terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
A Difícil Missão de... (livro) - Parte 12
COMO GANHAR A SALVAÇÃO?
Ainda há, infelizmente, milhões de pessoas que fazem penitências, praticam boas obras e se sacrificam de várias maneiras para ganhar a salvação. Mas o que fazer para convencer essas pessoas de que elas estão seguindo caminhos completamente contrários àquele mostrado por Deus, através da Bíblia Sagrada?. Bem, nada melhor do que usarmos a própria Bíblia. E para sermos mais práticos, resolvemos apelar para a Bíblia Católica.
Vejamos o que nos diz a palavra de Deus em Efésios 2:5-9: “E estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, - pela graça sois salvo. E juntamente com Ele nos ressuscitou e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus. Para mostrar nos séculos vindouros a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus. Porque pela graça sois salvo, mediante a fé; e isto não vem de nós, é dom de deus. Não de obras, para que ninguém se glorie.”
Isso significa dizer que a salvação não é mérito nosso; ela não é conquistada pela troca de obras realizadas. Ela foi conquistada pela morte de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo e o preço foi bastante alto.
Uma mulher que há doze anos vinha sofrendo de uma hemorragia, conseguiu aproximar-se de Jesus e, ao tocar-lhe as vestes, foi imediatamente curada. Ao ficar frente a frente com Jesus, ela contou-lhe o que havia acontecido. “E Ele lhe disse: Filha, a tua fé te salvou, vai-te em paz e fica livre do teu mal.” A mulher não precisou praticar boas obras. Ela teve fé e isso foi o suficiente para ganhar a salvação.
Mas a prova maior de que a salvação é fruto da graça de Deus e não um prêmio pelas obras que praticamos, está em Efésios, como vimos anteriormente: “Porque pela graça sois salvo, mediante a fé; e isto não vem de nós, é dom de Deus. Não vem de obras, para que ninguém se glorie.” Se a salvação dependesse de nós, de que valeria o sacrifício de Jesus Cristo na cruz do Calvário? Naquele momento (o da crucificação), Ele estava tomando para Si todas as nossas culpas. Não adiante querer mudar as coisas, quando temos diante de nós uma verdade inegável e indiscutível.
PODEMOS PERDER A SALVAÇÃO?
Aí está um assunto polêmico. Se você fizer esta pergunta ao seu pastor, certamente ele vai ficar meio sem jeito. Há algumas Igrejas que garantem, sem medo de errar, que SIM. Outras, de igual modo, afirmam que NÃO. Mas você vai encontrar algumas que preferem não entrar em detalhes. Eu não quero entrar em conflito com nenhuma delas, mas posso deixar aqui algumas passagens bíblicas sobre as quais você pode meditar.
Certa vez, conversando com Deus e tentando defender o seu povo, Moisés disse: “Agora, pois, perdoa o seu pecado, se não, risca-me, peço-Te, do teu Livro que tens escrito”. Naquele momento, Deus respondeu: “Aquele que pecar contra mim, a este riscarei eu do meu livro”. Se Deus disse que riscará do Seu livro, certamente essa pessoa já estava no rol dos salvos.
Lá no livro de Apocalipse, encontramos a seguinte promessa de Deus: “O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos” (Apoc. 3:5). Quem estiver vestido de vestes brancas com certeza estará salvo. Mas por que Deus disse que de maneira nenhuma o riscará do seu livro? Será que há essa possibilidade? Ora, se Ele fez essa advertência, logo...!
No livro dos Salmos, encontramos o rei Davi falando com Deus em oração e se referindo aos seus inimigos, àqueles que o estavam perseguindo, oportunidade em que pedia para que Deus descarregasse sobre eles a Sua ira. Davi, naquele momento de aflição e desespero disse: “Toma nota de todos os pecados deles; não os deixes tomar parte na tua salvação. Que o nome deles seja riscado do livro da vida e que não seja colocado na lista dos que te obedecem!”(Salmo 69:27 e 28).
Bem! Agora, resta você perguntar a alguém de conhecimentos bíblicos mais profundos sobre o tema. Espere a resposta e faça a sua escolha para que possa responder com toda convicção àqueles que lhe perguntarem: - Podemos perder a salvação?
Como simples servo do Senhor, aconselho-o a se preocupar com sua vida espiritual, fazendo a vontade de Deus e tendo a Bíblia como sua regra de fé e prática. Assim procedendo, você estará convicto da SALVAÇÃO. Isso é, com certeza, agradável aos olhos do Senhor.
ONDE ESTÃO E PARA ONDE VÃO OS MEUS FILHOS?
Nada melhor do que começarmos este bloco com aquele trecho bíblico bastante conhecido, encontrado em João 3:16 “Porque Deus amou o mundo tanto, que deu o seu único Filho, para que todo aquele que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna”. Aí está um exemplo de pai. Para provar o seu amor por nós, Deus, como pai, tomou uma decisão desafiadora que nós, como seres humanos, jamais tomaríamos. Ele sacrificou o seu único e amado Filho.
Se olharmos para dentro de nós mesmos, como pais, certamente concluiremos que, como servos do Senhor, estamos muito longe de sermos pais perfeitos. Aceitamos com muita freqüência as atitudes tomadas pelos nossos filhos e ainda chegamos ao ridículo de dizermos que somos bons pais. Muitos são os pais que estão perdendo os filhos para o mundo e nem chegam a perceber os erros que estão cometendo.
Certa vez, a professora Rosires Margarida Cônsolo Gomes da Silva resolveu fazer uma pesquisa para saber as causas da solidão de duzentos entre duzentos e dois alunos da Escola Estadual “Miguel Munhoz Filho”, na Zona Sul de São Paulo. Os resultados foram surpreendentes: 23,9% afirmaram sentir falta de alguém para namorar; 21% dos jovens entrevistados disseram viver em plena solidão pela ausência dos pais e por problemas de família.
Uma das jovens ouvidas pela professora Rosires afirmou que chorava muito, por achar que o choro era ótimo para desabafar. Um jovem de 19 anos, também entrevistado, e funcionário de uma lanchonete, disse que estava sempre no meio de muita gente, mas se sentia só.
Depoimento constrangedor foi o de um jovem solitário. Pela sua importância, resolvemos destacar as palavras deste jovem: “Solidão é Ter um pai que não se lembra dos filhos, pois está muito ocupado em achar manutenção para seu vício”. É triste ouvirmos palavras tão contundentes.
Em se tratando de falta de responsabilidade, veja o que disse uma das jovens entrevistadas: “Meus pais me deram para morar com meus tios desde pequena. Têm outros filhos. Sou uma estranha em minha própria casa”.
Quando se tem um verdadeiro pai, sua ausência faz falta e causa solidão ao filho amado. É o caso de uma aluna que disse: “Não sou eu quem procura a solidão. É ela que me procura, por um só motivo: a perda de uma pessoa querida, meu pai”. Veja os exemplos anteriores e compare-os a este. Veja o que é ser um pai verdadeiro e um verdadeiro pai. Com certeza, esse, em vida, deu muitas alegrias aos filhos.
Quantas vezes encontramos pais desesperados, perguntando a si mesmos o que fizeram pelos seus filhos, o que estão fazendo pelos seus filhos, ou o que deixaram de fazer pelos seus filhos. Quando se chega a momentos como estes, com certeza já perderam as rédeas e já não são dignos do respeito e da admiração dos filhos.
A Bíblia nos mostra um exemplo de pai que soube olhar com bons olhos para um de seus filhos. É aquela conhecida parábola do filho pródigo: “Mas o pai ordenou aos empregados: ‘Depressa! Tragam a melhor roupa e vistam nele. Ponham um anel no dedo dele e sandálias nos seus pés. Também tragam e matem o bezerro gordo. Vamos começar a festa porque este meu filho estava morto e viveu de novo; estava perdido e foi achado.’ E começaram a festa”.
Conheço pessoas que vivem dentro de uma igreja e que levavam os filhos para todos os eventos: Escolas Bíblicas Dominicais, Cultos, encontros de jovens, Convenções, etc. Com o passar dos anos, os filhos cresceram, abandonaram a igreja e hoje estão no mundo. Hoje, os pais continuam se indagando o porquê desse afastamento. É que, na maioria dos casos os servos do Senhor pensam que criar filhos no evangelho é apenas levá-los à Igreja e pronto. Vejamos alguns fatores importantes para contribuir com a consagração dos nossos filhos e que, geralmente, não são levados em consideração por nós, como pais:
Precisamos evitar comentários negativos junto aos filhos, sobre fatos que acontecem na Igreja e que não estão de acordo com os nossos pensamentos. Caso você queira fazer alguma crítica sobre o comportamento de algum irmão, sobre uma atitude tomada pelo pastor, ou sobre outros fatos que não estão de acordo com as doutrinas bíblicas, que o faça longe das crianças. Elas ainda não estão na idade de participar dos problemas entre você e sua Igreja.
Nossa vida familiar pode e muito contribuir para o crescimento espiritual dos nossos filhos. Tem irmãos que vão para a Igreja na “marra”, aos empurrões. Ao mesmo tempo em que estão se preparando, ficam murmurando, como se fossem forçados a se fazerem presentes à Casa do Senhor. Os filhos, com certeza, não serão diferentes. Eles podem até seguirem os pais enquanto pequenos, mudando de comportamento na adolescência.
O testemunho dos pais têm grande influência na vida cristã dos filhos. Pode até haver exceções, mas elas serão uma raridade. As brigas constantes ou quase que constantes entre os casais, podem servir de reflexões negativas dos filhos a respeito das diferenças entre os servos do Senhor e aqueles que vivem no mundo.
Sempre que possível, leia a Bíblia com seus filhos, realize cultos domésticos e cante hinos de louvor com seus filhos. Assim procedendo, você estará preenchendo os espaços livres de seus filhos com coisas agradáveis aos olhos do Senhor. Se você não dá testemunho, com certeza não terá condições morais e nem espirituais para exigir um bom testemunho de seus filhos.
Apesar de vivermos na Igreja de Cristo, precisamos Ter muito cuidado com as companhias dos nossos filhos. Devemos estar sempre de olhos abertos, pois nossas Igrejas estão repletas de jovens rebeldes e com comportamentos duvidosos. Estes devem ficar distantes dos nossos filhos. E não interessa se seja filho desse ou daquele irmão. Não se preocupe com as possíveis represálias, pois você poderá ser o mais prejudicado no futuro. Não permita que isso aconteça simplesmente para satisfazer aos irmãos.
Uma das coisas essenciais no bom relacionamento entre pais e filhos é, com certeza, o diálogo. Se você não dispõe de tempo para conversar com seu filho, com sua filha, certamente alguém do “mundão” vai dispor. É triste o resultado de filhos que procuram amigos para receber um conselho, para tirar dúvidas. Você como pai, precisa estar constantemente em contato com seus filhos. Orientações religiosas, sexuais, quaisquer quem sejam elas, devem partir de você. Não permita que pessoas estranhas assumam a sua responsabilidade.
No livro dos Provérbios, escrito por Salomão, filho de Davi, encontramos alguns versículos envolvendo pais e filhos. “Quem maltrata o seu pai ou toca a sua mãe de casa não tem vergonha e não presta” (Prov. 19:26). Veja que o Rei Davi foi muito direto ao dizer não tem vergonha. Veja que vergonha significa honra. Vergonha é também o sentimento da própria dignidade. Quando Davi diz não presta, ele quer dizer que a pessoa não vale nada e, se não vale nada, com certeza é desprezada por quem tem dignidade e sentimento.
Vejamos este conselho do rei Davi para quem quer ser um filho obediente: “Filho, faça o que o seu pai diz e nunca esqueça o que a sua mãe ensinou. Guarde sempre as suas palavras bem gravadas no coração. Os seus ensinamentos o guiarão quando quando você viajar, protegerão você de noite e aconselharão de dia. As suas instruções são uma luz brilhante, e a sua correção ensina a viver” (Prov. 6:20-23). Este pai a que o rei Davi se refere não é um pai qualquer, mas um pai que dá bons exemplos. Não se trata de um pai alcoólatra ou uma pessoa que não esteja contrita com Deus.
“O filho sábio é a alegria do seu pai, mas o filho sem juízo é a tristeza da sua mãe” (Prov. 10:1). Ser sábio não é apenas ser inteligente, pois existem pessoas que são muito inteligentes, mas não têm sabedoria para usar sua inteligência. Nem todos que são inteligentes são sábios. Conheço pessoas que foram inteligentes para ganhar muito dinheiro, mas não foram sábias para administrá-lo. Veja que “o filho sábio aceita os ensinamentos do pai, mas o que zomba de tudo nunca reconhece que está errado” (Prov. 13:1).
Muitos pais acham que castigar os filhos é tornar-se odiado por eles. Puro engano. Certa vez, ao visitar um filho em uma Penitenciária, uma senhora foi surpreendida com a reação dele: “Saia daqui, nojenta safada. Eu tô aqui por causa de você. Saia logo daqui que eu não quero ver sua cara”. Certamente aquela mãe foi conivente com os erros cometidos pelo filho na infância e, como triste conseqüência, estava pagando pelos erros cometidos. “Quem não castiga o filho não o ama. Quem ama o filho castiga-o enquanto é tempo” (Prov. 13:24).
A Palavra do Senhor, através de Salomão, determina que devemos educar os nossos filhos no Caminho do Senhor “Eduque a criança no caminho em que deve andar, e até o fim da vida não se desviará dele” (Prov. 22:6). Se você educa o seu filho de forma digna, com certeza ele será um filho exemplar e lhe dará alegrias. Caso contrário, você derramará “lágrimas de sangue”. Aprenda a ser um pai verdadeiro, um pai exemplar.
O apóstolo Paulo demonstrou uma certa preocupação com o comportamento existente naquela época, envolvendo pais e filhos. Vejamos o que ele disse: “Filhos, o dever cristão de vocês é obedecer sempre ao seu pai e à sua mãe porque Deus gosta disso. Pais, não irritem os seus filhos, para que eles não fiquem desanimados” (Colossenses 3:20, 21).
Da mesma forma que Paulo falou aos pais e aos filhos de Colossos, ele também falou aos pais e aos filhos da cidade de Éfeso: “Filhos, o dever cristão de vocês é obedecer ao seu pai e à sua mãe, pois isso é certo. Como dizem as
Escrituras: ‘Respeite o seu pai e a sua mãe’... Pais, não tratem os seus filhos de um jeito que faça com que eles fiquem irritados. Pelo contrário, vocês devem criá-los com disciplina e os ensinamentos cristãos” (Efésios 6: 1, 2 e 4).
Muitas vezes ouvimos alguém dizer: “Não sei o que aconteceu aos meus filhos. Eles foram criados na Igreja, ouvindo a Palavra do Senhor, cantando, orando, participando dos cultos e, hoje, na sua adolescência, vejo-os afastados do Caminho do Senhor”.
É um caso muito sério e nos deixa bastante preocupados quando esta situação invade o nosso lar, a nossa família. Mas, apesar de sermos consagrados ao Senhor, não fomos sábios suficientes para educarmos os nossos filhos, deixando que alguns costumes chegassem a eles de forma sucinta, sem que tivéssemos a coragem de adverti-los do perigo que eles estavam correndo.
Muitos pais, por acharem que iriam magoar os filhos, deixaram que eles fizessem uma pequena tatuagem, ou colocassem um brinquinho. Com o passar do tempo, as tatuagens foram aumentando e os brincos foram aumentando. Com eles vieram as gírias e o desrespeito aos familiares.
Em uma pesquisa que eu fiz entre alunos do ensino médio de um colégio particular, perguntei se os pais deveriam interferir no namoro e nas amizades dos filhos. Dos 28 alunos presentes, 25 responderam que não.
Qual não foi a decepção dos alunos quando eu disse que era um direito dos pais interferirem no namoro e nas amizades dos filhos, uma vez que eles, os pais, deveriam conhecer bem os namorados ou namoradas dos filhos, bem como os seus amigos.
Há um adágio popular bastante conhecido que faço questão de transcrevê-lo: “Diz-me com quem andas e eu direi quem tu és”.
Há quem diga que uma pessoa de muita personalidade não muda de comportamento mesmo estando acompanhado das piores pessoas. Muito bem. Eu até concordo. Mas você conhece profundamente a personalidade dos seus filhos? Lembre-se de que “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”.
Milhares de jovens iniciaram sua vida de alcoólatras e fumantes por influência de amigos, segundo uma pesquisa divulgada por uma revista conceituada nacionalmente. Talvez os pais desses jovens confiassem bastante em sua personalidade e nunca pensassem que eles jamais viriam a trilhar pelos caminhos das drogas.
Cuidar bem dos nossos filhos é mais que uma obrigação nossa. É acima de tudo um dever de quem quer evitar sérios transtornos no futuro. Aprendamos, pois, a educar nossos filhos, não só levando-os à Igreja, mas acompanhando os seus passos dioturnamente nos ensinamentos bíblicos, para que eles venham a ser servos fiéis, enchendo-nos de prazer e alegria.
(Aguarde a próxima parte. Ela é um tanto polêmica, mas tudo foi construído a partir dos ensinamentos bíblicos. Qualquer contestação poderá ser um risco perigoso!!!)
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