quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Patos: um ponto convergente-divergente


Cidade de Patos - Paraíba.

SAIBA MAIS SOBRE ESTA LINDA CIDADE ENCRAVADA NO SERTÃO PARAIBANO.

Por volta de 1670, começam a surgir, em Patos, as primeiras fazendas de gado. Nessa época, existia uma lagoa, que segundo uns, ficava na margem do rio Espinharas e segundo outros, ficava no local onde hoje está a praça João Pessoa. Essa lagoa servia aos índios da região (Pegas e Panatis) e era o habitat de muitos patos, daí o nome da Cidade. Segundo o IBGE, a população da cidade em 2007 é de 95.375 habitantes.
Patos é um município brasileiro do estado da Paraíba, localizado na microrregião de Patos, na mesorregião do Sertão Paraibano. Região metropolitana.

Municípios limítrofes Norte: São José de Espinharas e São Mamede.
Sul: Santa Terezinha e Cacimba de Areia.
Leste: Quixaba e Cacimba de Areia.
Oeste: Santa Terezinha e Malta.

Distância até a capital 301 quilômetros

Características geográficas: Área 513 km²
Densidade: 191,6 hab./km²
A cidade de Patos é considerada a única capital regional do sertão nordestino, e polariza geograficamente mais de 70 municípios incluindo alguns do Rio Grande do Norte e Pernambuco. Tem seu ponto forte o comércio, o qual deixa sua população flutuante em torno de 130 mil pessoas. Em épocas festivas como o São João, o fluxo de turistas eleva a população para 200 mil pessoas aproximadamente. É também considerada a cidade de melhor distribuição de renda e estrutura urbana, com baixíssimos índices de violência urbana.

HISTÓRIA

A cidade surgiu no século XVIII, com a formação de um povoado em torno da capela de Nossa Senhora da Guia, doada em 1752 pelo fazendeiro Paulo Mendes de Figueiredo. Segundo a tradição, o nome originou-se da lagoa dos Patos, hoje aterrada, às margens do Rio Espinharas.

Sua emancipação política deu-se a 13 de dezembro de 1832. Foi elevado de vila a categoria de cidade, através da lei n.º 200, de 24 de outubro de 1903, sendo, portanto seu aniversário comemorado nessa data.

FERIADOS MUNICIPAIS:

24 de setembro, dia da padroeira Nossa Senhora da Guia.
24 de outubro, aniversário da cidade.

Origem e evolução da Capital do Sertão da Paraíba:

Tomando por base a Bacia do Paraíba, no que se refere aos seus antigos habitantes, os registros da história apontam os índios Cariris como pioneiros na exploração,com fixação predominante na região da Borborema, além dos aglomerados situados nas margens dos rios do Peixe e Jaguaribe. Com a chegada da Nação Potiguara, proveniente do sul do Brasil, que se localizou no litoral paraibano, passou a existir a luta pelo domínio territorial, obrigando a retirada da primeira tribo, com destino ao interior. Nessa fuga da taba original ocorreu uma desagregação, com a formação de novos grupos, proclamados como independentes, dentre os quais Pegas e Panatis que se situaram na região das Espinharas.

No século XVII, começaria o embate entre índios e brancos, época em que a família Oliveira Ledo, vinda da célebre Casa da Torre, nas margens do São Francisco, chegava ao Sertão depois de atuar no Cariri, com objetivo de conquistar a propriedade das terras, para efeito de colonização. As duas organizações indígenas situadas em Patos, somadas aos Coremas que fixaram moradia no Vale do Piancó, reagiram contra os desbravadores, numa luta das mais aguerridas, até a consolidação da soberania dos brancos, que finalmente puderam plantar a semente da civilização futura.

No encontro dos rios:Cruz,cuja nascente está localizada no sopé do Pico do Jabre e Farinha, originado na Serra da Viração, numa encruzilhada de caminhos, onde os tropeiros faziam parada, atraídos pela água corrente e os seus animais se deliciavam com fartura das pastagens, estava o cenário escolhido para a implantação das primeiras fazendas de gado. Com a união desses cursos de água natural veio a formação do terceiro rio, o qual fora denominado pelos índios de Pinharas e traduzido para a língua dos brancos como Espinharas, levando-se em consideração os inúmeros arbustos espinhentos que existiam no local, a exemplo de xique-xique, unha de gato, coroa de frade, urtiga e faveleira. Bem ao lado encontrava-se uma lagoa onde muitos patos fizeram o seu habitat natural, aves que seriam fonte de inspiração para a denominação do lugarejo.

João Pereira de Oliveira foi o primeiro a se fixar com fazendas de gado em solo das Espinharas. Ele recebera uma doação do pai, Antônio de Oliveira Ledo, cuja terra, na localidade Farinha,foi demarcada em 1670 e confirmada pelo então Governador do Brasil, Alexandre de Sousa Freire.

José Permínio Wanderley, citou em seu livro "Retalhos do Sertão" que João Pereira de Oliveira, vendeu a referida propriedade ao Coronel Domingos Dias Antunes que mais tarde adquiriu também do seu contemporâneo, o Sargento-mor José Gomes Farias,a fazenda Itatiunga, que em tupi guarani significa "Pedra Branca", a qual fazia limite com a primeira. Por morte do coronel, as vastas terras foram inventariadas com os filhos: Mariana e Antônio, sendo que esse último vendeu sua herança ao Capitão Paulo Mendes de Figueiredo, que na referida época já residia na Fazenda Patos.

RELIGIÃO COMO PONTO DE PARTIDA:

A História de Nossa Senhora da Guia (Padroeira de Patos), constitui o ponto de partida para o surgimento do próprio município. Os casais: Paulo Mendes de Figueiredo-Maria Teixeira de Melo e José Gomes de Melo-Mariana Dias Antunes.sonhavam com a fundação de uma povoação e imaginavam que ela deveria surgir em torno de uma ermida, sob a invocação de Nossa Senhora da Guia. Em 21 de março de 1766,os dois doaram,para patrimônio de sua protetora e ereção de sua capela, 120 mil réis de terras, sendo metade no sítio Patos e a outra parte na fazenda Pedra Branca. Em 28 de novembro de 1768,os casais:Simão Gomes de Mello-Josefa Faustino Barreto, Domingos Dias Antunes-Anna Thereza de Figueiredo, além de João Felippe Gomes de Mello e do Capitão Paulo Mendes de Figueiredo, ratificaram a doação da área, na presença de um Tabelião de Piancó, a quem a localidade se reportava naquela época, transferindo para o papel o desejo de seus fundadores.

A construção da capela teve início no ano de 1772, época em que se incorporava a freguesia de Nossa Senhora do Bom Sucesso de Pombal, instalada no dia 04 de maio do mesmo ano, cuja criação ocorreu através de Carta Régia, datada de 26 de julho de 1766. O fato mais inusitado com relação à igrejinha é que a imagem da Santa, proveniente de Portugal, chegou antes do término da obra,motivo pelo qual foi improvisado um altar embaixo de um pé de pereiro, objetivando iniciar a veneração a sua padroeira. Quando se fez necessária a retirada da planta a localidade se dividiu em duas facções e por pouco não aconteceu uma guerra civil. Parte da população, solidária com a evolução dos tempos, torcia pela derrubada da árvore,enquanto a outra,mais conservadora, queria preservar a memória religiosa e não aceitava tal preposição. Com a conclusão da capela a convergência do povoamento era inevitável,afluindo para o seu aconchego,pessoas dos diversos níveis sociais: camponeses,vaqueiros, pedreiros e homens de destaque que formavam os mentores da administração local.As habitações começavam a surgir nos arredores e Patos, aos poucos, vislumbrava um horizonte futuro, sob o manto sagrado de sua eterna protetora.

O aumento considerável no número de fiéis motivou o surgimento de um movimento em defesa de sua elevação à paróquia com a criação da freguesia de Nossa Senhora da Guia, o que veio a acontecer no dia 06 de outubro de 1788, através da Provisão Régia de número 14, com o desmembramento da Gloriosa Senhora Santana do Seridó (Caicó) e incorporação à Diocese de Olinda coordenada pelo Bispo Dom Frei Tomaz da Encarnação Costa Lima,tendo como primeiro vigário o Padre José Inácio da Cunha Souto Maior, o qual permaneceria na função até 1796, oportunidade em que seria substituído pelo Padre José Ribeiro Campos.Ainda em 1788, foi criado o Distrito de Patos, subordinado ao município de Pombal, época em que as administrações: civil e religiosa, possuíam algumas semelhanças. A autonomia no campo eclesiástico também representava uma relativa independência.

Em 1808, assume o cargo de Vigário de Patos o Padre Antônio da Silva Costa, o qual permaneceria por 10 anos, até a chegada do Padre Jerônimo Rangel em 1818. A mesma função chegou às mãos do sacerdote Antônio Dantas Correia de Góis, em 1825,com término em 1853, quando entregou o cargo ao Padre Manoel Cordeiro da Cruz.

A posição geográfica privilegiada,situada bem no centro do Estado da Paraíba, fez com que a povoação de Patos (como era mais conhecida ), sempre fosse alcançada por quantos cruzassem o território paraibano de norte a sul,de leste a oeste,que acabou gerando um progresso rápido, admitido pelos viajantes da época, chegando a despertar nas autoridades a necessidade de criação de um novo município,tendo por sede a alvissareira da localidade.

Na sessão de 05 de março de 1830,o Conselho do Governo da Província da Paraíba decidiu pelo encaminhamento ao Ministro e Secretário de Estado dos Negócios do Império,o Marquês de Caravelas,do pedido de criação de três novas Vilas e Câmaras: Bananeiras, Amélia de Piancó e Imperial dos Patos, a primeira desmembrada de Areia e as duas outras de Pombal.O documento que foi enviado em 26 de março do mesmo ano era finalizado com o seguinte trecho: A oficialização das três Vilas redundará em benefício tanto dos "fiéis súditos habitantes dos respectivos lugares", como "em aumento da população e esplendor do Império".

Em 09 de maio de 1833, durante sessão extraordinária do Conselho da Província,foi aprovado o projeto de elevação da Vila dos Patos, cuja instalação se deu em 22 de agosto, após 66 anos de subordinação a Pombal. A partir de então o município passou a existir,assinalando a emancipação política, com sua câmara de vereadores, composta de 07 membros,consoante determinava a Lei de primeiro de outubro de 1828, cabendo a ela a administração econômica e municipal. A primeira composição teve os seguintes vereadores: José Dantas Correia de Góis, Jerônimo José da Nóbrega, José Raimundo Vieira, Bernardo Carvalho de Andrade, João Machado da Costa, Francisco Gomes Angelim e Manoel Cardoso de Andrade.

Vale registrar que tanto as vilas como as cidades possuíam autonomia de município e eram governadas pela Câmara, nas vilas compostas de sete membros e nas cidades de nove, constituindo a única diferença entre ambas.A escolha dos vereadores se daria através do processo eletivo e o mais votado seria o presidente. Cada Câmara teria um secretário. A mesma lei disciplinava, inclusive, o modelo do juramento na posse que deveria ser vazado nos seguintes termos: "Juro aos Santos Evangelhos desempenhar as ações de vereador, promover, quanto em mim couber,os meios de sustentar a felicidade pública".

Com relação à atribuição das Câmaras,dizia a Lei que estas eram corporações meramente administrativas e não exercia jurisdição contenciosa alguma. Teriam a seu cargo tudo que dissesse respeito à polícia e economia das povoações e seus termos.

CARACTERÍSTICAS GERAIS

Cidade rica em minério e centro de comercialização da agricultura regional, Patos destaca-se como um dos municípios de mais rápido desenvolvimento industrial do sertão paraibano.

Patos é um município do estado da Paraíba, localizado à margem esquerda do Rio Espinharas. Tem uma altitude de 242m e clima semi-árido e quente.

A economia baseia-se na cultura do algodão e do feijão. As principais indústrias são as de calçado, extração de óleos vegetais e beneficiamento de algodão e cereais. Tem grande riqueza mineral, com jazidas de mármore cor-de-rosa e ocorrências de ouro, ferro, calcários e cristal de rocha. Patos liga-se a todo o Nordeste e ao Sul por ferrovia e rodovias.

Distante 301km de João Pessoa, sua sede localiza-se no centro do estado com vetores viários interligando-o com toda a Paraíba e viabilizando o acesso aos Estados do Rio Grande do Norte, Pernambuco e Ceará.

Esportes: Times de Futebol:

- Nacional Atlético Clube , com cores branco e verde é conhecido como o "Canarinho do Sertão";

- Esporte Clube de Patos, com cores branco e vermelho é conhecido como "O Terror do Sertão".

Estádio:

- Estádio José Cavalcanti

Dados Gerais do Município de Patos

Localização:

Macrorregião : NE - NORDESTE
Mesorregião : Sertão Paraibano
Microrregião : Patos

O município de Patos situa-se no Estado da Paraíba, distante 301 Km de João Pessoa e sua sede localiza-se no coração do estado com vetores viários interligando toda a Paraíba e viabilização de acesso aos Estados do Rio Grande do Norte, Pernambuco e Ceará.

Emancipação Política : 13 de dezembro de 1832

Independência Administrativa: (Elevação de vila a categoria de cidade, através da lei n.º 200) : 24 de outubro de 1903.

Aniversário da Cidade : 24 de outubro (*)

Extensão Territorial : 508,7 Km2

Densidade Demográfica : 169,13 (hab/Km2)

Coordenadas Geográficas :

Latitude 7º01’28’’ Sul
Longitude 37º16’48’’ Oeste
Altitude 242 m
Prefeitura : Av. Presidente Epitácio Pessoa,91, Centro – Patos/Pb; CEP – 58700 – 020
Fone: (083) 3421 2108

Câmara Municipal : Av. Pedro Firmino, 157; Centro – Patos/Pb; CEP – 58700-070
Fone: (083) 3421 3696

OBS.: A Câmara Municipal mudou de endereço, estando localizada, atualmente, onde funcionou o Centro dos Estudantes Universitários (C.E.U.), na rua Horácio Nóbrega, Bairro Belo Horizonte.

Esta é a bela e hospitaleira cidade de Patos, que eu conheci ainda nos tempos da Viação Gaivota; da Viação Andorinha; da Viação IPALMA (de Zéu e Ivan); do campo do CICA; do campo do Bariri, no São Sebastião; do campo do Estrela, no Belo Horizonte (local onde está o Estádio Municipal José Cavalcanti); da Rodoviária da Pedro Firmino; das retretas na Praça João Pessoa.

Patos cresceu. Ficou adulta e muito mais experiente. De tudo aquilo que eu vi no passado, restam apenas a Filarmônica 26 de Julho (sem as retretas); o cine Eldorado (desativado) e a vontade de ver tudo como antes, até mesmo coisas mais recentes que a mão humana resolveu destruir, a exemplo do cine São Francisco.

Independente de tudo isso e tentando não dar bolas para a falta de respeito daqueles que destruiram parte de sua história, eu ainda te amo, minha querida Patos. Afinal, você se tornou indefesa e impotente para reagir aos instintos perversos.

ADALBERTO CLAUDINO PEREIRA, teu filho adotivo.

4 comentários:

  1. sr°Claudiano eu tenho uma historia muito triste para lhe contar sobre a minha familia o meu avô
    é de patos mas a gente naum cnheçe ele o nome dele é PAULO LUIS DE FRANÇA POR FAVOR ENTRE EM CONTATO COMIGO.

    ResponderExcluir
  2. E parece ser uma cidade qui chegou ao futuro bem rapido,mas não se deve deixar acabar com,oque e patrimonio da cidade e a história e isso deve ser lembrado não só atraves de fotos mas sim, pela conservação.

    ResponderExcluir
  3. gostaria de saber qual e o aeroporto mais proximo de patos.

    ResponderExcluir
  4. Parabéns pela matéria sobre Patos - Paraíba, a Capital do Sertão. Não devemos falar mal do lugar onde você nasceu, afinal somos todos BRASILEIROS e com muito ORGULHO.

    Visite a AMAZÔNIA DOS BRASILEIROS!.

    Prof. Arnóbio.

    ResponderExcluir