo Espírito. Esta epístola tem apenas um (1) capítulo, com 25 versículos.

APOCALIPSE (de João)

Apocalipse quer dizer Revelação. Logo, este Livro é uma mensagem reveladora. O autor procura revelar o mistério do que está acontecendo e do que vai acontecer. Deus vai agir na História, julgando e destruindo o mal, para implantar definitivamente o Seu Reino entre os homens (C. 11 – V. 15). O Apocalipse é de difícil compreensão, pois o autor faz largo uso de imagens, símbolos, figuras e números misteriosos. João adverte os cristãos quanto aos perigos internos e externos e fortalece as comunidades para os momentos difíceis que irão passar por causa da fé. É necessário que as comunidades se convertam, voltando à opção original pelo seguimento e testemunho de Jesus. O livro de João é alimento para a fé e fortalecimento para a esperança do povo oprimido. O livro de Apocalipse tem vinte e dois (22) capítulos.

OBS.: O Novo Testamento tem 27 (vinte e sete) livros, totalizando 260 (duzentos e sessenta capítulos. Juntos, Velho e Novo Testamentos totalizam 66 (sessenta e seis) livros, com 1.189 (Um mil, cento e oitenta e nove) capítulos.
O menor capítulo da Bíblia está no livro dos salmos. Trata-se do de número 117, com apenas dois (2) versículos.
O menor versículo da Bíblia (“Jesus chorou”), está no livro de João. Trata-se do versículo trinta e cinco (35) do capítulo onze (11). Foi no momento em que Ele viu o túmulo do seu amigo Lázaro que havia morrido e há quatro dias tinha sido sepultado. Depois disso, Ele mandou tirar a pedra, olhou para céu e orou: “Pai, eu te agradeço porque me ouviste. Eu sei que sempre me ouves; mas eu estou dizendo isso por causa de toda essa gente que está aqui, para que eles creiam que tu me enviaste.”
O maior versículo da Bíblia está no livro de Ester, capítulo oito (8). Trata-se do versículo nove (9), com noventa e sete (97) palavras.
O centro da Bíblia está no versículo oito (8) do capítulo 118 do livro dos Salmos.
A Bíblia toda tem 1.189 capítulos, sendo 929 no Antigo Testamento e 260 no Novo Testamento. Portanto, a metade da Bíblia tem 594 capítulos.
O capítulo mais longo é o Salmo 119, com cento e setenta e seis (176) versículos.
Também o livro dos Salmos apresenta o maior número de capítulos, com cento e cinqüenta (150), sendo o livro mais longo da Bíblia.

RESPONDA: Por que os homens não arriscam dizer quem é o autor da Carta aos Hebreus? Será que não foi o Apóstolo Paulo?! Vocês já notaram que todos os livros escritos por Paulo, terminam com "A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos vós. Amém." (ou coisa parecida)? Já notaram como termina a carta aos Hebreus? Tem alguma semelhança?
Bem, não quero contestar o pensamento de ninguém. Apenas fiz umas perguntinhas que podem ou não ser levadas em consideração.

NOTA DO AUTOR: Esta pesquisa pode conter alguma informação contestável, em termos de números, embora o seu histórico seja resultado de um a pesquisa cuidadosamente elaborada. Nossa intenção foi, acima de tudo, contribuir para um melhor conhecimento do maior e mais lido livro do mundo: A BÍBLIA SAGRADA.
(Adalberto Claudino Pereira)

Nenhum comentário:

Postar um comentário