sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Saibam um pouco da minha vida em Patos - Parte 2


SAIBA UM POUCO DA MINHA VIDA EM PATOS – Parte 2

Quando meus pais decidiram sair de Abreu e Lima, então Distrito de Paulista (PE), e fixar residência em Campina Grande, nunca pensei em me adaptar à cidade grande. Afinal, eu tinha apenas 9 anos (1950), idade meio complicada para uma adaptação imediata. Mas as coisas fluíram de forma surpreendente. Tudo ali era diferente, inclusive o dialeto. Esse talvez tenha sido o ponto mais cruciante. Os anos passaram. Moramos em vários locais (Liberdade, rua Arrojado Lisboa, Av. Rio Branco, rua Paraguai, rua Idelfonso Aires, rua Ceará e rua Monte Santo). Estudei nos colégios Alfredo Dantas e Estadual da Prata, mas a minha primeira escola foi a famosa Escola de D. Adelma, na rua Arrojado Lisboa.

Foi em Campina Grande que dei os primeiros passos no futebol, jogando no infantil do Vasco da Gama. Passei, em seguida para os juvenis e acabei sendo titular no chamado Primeiro Quadro, que era o que hoje chamamos de time amador. Era a época em que só existia o Treze e o Paulistano. Depois é que surgiu o Campinense, formado por aristocratas locais. Um momento inesquecível foi quando fizemos a preliminar com os aspirantes do Treze, antes do jogo Treze X Vasco do Rio (1959). Naquela ocasião, Bellini desfilou com a Taça Jules Rimet.

O Vasco formou com Fernando, Paulinho e Copolilo; Élcio (Laerte), Orlando e Coronel; Sabará, Almir, Roberto Pinto e Pinga. Um fato de destaque foi a expulsão do jogador Élcio. Em um lance na intermediária do Vasco, Élcio gritou para um companheiro seu, mandando dar combate ao jogador Pedro Neguinho, do Treze, a quem chamou de “urubu”. Por ser negro e pensando ter sido com ele, o árbitro expulsou o jogador vascaíno, por desrespeito à autoridade. Élcio saiu sem saber o que havia feito para ser excluído da partida (naquele tempo não tinha esse negócio de preconceito e chamar um negro de urubu, por exemplo, era muito normal).

Foi ali que eu tive os meus primeiros empregos: o primeiro numa banca de revista, próxima à Prefeitura Municipal, e o outro num escritório de representações do Sr. Geraldo Soares, no Edifício Assú, na Praça da Bandeira. Deste eu só saí para servir ao Exército, em 1960, onde trabalhei na F.A. (Fiscalização Administrativa), tendo como chefe o Major Marcelo. Da época, lembro o coronel Queiroz (comandante), o major Marcelo (sub-comandante), Major Maurício, tenentes Marques, Rego Barros e , além do sargento 62, comandante da Banda Marcial, da qual eu fiz parte a convite do mesmo.

No ano de 1961, fui residir em Patos, onde minha vida mudou por completo. Recém-casado, morava na casa de meus pais, na rua Felizardo Leite, de onde saí para morar numa casinha na Travessa Pedro II. Era tão pequena a casa que só cabia mesmo duas pessoas. Depois de uns dois anos naquele sofrimento, fui morar em outra casa no mesmo local. Agora sim, era uma casa de verdade. Alguns anos depois consegui comprá-La.

Muitos anos depois troquei minha casa por outra no Bairro do Salgadinho, onde tive bons amigos e excelentes vizinhos. Lembro de João Rodrigues, Demétrius, Lula, Didi, entre outros. Na época, Patos era representada no futebol pelo Esporte, time pertencente ao então deputado Zéu Palmeira. Poucos meses depois da minha chegada, alguns funcionários dos Correios e Telégrafos formaram o Nacional Atlético Clube. Foi aí que comecei a gostar do “Canário do Sertão”.

Ainda cheguei a treinar umas duas vezes no Esporte. Na época, os treinos eram realizados no famoso campo do CICA, na saída para Campina Grande (hoje bairro de Brasília). Outro campo onde se realizavam os jogos era o do Estrela, local onde foi construído o Estádio Municipal José Cavalcanti. Alí, participei de muitos jogos. Naquele tempo, Dissôr (Edilson Brandão) já era uma revelação.

Também joguei algumas partidas no campo do Bariri, no bairro de São Sebastião. Era o tempo do Farinha, um dos grandes jogadores da época. Aliás, o futebol de Patos teve figuras de nomes interessantes: Farinha, Banana, Tripa, Pistola, Buchada, etc.

Eu sempre falava que era amigo do jogador Salomão, do Campinense. Isso causou muitos comentários dos amigos, que duvidavam por ser aquele atleta um verdadeiro craque. Certo dia, o Campinense foi jogar em Patos e eu aproveitei para provar a minha amizade com Salomão.

Fui até o Hotel Santa Terezinha (o único da cidade capaz de hospedar pessoas ilustres), e convidei Salomão para conhecer a cidade. O primeiro passo foi levá-lo até a Rádio Espinharas. Foi um verdadeiro “Deus nos acuda”. Os amigos, vendo-me em companhia do jogador, ficavam pasmados e muitos se aproximavam para falar com o atleta rubro-negro. A partir daquele dia ninguém mais duvidou de mim. Uns até me chamavam de “o amigo de Salomão”.

Naquele domingo, o jogo entre Campinense X Esporte foi realizado no campo do Colégio Diocesano (hoje Colégio Pedro Aleixo). Eu entrei com o Campinense, ao lado do jogador Salomão, com a permissão do técnico Buarque Gusmão, do time “raposa”. Os olhares admirados dos torcedores para mim, foi algo muito legal, pois provei que tinha prestígio junto ao clube de Campina Grande, onde eu sempre treinava quando residia naquela cidade serrana.

Quero aproveitar este espaço para citar alguns amigos que fiz na “morada do sol”. Alguns já se foram, outros ainda vivem, graças a Deus. Destaque para Luiz Gonzaga Lima de Morais; Petrônio Gouveia; Fildani Gouveia; Dr. Magalhães, juiz de Direito; professores José Luiz, José Carlos, Josa, Manoel Messias, Durval Fernandes, Adalmira, Pe. Raimundo, Osman, Geralda, Sarmento, Willy Bullara. Entre os jogadores, guardo na memória Ribamar, Totinha, Mário Lemos, Toinho, Zé Pereira, Celimarcos, Marconi, Manoel Messias, Dedé Baixinho, Clóvis, Menon, Nego Mimi, Oliveira, Walter, Didi, Lulu, Marchedes, João Batista, Perequeté, Chico Carroção, entre outros.

Não poderia deixar de citar pessoas como Antônio Araújo, Osvaldo Mota, Pedro Oliveira, Chico Medeiros (da Marajó), Francisco Leite, Oscar Leandro, Dr. Olavo Nóbrega, Dr. Carlos Candeia, Dr. Edmilson Fernandes Motta, Dr. Otávio Pires de Lacerda, Dr. Geraldo Carvalho, Dr. Edmilson Lúcio, Dr. Rivaldo Medeiros, Dr. Ivânio Ramalho; tenente Carlos, capitão Clementino, tenente Evódio, Coronel Deuslírio, Dr. Efigênio Vilar, deputada Francisca Motta, Francisco de Assis Vieira (Binda), Dr. Romero Abdon da Nóbrega, deputado Edvaldo Motta, entre os muitos amigos patoenses.

No dia 20 de janeiro de 1976, apresentei, pela primeira vez, pela Rádio Espinharas, o programa “O Domingo é Nosso”. Comecei sozinho, mas com o passar do tempo, coloquei pessoas maravilhosas para ajudar-me. A primeira delas foi Arlene Nóbrega. Depois veio a Cilene Medeiros e, finalmente a irmã dela, Sildani Medeiros. Muitas pessoas ajudaram, entre elas Genival da Coroa, Chico Leite dos Doces Verdes Mares, e Chico Medeiros, da Marajó.

No dia 26 de agosto de 1978, recebi o título de Cidadão Patoense, outorgado pela Câmara Municipal, na gestão do Dr. Edmilson Fernandes Motta. O autor do Projeto de Lei foi o vereador Polion Carneiro. As solenidades aconteceram no salão de festas do Hotel JK, culminando com um alegre e delicioso jantar.

No dia 11 de setembro de 1978, assinei contrato com a Prefeitura Municipal para lecionar Português n o Colégio Aristides Hamad Timene. Este foi o ponta-pé inicial para meu ingresso no magistério. Depois fui para o Colégio Comercial Roberto Simonsen, a convite do professor Constantino, diretor daquele educandário. Em seguida, ensinei nos cursinhos Kennedy, Extra Três e Apollo XI, todos preparatórios para o vestibular.

No dia 17 de dezembro de 1978, em solenidade no Estádio Municipal José Cavalcanti, recebi a medalha de Honra ao Mérito, por ter sido o árbitro que mais atuou no campeonato de futebol da cidade, com 18 atuações.

No dia 16 de janeiro de 1982 fui indicado como Relações Públicas do III Batalhão de Polícia Militar (III BPM), em solenidade realizada na Churrascaria Buena Brasa e que contou com a participação de todos os jornalistas da cidade. Minha indicação foi feita pelo capitão Clementino, comandante da 4ª Companhia. A convite do prefeito Edmilson Motta, recém-eleito, assumi a Assessoria de Imprensa da Prefeitura Municipal de Patos, permanecendo na gestão Rivaldo Medeiros, saindo em 1984, quando fui para Petrolina, a convite da Rádio do Grande Rio.

Tentarei lembrar os nomes de alguns vereadores que, ao longo da minha passagem pela Câmara Municipal, como Assessor de Imprensa (8 anos), tiveram grande respeito pelo meu trabalho: Polion Carneiro, Juracy Dantas de Sousa, Apolônio Gonçalves, Francisco Antônio de Maria (Chico Bocão), Rubens Almeida, Abdias Guedes Cavalcanti, Agamenon Borges, Vigolvino Lopes, Cláudio Barreto. Estes foram os grandes companheiros de batalha na Casa de Juvenal Lúcio de Souza.

Também sempre gostei de cantar. Participei de dois Festivais de Músicas Carnavalescas, realizados no Cine El Dorado. Algumas de minhas composições, com arranjos do maestro Saraiva, foram: “Até Quarta-Feira”, “Saudades dos Carnavais”, “Marcha da Peteca” e “Porta-Bandeira”. Participei de muitas serestas no Patos Tênis Clube e outras nas ruas de Patos, ao lado de Amaury de Carvalho, Aloísio Araújo, Agnaldo Xavier, Antônio de Pádua, Tatinha e outros. Participei ainda de alguns programas do Virgílio Trindade, na Rádio Espinharas, nos sábados à noite.

(Aguardem a continuação desta matéria - a parte 3)

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

HINO DE PATOS - VAMOS CANTAR!!!


PATOS, TE AMO, PATOS!
Este é o título do hino de Patos, composto pelo saudoso radialista, cantor e compositor AMAURY FRANCISCO DE CARVALHO.

Não foi fácil para ele gravar um Compacto Duplo com suas composições, entre elas o Hino de Patos. Graças ao então prefeito Edmilson Fernandes Motta, que financiou 500 exemplares, o sonho foi realizado e lá estava o Compacto pronto e as músicas eternizadas.

Mas as dificuldades não pararam por aí. A venda dos discos não atingiu as expectativas do Amaury, apesar dos seus esforços para colocá-los na "praça". Isso causou um grande desgosto ao artista. Apenas alguns amigos mais íntimos chegaram a valorizar o trabalho do Amaury de Carvalho. Muitos discos foram doados pelo autor, como forma de divulgá-los.

Mas, vamos conhecer a extraordinária letra do Hino Oficial da cidade de Patos:

NUM CANTINHO DA MINHA PÁTRIA AMADA / E DENTRO DO MEU CORAÇÃO
ESTÁ MINHA TERRA ADORADA, / DE SONHOS E DE TRADIÇÃO;
O SEU NOME FOI TIRADO DA LAGOA, / DOS PATOS TRANQUILOS DE LÁ;
NO MUNDO UMA TERRA TÃO BOA, / EU CREIO, MEU DEUS, QUE NÃO HÁ!
(Estribilho)
PATOS, TE AMO, PATOS! / PATOS, EU SEMPRE HEI DE AMAR!
PATOS, TE AMO, PATOS! / PATOS, EU SEMPRE HEI DE AMAR!

A RIQUEZA ESCONDIDA NO SEU SEIO / NÃO PODE NINGUÉM CALCULAR;
DE ARTISTAS A CIDADE É UM ESTEIO, / SÃO LINDAS AS MORENAS DE LÁ!
NOS SEUS CAMPOS É BONITA A ALVORADA, / NOS RIOS QUE CORREM POR LÁ.
AS LOIRAS MENINAS DOIRADAS / DERRAMAM PERFUMES NO ANDAR!

O PROGRESSO FOI CHEGANDO DE REPENTE, / OS PATOS FUGIRAM DE LÁ,
DEIXANDO A SAUDADE NA GENTE / E A ÂNSIA DE VÊ-LOS VOLTAR!
OS SEUS FILHOS NOS LUGARES MAIS DISTANTES / SUSSURRAM SEU NOME SUTIL;
SÃO HOMENS DE FEITOS BRILHANTES, / AMANDO E HONRANDO O BRASIL!

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Outro grande artista patoense fez uma música em homenagem à cidade. O violonista ANTÕNIO EMILIANO, compôs a música PATOS DOS MEUS TEMPOS, para concorrer a um dos Festivais de Músicas Carnavalescas. Trata-se de uma linda marcha-rancho, na qual o autor tràs à memória dos patoenses fatos que marcaram época. VAMOS CANTÁ-LA!!!

PATOS DOS MEUS TEMPOS
(Antônio Emiliano)

Hoje, assim tão distante, eu te envio lembranças,
Sinto saudades de ti, do tempo em que eu era criança;
Patos, cidade querida, de um céu azul, cor de anil,
És parte da minha vida; oh, linda princesinha do Brasil.

Lembro os carnavais passados, que os anos não trazem mais,
Lembro as cavalgadas da rua do Prado
Que o tempo deixou pra trás,
Minha primeira escola, a banda e a retreta,
E a professorinha Antonieta.

Lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá;
Lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá; (repete)
Lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá,
lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá;

OBS.: Antônio Emiliano era um dos melhores violonistas da região das Espinharas. Era indispensável sua participação nas serestas realizadas na cidade, inclusive no programa do Virgílio Trindade, na Rádio Espinharas. Integrante do Conjunto Ataulfo Alves, Emiliano era um dos grandes astros, ao lado de Toinho do bandolim, Tatinha, Antônio Moreno, Valdemar do pandeiro, Marreco no afoxê e os cantores que completavam o grupo (Amaury de Carvalho, Antônio de Pádua, Agnaldo Xavier, Vavá Brandão, Adalberto Pereira, Aloísio Araújo e outros).

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Patos: um ponto convergente-divergente


Cidade de Patos - Paraíba.

SAIBA MAIS SOBRE ESTA LINDA CIDADE ENCRAVADA NO SERTÃO PARAIBANO.

Por volta de 1670, começam a surgir, em Patos, as primeiras fazendas de gado. Nessa época, existia uma lagoa, que segundo uns, ficava na margem do rio Espinharas e segundo outros, ficava no local onde hoje está a praça João Pessoa. Essa lagoa servia aos índios da região (Pegas e Panatis) e era o habitat de muitos patos, daí o nome da Cidade. Segundo o IBGE, a população da cidade em 2007 é de 95.375 habitantes.
Patos é um município brasileiro do estado da Paraíba, localizado na microrregião de Patos, na mesorregião do Sertão Paraibano. Região metropolitana.

Municípios limítrofes Norte: São José de Espinharas e São Mamede.
Sul: Santa Terezinha e Cacimba de Areia.
Leste: Quixaba e Cacimba de Areia.
Oeste: Santa Terezinha e Malta.

Distância até a capital 301 quilômetros

Características geográficas: Área 513 km²
Densidade: 191,6 hab./km²
A cidade de Patos é considerada a única capital regional do sertão nordestino, e polariza geograficamente mais de 70 municípios incluindo alguns do Rio Grande do Norte e Pernambuco. Tem seu ponto forte o comércio, o qual deixa sua população flutuante em torno de 130 mil pessoas. Em épocas festivas como o São João, o fluxo de turistas eleva a população para 200 mil pessoas aproximadamente. É também considerada a cidade de melhor distribuição de renda e estrutura urbana, com baixíssimos índices de violência urbana.

HISTÓRIA

A cidade surgiu no século XVIII, com a formação de um povoado em torno da capela de Nossa Senhora da Guia, doada em 1752 pelo fazendeiro Paulo Mendes de Figueiredo. Segundo a tradição, o nome originou-se da lagoa dos Patos, hoje aterrada, às margens do Rio Espinharas.

Sua emancipação política deu-se a 13 de dezembro de 1832. Foi elevado de vila a categoria de cidade, através da lei n.º 200, de 24 de outubro de 1903, sendo, portanto seu aniversário comemorado nessa data.

FERIADOS MUNICIPAIS:

24 de setembro, dia da padroeira Nossa Senhora da Guia.
24 de outubro, aniversário da cidade.

Origem e evolução da Capital do Sertão da Paraíba:

Tomando por base a Bacia do Paraíba, no que se refere aos seus antigos habitantes, os registros da história apontam os índios Cariris como pioneiros na exploração,com fixação predominante na região da Borborema, além dos aglomerados situados nas margens dos rios do Peixe e Jaguaribe. Com a chegada da Nação Potiguara, proveniente do sul do Brasil, que se localizou no litoral paraibano, passou a existir a luta pelo domínio territorial, obrigando a retirada da primeira tribo, com destino ao interior. Nessa fuga da taba original ocorreu uma desagregação, com a formação de novos grupos, proclamados como independentes, dentre os quais Pegas e Panatis que se situaram na região das Espinharas.

No século XVII, começaria o embate entre índios e brancos, época em que a família Oliveira Ledo, vinda da célebre Casa da Torre, nas margens do São Francisco, chegava ao Sertão depois de atuar no Cariri, com objetivo de conquistar a propriedade das terras, para efeito de colonização. As duas organizações indígenas situadas em Patos, somadas aos Coremas que fixaram moradia no Vale do Piancó, reagiram contra os desbravadores, numa luta das mais aguerridas, até a consolidação da soberania dos brancos, que finalmente puderam plantar a semente da civilização futura.

No encontro dos rios:Cruz,cuja nascente está localizada no sopé do Pico do Jabre e Farinha, originado na Serra da Viração, numa encruzilhada de caminhos, onde os tropeiros faziam parada, atraídos pela água corrente e os seus animais se deliciavam com fartura das pastagens, estava o cenário escolhido para a implantação das primeiras fazendas de gado. Com a união desses cursos de água natural veio a formação do terceiro rio, o qual fora denominado pelos índios de Pinharas e traduzido para a língua dos brancos como Espinharas, levando-se em consideração os inúmeros arbustos espinhentos que existiam no local, a exemplo de xique-xique, unha de gato, coroa de frade, urtiga e faveleira. Bem ao lado encontrava-se uma lagoa onde muitos patos fizeram o seu habitat natural, aves que seriam fonte de inspiração para a denominação do lugarejo.

João Pereira de Oliveira foi o primeiro a se fixar com fazendas de gado em solo das Espinharas. Ele recebera uma doação do pai, Antônio de Oliveira Ledo, cuja terra, na localidade Farinha,foi demarcada em 1670 e confirmada pelo então Governador do Brasil, Alexandre de Sousa Freire.

José Permínio Wanderley, citou em seu livro "Retalhos do Sertão" que João Pereira de Oliveira, vendeu a referida propriedade ao Coronel Domingos Dias Antunes que mais tarde adquiriu também do seu contemporâneo, o Sargento-mor José Gomes Farias,a fazenda Itatiunga, que em tupi guarani significa "Pedra Branca", a qual fazia limite com a primeira. Por morte do coronel, as vastas terras foram inventariadas com os filhos: Mariana e Antônio, sendo que esse último vendeu sua herança ao Capitão Paulo Mendes de Figueiredo, que na referida época já residia na Fazenda Patos.

RELIGIÃO COMO PONTO DE PARTIDA:

A História de Nossa Senhora da Guia (Padroeira de Patos), constitui o ponto de partida para o surgimento do próprio município. Os casais: Paulo Mendes de Figueiredo-Maria Teixeira de Melo e José Gomes de Melo-Mariana Dias Antunes.sonhavam com a fundação de uma povoação e imaginavam que ela deveria surgir em torno de uma ermida, sob a invocação de Nossa Senhora da Guia. Em 21 de março de 1766,os dois doaram,para patrimônio de sua protetora e ereção de sua capela, 120 mil réis de terras, sendo metade no sítio Patos e a outra parte na fazenda Pedra Branca. Em 28 de novembro de 1768,os casais:Simão Gomes de Mello-Josefa Faustino Barreto, Domingos Dias Antunes-Anna Thereza de Figueiredo, além de João Felippe Gomes de Mello e do Capitão Paulo Mendes de Figueiredo, ratificaram a doação da área, na presença de um Tabelião de Piancó, a quem a localidade se reportava naquela época, transferindo para o papel o desejo de seus fundadores.

A construção da capela teve início no ano de 1772, época em que se incorporava a freguesia de Nossa Senhora do Bom Sucesso de Pombal, instalada no dia 04 de maio do mesmo ano, cuja criação ocorreu através de Carta Régia, datada de 26 de julho de 1766. O fato mais inusitado com relação à igrejinha é que a imagem da Santa, proveniente de Portugal, chegou antes do término da obra,motivo pelo qual foi improvisado um altar embaixo de um pé de pereiro, objetivando iniciar a veneração a sua padroeira. Quando se fez necessária a retirada da planta a localidade se dividiu em duas facções e por pouco não aconteceu uma guerra civil. Parte da população, solidária com a evolução dos tempos, torcia pela derrubada da árvore,enquanto a outra,mais conservadora, queria preservar a memória religiosa e não aceitava tal preposição. Com a conclusão da capela a convergência do povoamento era inevitável,afluindo para o seu aconchego,pessoas dos diversos níveis sociais: camponeses,vaqueiros, pedreiros e homens de destaque que formavam os mentores da administração local.As habitações começavam a surgir nos arredores e Patos, aos poucos, vislumbrava um horizonte futuro, sob o manto sagrado de sua eterna protetora.

O aumento considerável no número de fiéis motivou o surgimento de um movimento em defesa de sua elevação à paróquia com a criação da freguesia de Nossa Senhora da Guia, o que veio a acontecer no dia 06 de outubro de 1788, através da Provisão Régia de número 14, com o desmembramento da Gloriosa Senhora Santana do Seridó (Caicó) e incorporação à Diocese de Olinda coordenada pelo Bispo Dom Frei Tomaz da Encarnação Costa Lima,tendo como primeiro vigário o Padre José Inácio da Cunha Souto Maior, o qual permaneceria na função até 1796, oportunidade em que seria substituído pelo Padre José Ribeiro Campos.Ainda em 1788, foi criado o Distrito de Patos, subordinado ao município de Pombal, época em que as administrações: civil e religiosa, possuíam algumas semelhanças. A autonomia no campo eclesiástico também representava uma relativa independência.

Em 1808, assume o cargo de Vigário de Patos o Padre Antônio da Silva Costa, o qual permaneceria por 10 anos, até a chegada do Padre Jerônimo Rangel em 1818. A mesma função chegou às mãos do sacerdote Antônio Dantas Correia de Góis, em 1825,com término em 1853, quando entregou o cargo ao Padre Manoel Cordeiro da Cruz.

A posição geográfica privilegiada,situada bem no centro do Estado da Paraíba, fez com que a povoação de Patos (como era mais conhecida ), sempre fosse alcançada por quantos cruzassem o território paraibano de norte a sul,de leste a oeste,que acabou gerando um progresso rápido, admitido pelos viajantes da época, chegando a despertar nas autoridades a necessidade de criação de um novo município,tendo por sede a alvissareira da localidade.

Na sessão de 05 de março de 1830,o Conselho do Governo da Província da Paraíba decidiu pelo encaminhamento ao Ministro e Secretário de Estado dos Negócios do Império,o Marquês de Caravelas,do pedido de criação de três novas Vilas e Câmaras: Bananeiras, Amélia de Piancó e Imperial dos Patos, a primeira desmembrada de Areia e as duas outras de Pombal.O documento que foi enviado em 26 de março do mesmo ano era finalizado com o seguinte trecho: A oficialização das três Vilas redundará em benefício tanto dos "fiéis súditos habitantes dos respectivos lugares", como "em aumento da população e esplendor do Império".

Em 09 de maio de 1833, durante sessão extraordinária do Conselho da Província,foi aprovado o projeto de elevação da Vila dos Patos, cuja instalação se deu em 22 de agosto, após 66 anos de subordinação a Pombal. A partir de então o município passou a existir,assinalando a emancipação política, com sua câmara de vereadores, composta de 07 membros,consoante determinava a Lei de primeiro de outubro de 1828, cabendo a ela a administração econômica e municipal. A primeira composição teve os seguintes vereadores: José Dantas Correia de Góis, Jerônimo José da Nóbrega, José Raimundo Vieira, Bernardo Carvalho de Andrade, João Machado da Costa, Francisco Gomes Angelim e Manoel Cardoso de Andrade.

Vale registrar que tanto as vilas como as cidades possuíam autonomia de município e eram governadas pela Câmara, nas vilas compostas de sete membros e nas cidades de nove, constituindo a única diferença entre ambas.A escolha dos vereadores se daria através do processo eletivo e o mais votado seria o presidente. Cada Câmara teria um secretário. A mesma lei disciplinava, inclusive, o modelo do juramento na posse que deveria ser vazado nos seguintes termos: "Juro aos Santos Evangelhos desempenhar as ações de vereador, promover, quanto em mim couber,os meios de sustentar a felicidade pública".

Com relação à atribuição das Câmaras,dizia a Lei que estas eram corporações meramente administrativas e não exercia jurisdição contenciosa alguma. Teriam a seu cargo tudo que dissesse respeito à polícia e economia das povoações e seus termos.

CARACTERÍSTICAS GERAIS

Cidade rica em minério e centro de comercialização da agricultura regional, Patos destaca-se como um dos municípios de mais rápido desenvolvimento industrial do sertão paraibano.

Patos é um município do estado da Paraíba, localizado à margem esquerda do Rio Espinharas. Tem uma altitude de 242m e clima semi-árido e quente.

A economia baseia-se na cultura do algodão e do feijão. As principais indústrias são as de calçado, extração de óleos vegetais e beneficiamento de algodão e cereais. Tem grande riqueza mineral, com jazidas de mármore cor-de-rosa e ocorrências de ouro, ferro, calcários e cristal de rocha. Patos liga-se a todo o Nordeste e ao Sul por ferrovia e rodovias.

Distante 301km de João Pessoa, sua sede localiza-se no centro do estado com vetores viários interligando-o com toda a Paraíba e viabilizando o acesso aos Estados do Rio Grande do Norte, Pernambuco e Ceará.

Esportes: Times de Futebol:

- Nacional Atlético Clube , com cores branco e verde é conhecido como o "Canarinho do Sertão";

- Esporte Clube de Patos, com cores branco e vermelho é conhecido como "O Terror do Sertão".

Estádio:

- Estádio José Cavalcanti

Dados Gerais do Município de Patos

Localização:

Macrorregião : NE - NORDESTE
Mesorregião : Sertão Paraibano
Microrregião : Patos

O município de Patos situa-se no Estado da Paraíba, distante 301 Km de João Pessoa e sua sede localiza-se no coração do estado com vetores viários interligando toda a Paraíba e viabilização de acesso aos Estados do Rio Grande do Norte, Pernambuco e Ceará.

Emancipação Política : 13 de dezembro de 1832

Independência Administrativa: (Elevação de vila a categoria de cidade, através da lei n.º 200) : 24 de outubro de 1903.

Aniversário da Cidade : 24 de outubro (*)

Extensão Territorial : 508,7 Km2

Densidade Demográfica : 169,13 (hab/Km2)

Coordenadas Geográficas :

Latitude 7º01’28’’ Sul
Longitude 37º16’48’’ Oeste
Altitude 242 m
Prefeitura : Av. Presidente Epitácio Pessoa,91, Centro – Patos/Pb; CEP – 58700 – 020
Fone: (083) 3421 2108

Câmara Municipal : Av. Pedro Firmino, 157; Centro – Patos/Pb; CEP – 58700-070
Fone: (083) 3421 3696

OBS.: A Câmara Municipal mudou de endereço, estando localizada, atualmente, onde funcionou o Centro dos Estudantes Universitários (C.E.U.), na rua Horácio Nóbrega, Bairro Belo Horizonte.

Esta é a bela e hospitaleira cidade de Patos, que eu conheci ainda nos tempos da Viação Gaivota; da Viação Andorinha; da Viação IPALMA (de Zéu e Ivan); do campo do CICA; do campo do Bariri, no São Sebastião; do campo do Estrela, no Belo Horizonte (local onde está o Estádio Municipal José Cavalcanti); da Rodoviária da Pedro Firmino; das retretas na Praça João Pessoa.

Patos cresceu. Ficou adulta e muito mais experiente. De tudo aquilo que eu vi no passado, restam apenas a Filarmônica 26 de Julho (sem as retretas); o cine Eldorado (desativado) e a vontade de ver tudo como antes, até mesmo coisas mais recentes que a mão humana resolveu destruir, a exemplo do cine São Francisco.

Independente de tudo isso e tentando não dar bolas para a falta de respeito daqueles que destruiram parte de sua história, eu ainda te amo, minha querida Patos. Afinal, você se tornou indefesa e impotente para reagir aos instintos perversos.

ADALBERTO CLAUDINO PEREIRA, teu filho adotivo.

ESPORTE CLUBE DE PATOS


CONHEÇA UM POUCO DO ESPORTE CLUBE DE PATOS

O Esporte Clube de Patos é um clube brasileiro de futebol, sediado na cidade de Patos, no estado da Paraíba.

O Esporte foi fundado no dia 7 de julho de 1953, por alguns ex-atletas do extinto Botafogo de Patos, sob o comando do sr. Zéu Palmeira e de Antônio Araújo, conhecido como Araújo, maior glória do Esporte. A reunião de fundação do clube ocorreu na sede do Tiro de Guerra patoense. Admiradores do futebol pernambucano, os fundadores homenagearam o Sport e o Náutico, ao denominar a equipe como Esporte Clube de Patos e ao utilizarem o mesmo padrão adotado pelo alvirubro recifense na época.

O Esporte disputou o Torneio Intermunicipal cearense representando a cidade do Cedro, chegando a rivalizar com a cidade de Juazeiro do Norte.

Em 1964, o clube deu início à profissionalização, passando a disputar o Campeonato Paraibano a partir de 1965, permanecendo até 1974. Disputou ainda em 1976 e 1977, retornando apenas em 1982 e disputando até 1995.

Participou ainda das edições de 1997, 1998 e 2002. Após a conquista do Campeonato Paraibano da Segunda Divisão, o alvirrubro patoense retornou mais uma vez a elite do futebol paraibano.

TÍTULOS ESTADUAIS:

• Campeonato Paraibano 2ª Divisão: 2005.
• Torneio Início: 1993.

ALGUNS ATLETAS DO PASSADO:

Celimarcos (goleiro); Toinho; Dedé Baixinho; Marconi; Mário Lemos; Neocides.

NACIONAL ATLÉTICO CLUBE DE PATOS


CONHEÇA UM POUCO DO NACIONAL ATLÉTICO CLUBE.

O Nacional foi fundado no dia 23 de dezembro de 1961, por funcionários federais da cidade, notadamente dos Correios e Telégrafos. Suas cores iniciais eram o verde e o amarelo, posteriormente mudando para os atuais verde e branco.

Os primeiros times do Nacional foram amadores e compostos por funcionários federais, sob a liderança de José Geraldo Dinoá Medeiros, considerado seu fundador e que foi seu primeiro Presidente; depois houve a abertura para atletas não funcionários, embora amadores.

Os profissionais só começaram a ter vez quando surgiu a possibilidade do clube de ingressar no Campeonato Paraibano. Os atletas, embora sem registro, passaram a receber salários e cumprir programação sistemática de treinamento.

Os primeiros jogos do Nacional foram realizados no velho campo do Colégio Estadual. Logo, passou a jogar no Estádio "Zé Cavalcanti", que registrou, em sua inauguração em 1964, a vitória do Nacional sobre o Esporte de Patos pelo placar de 2 a 1.

Em 1965, o Nacional participa pela primeira vez do Campeonato Paraibano. Em 1970, abandonou o campeonato no meio e foi punido com multa alta e um ano de suspensão. Ficou de fora em 1971 e voltou em 1972, com um plantel caseiro, barato e homogêneo: foi o tempo dos famosos "moleques da Rua da Baixa".

TÍTULOS ESTADUAIS:

• Campeonato Paraibano: 2007.
• Vice-Campeonato Paraibano: 5 vezes (1978, 1989, 1990, 1991 e 2005).

OUTTRAS CONQUISTAS:

• Torneio Incentivo: 5 vezes (1977, 1978, 1979, 1980 e 1981).

ÍDOLOS:

• Dissôr; Gonzaga; Lulu; Manoel Messias; Mário Moura; Oliveira; Zito; Clóvis; Lamar; Ribamar; Walter.

(A seguir, um pouco do Esporte Clube de Patos)

Patos: um ponto convergente-divergente


FALANDO UM POUCO DE PATOS, A “MORADA DO SOL”.

Patos, que neste 24 de outubro, celebra seus 104 anos de elevação à categoria de cidade. Povo alegre, hospitaleiro e de muita fé. São algumas das características marcantes dos filhos da Morada do Sol, um dos cognomes de Patos, chamada carinhosamente também de Rainha das Espinharas.

A cidade é considerada a terceira mais representativa do Estado. Está localizada no sertão paraibano, sendo polarizada por dezenas de municípios, inclusive dos vizinhos estados Rio Grande do Norte e Pernambuco. Sua economia é destaque, atraindo feirantes de todas as localidades da circunvizinhança. No seu dia a dia o pico de sua economia tem sido a feira da segunda-feira e do sábado, para onde convergem feirantes de diversas localidades.

A economia da cidade, que no início de seu desenvolvimento tinha como destaque a agropecuária, hoje ganha fôlego com o comércio varejista, setor que conta com a facilidade de acesso dos feirantes, sendo o município servido de boas rodovias, ferrovia, transporte aéreo e alternativo, infra-estrutura que facilita e faz de Patos pólo de distribuição de mercadorias e serviços para toda a região. As indústrias de bebidas e calçados, produtos escoados em grande parte para todos os estados do Nordeste e Pará, são uma das principais fontes geradoras de emprego e renda do município. O comércio tem sido destaque na Paraíba.

SAÚDE

A saúde de Patos sofreu processo de municipalização. A cidade mantém funcionando como referência para a região, o Hospital Regional Dep. Janduhy Carneiro, Hospital Infantil Noaldo Leite, Maternidade Peregrino Filho, Banco de Leite e Centro de Saúde Frei Damião. É sede do 6º Núcleo Regional de Saúde, composto de 24 municípios. Fazem parte também do seu sistema de saúde o Laboratório Central, Centro de Hemodiálise, Centro de Imagem, Centro de Reabilitação de Pessoas Portadores de Deficiência (CERPPOD), Samu, Caps, CEO e possui 32 equipes do PSF, que levam atendimento a 100% da população.
Patos se destaca também na educação, recebendo alunos de toda a região no ensino fundamental, médio e superior. A cidade está bem assistida de cursos superiores. Pela UFCG são oferecidos os cursos de Medicina Veterinária e Engenharia Florestal, além de pós-graduação em Biologia. Pela FIP – Faculdades Integradas de Patos as opções são: Geografia, História, Ciências Econômicas, Pedagogia, Letras, Enfermagem, Jornalismo, Informática, Direito, Biomedicina, Fisioterapia e brevemente Odontologia. A UEPB também se faz presente com três cursos: Matemática, Administração e Computação.

SEGURANÇA

Na Justiça Patos possui quatro varas que atendem sete municípios, um Juizado de pequenas causas, uma Curadoria do Meio Ambiente e do Patrimônio Público. Na segurança é sede do III Batalhão; 5ª Superintendência de Polícia Civil; possui unidade da Polícia Rodoviária Federal e delegacia da Polícia Federal, além de uma Seção do Corpo de Bombeiros e um Tiro de Guerra.

COMUNICAÇÃO

Nas comunicações a cidade, de aproximadamente 100 mil habitantes, tem sinal do SBT, Rede Globo, Record, Bandeirantes, Rede Vida e Canção Nova. São cinco emissoras de rádio: Espinharas, Panati, Itatiunga, Morada do Sol, e Rádio Alternativa, com caixas de som fixadas nos postes do centro da cidade. Circulam os jornais estaduais: O Norte, Diário da Borborema, A União, Correio da Paraíba, Jornal da Paraíba, sem contar com os tablóides locais de circulação mensal: Folha Patoense, O Sertão, A Voz do Povo, Taflóide, O Informato, Jornal dos Municípios, O Portal, Patos Empresarial, revista O Nosso Recado. Alguns sites já divulgam a cidade na Internet, como Patosonline, Patosnet, e blogs, como o www.garimpandopalavras.blogspot.com.

CULTURA

Grupos folclóricos, quadrilhas juninas, festas populares como Carnaval, São João; eventos religiosos: Pentecostes, Festa de Setembro. Há uma diversidade enorme que mantém vivas antigas tradições, que sobrevivem graças ao esforço e participação de seu povo.

FILARMÔNICA 26 DE JULHO

- Sempre convidada para abrilhantar eventos festivos, religiosos e políticos, a Filarmônica 26 de Julho é o hoje um dos maiores patrimônios culturais da cidade de Patos. Com 75 anos de existência é uma das mais antigas do Estado em atividade. Seu fundador foi o maestro Anésio Leão, que chegou ao município na década de 20 provindo de Campina Grande. Ao chegar aqui fundou o Instituto São José e com ele a Banda do Instituto São José. Como o Instituto não tinha recursos suficientes para mantê-la, aceitou a proposta do prefeito Adelgício Olinto de Melo e Silva, que queria homenagear João Pessoa, assassinado em 26 de julho de 30, dando-lhe o nome da banda.

FESTA DE SETEMBRO

- A Festa de Setembro, ou de Nossa Senhora da Guia, é um dos grandes destaques para história e cultura do povo de Patos. O evento, que completou 219 anos mês passado, tem amplo significado para o município, que surgiu justamente pela fé dos primeiros fazendeiros aqui instalados, que acreditaram no surgimento do povoado com a construção de uma capela.

SÃO JOÃO

O maior evento junino do sertão paraibano, o São João tornou-se um dos principais cartões postais do turismo de eventos desse município, recebendo durante às comemorações aos santos da época milhares e milhares de visitantes de todo o país em busca de muita diversão.

CIDADE HISTÓRICA

Através da Lei Estadual de Nº 200, de 24 de outubro de 1903, a Vila de Patos foi elevada à categoria de cidade. Naquele momento o município tinha como administrador Constantino Dantas Correia de Góis. Já na Assembléia Legislativa era representado pelo deputado Leôncio Pereira Monteiro Wanderley. O projeto que elevou Patos de vila à cidade foi de autoria do deputado José Campelo de Albuquerque, sendo sancionado por José Peregrino de Araújo, Presidente do Estado.

ALGUNS FATOS MARCANTES

- Uma das maiores lideranças políticas de Patos foi o Tenente-Coronel Miguel Sátyro e Sousa, que por quase três décadas, a partir dos primeiros anos do Séc. XX exerceu seu poderio político na localidade, época em que a cidade tornou-se conhecida como Patos do Major Miguel.

- No ano de 1912, quando transcorria a eleição para escolha dos representantes estaduais, a cidade foi atacada por um grupo armado, de quase 500 componentes, que eram liderados por Augusto Santa Cruz e Franklin Dantas, que defendiam a candidatura de Rego Barros. O objetivo de fundo era provocar intervenção federal na Paraíba.

- Em 1914 foi fundado na cidade o jornal A Voz do Sertão, tendo seu primeiro número circulado no dia 14 de março do mesmo ano. Seu fundador foi o advogado Genésio Gomes Gambarra.

- De 1904 até a 1930 o município foi administrado pelos seguintes agentes públicos: Sizenando Flórido de Sousa (1904-1907); Sebastião Ferreira da Nóbrega (1907-1913), José Peregrino de Araújo Filho (1913-1928); Firmino Ayres Leite (1928-1930) e Canuto Torres (1930), todos sob proteção política Miguel Sátyro.

- Um dos grandes fatos que marcaram a história da cidade foi a chegada, em 1921, da energia elétrica, implantada apelo engenheiro Brandão Cavalcanti. Já as primeiras obras sanitárias foram implementadas também de 1921.

- O ano de 1923 ficou marcado, de forma triste, na história da cidade, com a trágica morte da menina Francisca, adotada pelo casal Absalão e Domila Emerenciano. No local em que seu corpo foi encontrado hoje existe o Parque Religioso Cruz da Menina.

- Em 1942 o Cônego Fernando Gomes dos Santos, filho de Patos, foi agraciado com o título de Monsenhor. No ano seguinte, aos 33 anos incompletos, foi nomeado bispo da Diocese de Penedo-AL. Em 1949, tornou-se titular da Diocese de Aracajú.

- O Dr. Clóvis Sátyro e Sousa foi eleito para dirigir os destinos administrativos de Patos, tornando-se o primeiro prefeito constitucional do município, após a queda do Estado Novo, através de eleição realizada a 17 de janeiro de 1947. No período da ditadura Vargas Patos chegou a ser governado por nove prefeitos.

- A cidade ainda teve os seguintes prefeitos: Darcílio Wanderley (1951-1955); Nabor Wanderley (1955-1959); Bivar Olinto (1959-1963); José Cavalcanti da Silva (1963-1969); Olavo Nóbrega (1969-1973); Aderbal Martins (1973-1977); Edmilson Fernandes Mota (1977-1983); Rivaldo Medeiros (1983-1989); Geralda Medeiros (1989-1992); Antônio Ivânio de Lacerda (1993-1996) e Dinaldo Medeiros Wanderley (1997-2000/2001-2004). Atualmente é administrado por Nabor Wanderley Filho (2005-)

- Em 25 de fevereiro de 1959 o Santo Papa João XXIII, nomeou o Dom Expedito Eduardo de Oliveira, cearense de Pacatuba, como primeiro Bispo da Diocese de Patos. Este veio a faleceu a 8 de maio de 1983, após 24 anos a frente da. Seu substituto, Dom Gerardo Andrade Ponte (falecido em 2006), assumiu os destinos religiosos da Diocese em 26 de fevereiro de 1984, permanecendo no cargo até 1º de dezembro de 2001, quando se tornou bispo emérito. Para sucedê-lo foi nomeado Dom Manoel dos Reis de Farias.

- O primeiro veículo de comunicação radiofônica da cidade de Patos foi a Rádio Espinharas, instalada em 1º de agosto de 1950.De Patos muitas figuras ilustres brotaram em vários áreas do conhecimento, seja nas artes, política, jornalismo, literatura, a exemplo de Ernani Sátyro, Allyrio Meira Wanderley, Nelson Lustosa, Fátima Araújo, Flávio Sátiro Fernandes, João Rodrigues Coriolano de Medeiros, Balila Palmeira, José Urquiza e Tarcísio Meira César. Na política destaque para o ex-governador e ministro Ernani Ayres Sátyro e Sousa, Apolônio Zenaide Peregrino de Albuquerque, Edivaldo Fernandes Motta.
Na área da comunicação, Patos teve grandes nomes, entre eles, Luiz Pereira, José Augusto Longo da Silva, Nestor de Alcântara Gondim, Edleuson Franco de Medeiros, Virgílio Trindade, Adalberto Pereira, Juarez Farias, Amaury de Carvalho (autor do Hino de Patos), Souza Irmão, Aloisio Araújo, Louraci Freitas, José do Bonfim e outros. A Rádio Espinharas de Patos é a pioneira na radiodifusão. Depois dela vieram a Rádio Panati e a Rádio Itatiunga.
No esporte, a cidade de Patos é representada por seus dois principais clubes: Nacional Atlético Clube (alvi-verde) e Esporte Clube de Patos (alvi-rubro), sendo este o mais antigo, formado por Zéu Palmeira.

(Veja a seguir, o Hino de Patos, "Patos, Te Amo Patos", uma composição de Amaury de Carvalho)

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

A Difícil Missão de... (livro) - Parte 15


QUEM É, FINALMENTE, A VERDADEIRA MÃE DE JESUS CRISTO?

A grande verdade é que o Catolicismo ainda não se decidiu quanto a verdadeira mãe de Jesus Cristo. Uns dizem que é Maria de Fátima, outros preferem Maria de Lourdes, enquanto um grupo garante que é Maria da Conceição. Mas as preferências não param por aí. Há aqueles para quem a mãe do Salvador é Maria da Guia, o que deixa para trás o nome de Maria das Graças, mais uma no incrível rol de “santas” reconhecidas pelo Catolicismo Romano. Insatisfeitos, um grande grupo preferiu optar por Verônica, uma das maiores concorrentes nesta nova geração.
Enquanto os seus adeptos não se decidem, a Igreja Católica prefere aceitar todas elas e mais outras como Maria da Anunciação, Maria Aparecida, Maria da Glória, Maria Anunciada, Maria Gorete, Filomena, Genoveva, Maria da Penha, Maria das Dores, e outras que, certamente haverão de surgir. Com tantas opções, a Igreja Católica acaba sendo uma religião Politeísta.
Outra dúvida que alimentamos e esperamos uma explicação da Igreja Católica, é quanto a fisionomia de Maria, a mãe de Jesus Cristo. Cada uma dessas personagens que citamos anteriormente tem um rosto diferente, uma cor diferente e a espetacular diferença está em Maria Aparecida que, segundo os seus criadores, é de cor negra, como se alguém quisesse prestar uma homenagem aos negros. Ou a Igreja quis provar que não tem preconceitos raciais, ou procurou uma maneira de arranjar uma companheira para São Benedito.
Ora, se Maria casou-se com José quando tinha apenas 15 anos de idade, com certeza quando Jesus Cristo iniciou o seu Ministério Missionário aos 30 anos, ela deveria estar com pelos menos 45, o que contrasta com a foto em que aparece como uma adolescente. Até parece que, ao invés de mãe, ela se apresenta como filha. Que tal envelhecer só um pouquinho mais a fisionomia de Maria?
É incrível o festival de “santos” canonizados pela Igreja Católica Apostólica Romana. Achando pouco os já existentes (Antônio, João, Pedro, Onofre, Januário, Gabriel, Joaquim, Benedito, Francisco das Chagas, Bartolomeu, Francisco do Canindé, Sebastião, Expedito, Cristóvão), outras pessoas são transformadas em “santas” e “santos”, contrariando os ensinamentos de Deus, principalmente quando Ele diz: “Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo da terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto, porque eu sou o Senhor teu Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem.”
Daí, a pergunta que fazemos: quem é, finalmente, a verdadeira mãe de Jesus Cristo? Esperamos que a resposta venha de forma satisfatória, de conformidade com a Bíblia Sagrada. Fora dela, tudo não passa de invencionice humana para aumentar o número da idolatria, que já se apresenta visivelmente e de forma constrangedora para os que têm Jesus Cristo como ÚNICO E SUFICIENTE SALVADOR.
O Catolicismo tem a obrigação moral e cristã de tomar uma decisão sobre a verdadeira identidade da mãe do Salvador. As variedades de nomes dados à mãe de Jesus pode dar uma conotação de incerteza, o que não é nada agradável para quem tem a obrigação de evitar dúvidas entre seus fiéis. O que não se tolera e isso afirmamos com veemência, é colocar em dúvida a verdadeira identidade de uma mulher que foi escolhida por Deus para trazer ao mundo o nosso ÚNICO E SUFICIENTE SALVADOR, aquele que diz com toda a firmeza: “Eu sou o caminho e a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por Mim.”
Está na hora de uma reflexão mais profunda, inteligente e sábia sobre o que a Bíblia nos ensina, porque quando Jesus Cristo voltar, não haverá chances para o perdão, visto que Ele virá como juiz para julgar a todos e no Grande Dia, o Dia do Grande Julgamento, será cumprido o que Ele disse em Mateus 25:31-46 (veja na sua Bíblia). Queremos apenas lembrar o versículo 41, que diz: “Então o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda. Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos.”
Quando Jesus voltar, em que lado você vai ficar? No lado direito, onde ficarão aqueles que fizeram a sua vontade, ou no lado esquerdo, onde estarão os desobedientes e teimosos, que não quiseram aceitar a verdade, preferindo os ensinamentos mentirosos e enganadores? Vai estar no lado das ovelhas (à direita), ou do lado dos cabritos (à esquerda)? Cuidado para não tomar um caminho errado, pois só existe um caminho que lhe conduz à Salvação: Jesus Cristo, o Senhor.
Não quero aqui defender esta ou aquela religião. Não quero aqui defender homens ou doutrinas. Não quero aqui julgar esta ou aquela religião. Meu objetivo maior é mostrar que, independente dos erros cometidos por dirigentes religiosos, precisamos seguir fielmente, os ensinamentos do Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Tendo-O como exemplo de santidade, estaremos no caminho certo e, certamente, alcançaremos a SALVAÇÃO.

(A seguir, a Parte 16)

A Difícil Missão de... (livro) - Parte 14


AS CONTRADIÇÕES DO CATOLICISMO

Por incrível que nos pareça, a Igreja Católica, apesar de contar com tantos líderes inteligentes e intelectuais, vive envolvida por contradições com os ensinamentos de Jesus Cristo contidos na Bíblia Sagrada. Às vezes pensamos como pessoas de nível intelectual tão avançado, ainda não descobriram o quanto o catolicismo massacra as verdades pregadas pelos homens inspirados por Deus. Das muitas contradições, escolhemos aquelas que consideramos as mais revoltantes:

I – Casamento: A Igreja Católica defende o celibato, ou seja, não permite que seus líderes (padres, bispos, frades, e até o próprio papa) casem e construam um lar. A Bíblia, ao contrário, manda: “É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar.” (I Timóteo 3:2). No livro de Tito, capítulo 1º, versículos 5 e 6, encontramos mais uma prova de que os presbíteros devem ser casados: “Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em ordem as cousas restantes, bem como, em cada cidade, constituísses presbíteros, conforme te prescrevi: alguém que seja irrepreensível, marido de uma só mulher, que tenha filhos crentes que não são acusados de dissolução, nem são insubordinados.”. Isso significa dizer que, não só os bispos mas todos os que estão à frente da igreja, devem ser casados.

II – Os ídolos: A Igreja Católica estimula a adoração (ou veneração, como justificam), enquanto a Bíblia condena quaisquer tipos de adoração ou veneração aos ídolos. Senão vejamos: “Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo da terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o Senhor teu Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem.” Mais claro do que isso é impossível.
Em sua primeira carta à igreja em Corinto, o apóstolo Paulo fez a seguinte advertência: “Portanto, meus amados, fugi da idolatria (...) Que digo, pois? Que o sacrifício ao ídolo é alguma cousa? Ou que o próprio ídolo tem algum valor? Antes digo que as cousas que eles sacrificam, é a demônios que as sacrificam, e não a Deus; e eu não quero que vos torneis associados aos demônios.” (I Coríntios 10:14, 19 e 20). Acredito que ninguém terá condições de esclarecer melhor sobre a necessidade de afastar-nos dos ídolos, do que a Bíblia Sagrada.

III – A valorização dos ídolos: A Igreja Católica incentiva seus fiéis a valorizarem os ídolos, como se estes tivessem algum valor diante do nosso Deus. Normalmente testemunhamos pessoas conduzindo ídolos em andores, como se eles fossem importantes. Vejamos o que a Bíblia nos diz a respeito: “Mas se alguém ama a Deus esse é conhecido por Ele. No tocante à comida sacrificada a ídolos, sabemos que o ídolo de si mesmo nada é no mundo, e que não há senão um só Deus.” (I Coríntios 8:3 e 4).
Falando ao profeta Zacarias, Deus mostra a fragilidade dos ídolos e o que serão deles no dia final: “Acontecerá, naquele dia, diz o Senhor dos Exércitos, que eliminarei da terra os nomes dos ídolos, e deles não haverá mais memória; e também removerei da terra os profetas e o espírito imundo.” Deus disse ainda que os profetas se sentirão envergonhados e não poderão mais enganar a ninguém. Vai ser um momento tão tenebroso para os falsos profetas que eles tentarão negar a si próprios, dizendo-se lavrador para livrar-se dos castigos Divinos. E ai! Onde estará o poder dos ídolos a quem muitos recorrem nos momentos de angústia, de dor, de desespero?
Se pensam que as coisas param por aí estão puramente enganados. Lá no livro do profeta Isaías encontramos Deus falando e, mais uma vez, condenando os ídolos: “Congregai-vos, e vinde; chegai-vos todos juntos, os que escapastes das nações; nada sabem os que carregam o lenho das suas imagens de escultura, e fazem súplicas a um Deus que não pode salvar.” (Isaías 45:20). Aí está uma razão a mais para que desprezemos essas imagens inúteis que nada fazem a não ser levar ao cansaço aqueles que as conduzem em procissão e ao fracasso espiritual os que as adoram.
Mas pesado mesmo é o que encontramos no livro dos Salmos. Depois de tomar conhecimento das palavras do salmista, com certeza muitos abrirão os olhos para uma nova realidade e, certamente, repudiarão os ídolos. Vejamos estas palavras: “Prata e ouro são os ídolos deles, obra das mãos de homens. Têm boca, e não falam; têm olhos, e não vêem; têm ouvidos, e não ouvem; têm nariz, e não cheiram. Suas mãos não apalpam; seus pés não andam; som nenhum lhes sai da garganta. Tornem-se semelhantes a eles os que os fazem, e quantos neles confiam.” (Salmos 115:4 a 8). Vejam que as pessoas que fabricam os ídolos e as que confiam neles serão iguais a eles, ou seja, não terão poder algum. E agora? O que você vai fazer? Continuar no mesmo erro é burrice.

IV – Os sacrifícios: A Igreja Católica valoriza por demais os sacrifícios. Muitas são as promessas feitas, seguidas de sacrifícios absurdos (andar de joelhos, andar descalço em solos quentes, etc.), sob a orientação de líderes católicos. Ao ser morto na cruz, Jesus Cristo sacrificou sua vida por nós. Vejamos o que nos diz a Bíblia sobre isso: “Ora, todo sacerdote se apresenta dia após dia a exercer o serviço sagrado e a oferecer muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca jamais podem remover pecados; Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à destra de Deus.” (Hebreus 10:11 e 12). A Bíblia nos diz que os sacrifícios passados eram humanos e transitório, mas o sacrifício (único) feito por Jesus Cristo na cruz do Calvário, este é Divino e permanente.

V – As obras: Para o catolicismo, praticar boas obras, dar esmolas, por exemplo, é necessário para alcançar a salvação. E a Bíblia Sagrada, o que diz sobre isso? Será que isso é verdade? Vejamos a verdade: “Para mostrar nos séculos vindouros a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus. Porque pela graça sois salvo, mediante a fé; e isso não vem de nós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie.” (Efésios 2:7-9). Agora sim, temos a resposta verdadeira. Não adiante fazer milhares de boas obras, se não temos Jesus Cristo como ÚNICO e SUFICIENTE SALVADOR. Não somos salvos pelas obras que praticamos, pois, como servos do Senhor, somos obrigados a amar o próximo. Tem gente que pratica boas obras mas guarda rancor no coração. Praticar boas obras não é nada extraordinário, mas, antes de tudo, um dever de cada um.

VI – Sobre o casamento e a abstinência: A Igreja Católica, sem nenhuma explicação convincente, proíbe o casamento de padres, bispos, frades, etc.. Será que a Bíblia Sagrada aprova este tipo de comportamento? Vejamos o que ela nos diz a respeito do assunto: “Ora, o Espírito afirma expressamente que nos últimos tempos alguns apostatarão (abandonarão) da fé por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios. Pela hipocrisia (fingimento) dos que falam mentiras, e que têm cauterizada (destruída) a própria consciência. Que proíbem o casamento, exigem abstinência de alimentos que Deus criou para serem recebidos, com ações de graça, pelos fiéis e por quantos conhecem plenamente a verdade.” (I Timóteo 4:1-3). A palavra de Deus acrescenta nos versículos seguintes que tudo que Deus criou é bom e nada é recusável, se for recebido com ações de graça, pois tudo é santificado pela palavra de Deus e pela oração.

VII – Sobre a virgindade de Maria: A Igreja Católica insiste em dizer que Maria, a mãe de Jesus Cristo, é virgem. Para nós, pouco importa a condição física de Maria. No entanto, precisamos mostrar à luz da Bíblia, que este é mais um ponto contraditório defendido pelo catolicismo. Vejamos o que nos diz a Bíblia Sagrada sobre o assunto: “...Despertado José do sono, fez como lhe ordenara o anjo do Senhor, e recebeu sua mulher. Contudo, não a conheceu, enquanto ela não deu à luz um filho, a quem pôs o nome de Jesus.” (Mateus 2:24,25). Em outro momento, a Bíblia nos dá provas concretas e indiscutíveis de que Maria teve outros filhos além de Jesus: “E ela deu à luz o seu filho primogênito, enfaixou-o e o deitou numa manjedoura porque não havia lugar para eles na hospedaria.” (Lucas 2:7). Se procurarmos no dicionário o significado da palavra primogênito, encontraremos: aquele que nasceu primeiro; o filho mais velho. Precisamos dizer mais alguma coisa?
Esperamos que a Igreja Católica pense melhor para seguir a Cristo segundo os ensinamentos bíblicos. Por sinal, ela já tem mudado um pouco. Já tem mudado os seus cânticos que, antes, eram somente dedicado à Maria. Já defendem o dízimo, que era combatido radicalmente e até já está defendendo o falar em línguas. Apesar de reconhecer alguns erros, ainda falta muita coisa para seguir a Cristo de forma a agradar a Deus. Para isso, faz-se necessário que a Igreja Católica reconheça a Bíblia Sagrada como sua regra de fé e prática.
Realmente, são muitas as dificuldades encontradas por aqueles que pretendem seguir a Cristo. Trilhar pelo caminho largo é muito fácil. Por eles transitam os alcoólatras, os fumantes, os idólatras, os mentirosos, os adúlteros, os invejosos, os desonestos, e todos aqueles que não fazem a vontade de Deus. Em Romanos 12:2, o apóstolo Paulo diz: “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. Em outra versão, lemos assim: “Não vivam como vivem as pessoas deste mundo, mas deixem que Deus os transforme por meio de uma completa mudança da mente de vocês. Assim vocês conhecerão a vontade de Deus, isto é, aquilo que é bom, perfeito e agradável a Ele.”.
Ao contrário, aqueles que transitam pelo caminho estreito, são obrigados a muitos sacrifícios. Não falamos de sacrifícios físicos, como colocar o próprio corpo exposto a sofrimentos que nada têm a ver com os ensinamentos bíblicos. Seguir a Cristo é renunciar as coisas que o mundo oferece e que não são agradáveis a Deus. Quem fuma, quem bebe, quem adultera, quem deseja o mal ao próximo, quem venera os ídolos, quem vive na mentira, quem vive em festas profanas, quem inveja o sucesso dos outros, quem vive na desonestidade, deve renunciar a tudo, em nome do Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Sem essa renúncia, é impossível servir a Cristo. E não adianta esse negócio de dizer: “eu faço caridades, dou muitas esmolas e cumpro minhas promessas”. Isso de nada vale se você não abrir o seu coração para Jesus Cristo fazer morada. Obras, orações, choros, nada disso salva. Somente Jesus Cristo é capaz de nos salvar.

VIII – “Católico, Graças a Deus”. Esta frase pode ser vista em alguns veículos de católicos mais fervorosos. É uma maneira de demonstrar fidelidade à sua religião. Uma fidelidade que impressiona, principalmente quando procuramos motivos para se dar Graças a Deus por não se fazer a vontade desse Deus. Senão vejamos: “Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele. Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” (João 8:31,32). Estas palavras extraídas da Bíblia Católica, mostram que o próprio Jesus Cristo considera seus discípulos aqueles que permanecem na Sua palavra, ou seja, aqueles que fazem a Sua vontade. Adorar imagens de escultura, colocar Jesus em segundo plano, recorrer a ídolos ou pessoas mortas para alcançar graças, e fazer outras coisas condenadas por Deus, não é fazer a vontade do nosso único e suficiente Salvador. “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; a aquele que me ama, será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele.” (João 14:21).
Deus nunca ficará agradecido àqueles que não fazem a sua vontade. Um pai que fica feliz com o filho que o desobedece, com certeza é um pai conivente com os erros cometidos pelo filho. Deus não é assim. Ao contrário, ele é um Pai que exige dos filhos obediência. É um Pai que cobra amor dos filhos. Certa vez Jesus disse: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viveremos para ele e faremos nele morada. Quem não me ama, não guarda as minhas palavras...” (João 14:23 e 24).
Não é possível ser mais claro. Acredito que as palavras de Jesus Cristo são suficientes para mostrar que é muita ousadia alguém dar graças a Deus por fazer o que Ele condena com tanta veemência. E foi com o objetivo de evitar questionamentos, que fiz uso da Bíblia Católica para as referências feitas sobre esses assuntos, para muitos ainda um tanto polêmicos, menos para aqueles conhecedores da VERDADE, ensinada com tanta clareza pelo nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, O ÚNICO SALVADOR.

IX – O PURGATÓRIO: Esta é uma palavra a quem a Bíblia Sagrada não faz qualquer referência. Quando a Bíblia fala sobre a vida eterna, ela destaca apenas dois caminhos a serem seguidos pelo homem: o estreito (que conduz à Salvação) e o largo (que conduz à perdição), ou seja, um que conduz ao céu e outro que conduz ao inferno. Se existe outro, este deve ter sido criado pelo homem. Logo, não merece credibilidade, nem confiabilidade. Diz a doutrina católica (doutrina humana) que Purgatório é um lugar de purificação para os que morreram sem pecados mortais mas que ainda não atingiram a perfeição exigida para a bem-aventurança.
Agora, vamos para a palavra da verdade, a Bíblia sagrada: “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado... Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” Veja que a purificação é um ato que praticamos em vida para que estejamos prontos para, ao morrermos, sermos recebidos no Seio de Abraão. Depois da morte vem o juízo. Não existe chance nenhuma para quem não se preparou para a vinda de Jesus Cristo.
Seria muito fácil, uma pessoa praticar todos os tipos de crimes, viver no adultério, cheia de pecados e depois da morte ficar num lugar se purificando até a vinda do Filho de Deus. Quer dizer que a população inteira de Sodoma e Gomorra, mesmo depois de ter seu destino consumado por Deus, está se purificando? Que absurdo!!! Diante de tudo isso, eu lhes convido a ler a história do rico e Lázaro, contida em Lucas 16:19-31. Há um momento em que a mensagem diz: “E, além de tudo, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que querem passar daqui para vós outros não podem, nem os de lá passar para nós”. Isso significa dizer que quem foi condenado ao inferno, já tem endereço certo. Nada pode mudar o seu destino. Nem o Purgatório criado para enganar as pessoas ingênuas.

X – O DÍZIMO: A Igreja Católica, ao longo dos séculos, sempre teceu severas críticas aos evangélicos por darem o dízimo. Alegavam que o dízimo era um dinheiro arrecadado para encher os bolsos dos pastores e que os crentes eram explorados pelas suas igrejas. Passados os tempos, eis que a Igreja Católica aderiu ao dízimo de forma bastante clara, chegando a propagá-lo como uma necessidade. Não sabemos o que aconteceu, mas temos plena certeza de que esta é uma das muitas incoerências vividas pelo catolicismo. Parece que os padres, aos poucos, estão doutrinando suas ovelhas segundo a Bíblia Sagrada. Lamenta-se que esta doutrina limita-se aos interesses da Igreja Católica, faltando ainda muitas coisas a serem mudadas. Até os hinos evangélicos estão sendo cantados nas missas. E como se isso fosse pouco, tem muitos católicos recebendo o dom de falar línguas estranhas. Que coisa, héim!!!

(A seguir, a Parte 14)

A Difícil Missão de... (livro) - Parte 13


A BÍBLIA E O CATOLICISMO

Para dirimir quaisquer dúvidas e evitar retaliações, vamos fazer uso da Bíblia católica, traduzida pelo Padre Antônio Pereira de Figueiredo, para fazermos uma associação entre a Bíblia, que é a palavra de Deus, e o catolicismo. Começamos perguntando: o que acontece com a Igreja Católica Apostólica Romana que não segue os ensinamentos bíblicos? Será que seus líderes desacreditam que a Bíblia seja um livro escrito por homens inspirados por Deus, ou fazem oposições a ela por não concordarem com os ensinamentos de Jesus Cristo?

Vamos começar nosso questionamento mostrando o que nos diz Salmos 115:4-8 “Prata e ouro são os ídolos deles, obra das mãos dos homens. Têm boca, e não falam; têm olhos, e não vêem; têm ouvidos, e não ouvem; têm nariz, e não cheiram. Suas mãos não apalpam; seus pés não andam; som nenhum lhes sai da garganta. Tornem-se semelhantes a eles os que os fazem, e quantos neles confiam”. Isso mostra o quanto são inúteis os ídolos mantidos pela igreja católica para adoração de seus fiéis. Essas palavras são confirmadas em Salmos 135:15-21.
Ao longo dos tempos, a igreja católica vem criticando os evangélicos por estes não adorarem Maria, a mãe de Jesus Cristo e por duvidarem de sua virgindade. O que a Bíblia nos diz a este respeito? Bem, vamos lá para o livro de Mateus, capítulo 14, versículos 55 a 58: “Não é este o filho do carpinteiro? Não se chama sua mãe Maria e seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? Não vivem entre nós todas as suas irmãs? Donde lhe vem, pois, tudo isto? E escandalizavam-se nele. Jesus, porém, lhes disse: Não há profeta sem honra senão na sua terra e na sua casa. E não fez ali muitos milagres, por causa da incredulidade deles”.
Não há dúvidas quanto a virgindade de Maria antes e durante o nascimento de Jesus Cristo, pois a sua gravidez foi uma obra do Espírito Santo de Deus. Agora, fazê-la virgem por toda a sua vida é falta de respeito à Palavra de Deus. Quando a Bíblia diz: “... Despertando José do sono, fez como lhe ordenara o anjo do Senhor, e recebeu sua mulher. Contudo, não a conheceu, enquanto ela não deu à luz um filho, a quem pôs o nome de Jesus”. (Mateus 1:24 e 25), ela nos mostra que depois do nascimento de Jesus Cristo, Maria e José passaram a ter uma vida normal de marido e mulher.
Se isso ainda não convence aqueles que pensam diferente, então vejamos o que nos diz Lucas 2:5-7: “A fim de alistar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida,. Estando eles ali, aconteceu completarem-se-lhe os dias, e ela deu à luz o seu filho primogênito, enfaixou-o e o deitou numa manjedoura porque não havia lugar para eles na hospedaria”. Há uma diferença comprovada entre unigênito (único) e primogênito (primeiro). Ora, se a Bíblia fala em primogênito, logo, outros filhos vieram em seguida. Jesus foi gerado por obra do Espírito Santo, enquanto os demais filhos de Maria e José foram gerados normalmente, ou seja, resultado de um relacionamento entre ambos.
Há, porém, uma coisa importante que a igreja católica não teve ainda a coragem de anunciar: os únicos que respeitam a vontade de Maria são os evangélicos. Duvidam? Então vejamos o que aconteceu durante a celebração das bodas em Caná da Galiléia, quando faltou vinho para os convidados: “Tendo acabado o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Eles não têm mais vinho. Mas Jesus lhe disse: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora. Então ela falou aos serventes: Fazei tudo o que ele vos disser”. (João 2:3-5)
Se Maria mandou que se fizesse tudo o que Jesus mandar, a igreja católica está desobedecendo àquela a quem diz respeitar com tanta veemência. Uma das provas desta nossa afirmativa está em João 14:6, onde o próprio Jesus Cristo diz: “... Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim”. Quem procura chegar a Deus através de ídolos diversos, com certeza está indo contra as palavras de Jesus, ou seja, não está fazendo o que Ele diz. A grande verdade é que não há como chegar até Deus a não ser através de Jesus Cristo.
Adorar, venerar, exaltar, reverenciar, dirigir pedidos ou fazer orações aos ídolos são práticas contrárias à vontade de Deus. Isso está provado logo no início do Livro Santo. Em Êxodo, capítulo 20, versículos de 1 a 6, Deus fez estas advertências: “Então falou Deus todas estas palavras: Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o Senhor teu Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até terceira e quarta geração daqueles que me aborrecerem. E faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos”.
Observando com carinho e bastante cuidado, chegaremos à uma conclusão: existem igrejas por aí enganando os seus fiéis, ludibriando a sua consciência e levando-os a um caminho diferente daquele que nos dá segurança e certeza de que estamos seguindo firmes para a SALVAÇÃO. Tenho pena daqueles que, mesmo conhecendo a verdade e sabendo que a SALVAÇÃO só vem através de Jesus Cristo, continuam escondendo o verdadeiro sentido da vinda do nosso Senhor e Salvador.
Se a igreja Católica Apostólica Romana, através dos seus líderes, mostrasse o perigo que oferecem os atos praticados por seus seguidores, com certeza muita coisa mudaria neste mundo pecaminoso. Não quero dizer que este mundo seria um mundo de santos, mas um mundo de pessoas menos agressivas, um mundo menos idólatra. Não é difícil distanciar-nos do pecado. Basta observarmos o que diz a Carta de Paulo às igrejas da Galácia: “Digo, porém: Andai no Espírito, e jamais satisfareis à concupiscência da carne. Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que porventura seja do vosso querer. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais sob a lei. Ora, as obras da carne são conhecidas, e são: prostituição, impureza, lasciva, IDOLATRIA, feitiçarias, inimizades,, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissenções, facções, inveja, bebedices, glutonarias, e cousas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já outrora vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais cousas praticam”. (Gálatas 5:16-21)
Já está na hora de vivermos a realidade e deixar de lado as fantasias criadas pelos homens. Entre estas fantasias está a do celibato, um dos grandes absurdos que vai contra os ensinamentos bíblicos. Para que eliminemos quaisquer comentários ao que afirmamos, citamos a Primeira Epístola de Paulo a Timóteo, capítulo 3, versículos 1 a 5, que nos diz: “Fiel é a palavra: Se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja. É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, ESPOSO de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não violento,, porém cordato, inimigos de contendas, não avarento; e que governe bem a sua própria casa, CRIANDO OS FILHOS sob disciplina, com todo respeito. POIS SE ALGUÉM NÃO SABE GOVERNAR A PRÓPRIA CASA, COMO CUIDARÁ DA IGREJA DE DEUS?”.
Veja, você, amigo leitor, o quanto a Bíblia é clara e fácil de ser entendida em muitos aspectos. Isso nos leva a não entendermos por que alguns líderes religiosos procuram complicá-la, ensinando tantas heresias e, conseqüentemente, levando as pessoas ao caminho da perdição. Sugiro que você prossiga a leitura do capítulo 3 de I a Timóteo.
Por conta dessa coisa absurda chamada celibato, muitos padres têm deixado a batina para se dedicarem à família. Conheço muitos deles que, às escondidas, mantêm relacionamentos amorosos, provocando, em muitos casos, grandes escândalos que poderiam ser evitados com a liberdade de casamento para padres, frades, bispos e outros integrantes do clero. Casamento, ao contrário do que pensa o “Vaticano”, é sadio e, à luz da Bíblia, necessário para o homem e a mulher: “Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só: far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea” (Gênesis 2:18).
Em Campina Grande, conheci um padre que namorava pra valer. Líder de uma comunidade religiosa no bairro da Prata, ele engravidava as namoradas e as mandava para uma fazenda de sua propriedade, onde a “mocinha” ficava até o nascimento da criança (filha do padre), retornando depois como se nada tivesse acontecido. São escândalos e mais escândalos, que poderiam acabar com o fim do celibato. Conheço padres que, como qualquer outro homem, fuma, bebe e faz sexo e nem por isso deixa de celebrar, confessar, fazer batizados, casamentos e outras coisas de sua alta competência. Ora, por que não casar? O que os impede de fazê-lo? Em que se baseia a Igreja Católica Apostólica Romana para defender o celibato?
Quando lemos que o bispo, entre outras coisas, deve ser sóbrio e não violento, fico a pensar num fato que aconteceu na cidade de Patos, no sertão paraibano, quando o Frei Damião de Bozanno, um homem idolatrado pelos católicos nordestinos, mandou que seus fiéis que participavam de uma novena na Igreja de Santo Antônio, invadissem a Igreja Presbiteriana, localizada na rua Irineu Jófilly, e destruísse tudo que nela existisse. Foi uma verdadeira tragédia: revestidos de um ódio inexplicável, os adeptos daquele frade de nacionalidade italiana destruíram tudo para a alegria de um homem que deveria dar bons exemplos.
Insatisfeitos com a destruição da Igreja Presbiteriana, os “capangas” do frei Damião partiram em direção ao templo Batista, localizado na rua Felizardo Leite e só não conseguiram repetir a covarde façanha porque os membros daquela igreja, sabendo do que estava acontecendo com a Presbiteriana, ficaram prevenidos e evitaram a tragédia. É assim que deve agir uma pessoa que se diz representante de Deus na terra? Onde estava a sobriedade daquele homem? Que moral teria ele para pregar contra a violência? Que capacidade moral teria para dar conselhos aos seus seguidores?
O certo é que é bastante difícil seguir a Cristo quando não se tem a Bíblia como regra de fé e prática. Quando não se obedece aos ensinamentos do próprio Jesus Cristo. Certa vez, em conversa com um padre, Diretor de uma das emissoras de rádio onde trabalhei como jornalista, fiz ver àquele prelado que a igreja que ele dirigia cometia um grave erro ao estimular a adoração aos ídolos. Depois da conversa, um amigo que ouvira tudo perguntou-me se eu tinha como provar o que havia dito. De imediato, mandei que ele procurasse, na própria Bíblia católica, o que estava escrito em Isaias 44:9-20.
Para esclarecer melhor, faço questão de reescrever Isaias 44:9 a 11 e outros versículos seguintes: “Todos os artífices de imagens de escultura são nada, e as suas cousas preferidas são de nenhum préstimo; eles mesmos são testemunhas de que elas nada vêem nem entendem, para que eles sejam confundidos. Quem formaria um Deus ou fundiria uma imagem de escultura, que é de nenhum préstimo? Eis que todos os seus seguidores ficariam confundidos, pois os mesmos artífices não passam de homens; ajuntem-se todos, e se apresentem, espantem-se e sejam à uma envergonhados”.
Em outra versão bíblica atualizada para uma linguagem mais popular, encontramos as mesmas palavras do profeta Isaías da seguinte forma: “Os que fazem imagens não prestam, e os seus deuses, que eles tanto amam, não valem nada. Os que adoram imagens são tolos e cegos e por isso são humilhados. É uma grande tolice fazer uma imagem para ser adorada como se fosse um deus. Todos os que a adoram são humilhados. Os que fazem ídolos são apenas seres humanos; nada mais. Que eles se reúnam e se apresentem no tribunal! Ali ficarão apavorados e serão humilhados”.
Qual a importância da missa de corpo presente? Qual o seu objetivo maior? Recomendar o corpo a quem e para quê? Essas perguntas foram feitas por mim ao Padre, diretor da emissora, durante uma conversa informal. Eu precisava ouvir daquele reverendo uma resposta que estivesse de acordo com a Bíblia. Afinal, o que eu queria mesmo era uma resposta da própria Bíblia. O que ouvi foi uma resposta surpreendente: “Isso não tem importância nenhuma. É apenas uma tradição que seguimos. Eu sei que não tem nenhum valor mas se eu não celebrar, outro vem e celebra” – respondeu laconicamente o padre.
Outra coisa que me deixa perplexo é saber que a igreja católica ainda alimenta o erro gritante do batismo de crianças. Pior ainda é dizer que, deixando de ser batizada, a criança vira pagã, título que já se tornou sinônimo de condenação, segundo o pensamento dos católicos. O incrível em tudo isso é que Jesus Cristo pensa diferente. Ele deixa bem claro que é das criancinhas o Reino de Deus. Aliás, o próprio Jesus só foi batizado aos 30 anos, o que significa dizer que, sendo uma ordenança, o batismo não leva ninguém à SALVAÇÃO. O batismo deve ser uma decisão espontânea daquele que se acha preparado para seguir a Cristo. Batizar-se apenas para participar de um momento festivo, com certeza não agrada a Deus. A criança é pura, sem pecados e, se alguém pensa que batismo salva, precisa ler com mais cuidado a Bíblia Sagrada.
Qual a luz que ilumina o homem em todos os momentos de sua vida espiritual? Será a luz criada pelo homem (velas, lâmpadas, lamparinas...)? Para termos uma resposta concreta e objetiva vamos até o livro de João que nos diz claramente: “De novo lhes falava Jesus, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas, pelo contrário, terá a luz da vida.” (João 8:12). Ora, se o próprio Jesus nos diz que Ele é a luz do mundo, por que fazermos uso de luzes que se apagam com o vento?
Em outra ocasião, Jesus Cristo voltou a colocar-se como a luz do mundo e fez outras advertências claras para a nossa vida espiritual: “Eu vim como luz para o mundo, a fim de que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas. Se alguém ouvir as minhas palavras, e não as guardar, eu não o julgo, porque eu não vim para julgar o mundo, e, sim, para salvá-lo. Quem me rejeita e não recebe as minhas palavras tem quem o julgue; a própria palavra que tenho proferido, essa o julgará no último dia..” (João 12:46 a 48). Jesus deixou bem claro que, ao ser enviado pelo Pai, sua tarefa aqui na terra não era a de julgar, mas, sim, a de salvar. No entanto, Ele afirmou, em seguida, que os que o rejeitam serão julgados no juízo final. Rejeitar a Cristo é fazer diferente do que Ele nos ensina.
Recorrendo à Bíblia Sagrada (a católica), tentei encontrar o significado da hóstia e descobri que ela não é citada. Parti, então, para o dicionário (pão destinado ao sacrifício eucarístico) e concluí que hóstia e pão são elementos totalmente diferentes. A Bíblia é claríssima ao citar o pão (e não hóstia) como um dos elementos da Ceia do Senhor. Senão vejamos o que nos diz a Palavra de Deus: “Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim.”
Mas a Bíblia Sagrada também nos mostra de forma muito clara, que Jesus também distribuiu o vinho entre os seus discípulos. Vejamos o que nos diz a Palavra do Senhor: “Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto todas as vezes que o beberdes, em memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes o cálice, anunciai a morte do Senhor, até que Ele venha.”. Notaram que todos participaram da ceia com Jesus Cristo? Pois bem, se só o celebrante toma um desses elementos, com certeza está fazendo diferente do que ensinou o Mestre.
Outro fator importante e que precisamos observá-lo é que Jesus Cristo distribuiu os elementos com seus discípulos, que esperaram pela ordem do Senhor para comê-los. Vejamos esta passagem: “Assim, pois, irmãos meus, quando vos reunis para comer, esperai uns pelos outros. Se alguém tem fome, coma em casa, a fim de não vos reunirdes para juízo. Quanto às demais cousas, eu as ordenarei quando for ter convosco.” (I Coríntios 11:33, 34). Esta ordem (esperai uns pelos outros) é para que haja disciplina no momento da celebração. As coisas do Senhor devem ser feitas com decência e ordem (I Cor. 14:40).
A quem devemos render obediência? Aos dirigentes das igrejas (papa, bispos, pastores, sacerdotes, frei, frade)? O que a Bíblia Sagrada nos diz sobre isso? Se eu desse minha opinião a respeito, com certeza seria criticado por muitos. E como eu não quero ser alvo dessas possíveis críticas, resolvi recorrer ao Livro dos livros. E vejam o que descobri: “Então Pedro e os demais apóstolos afirmaram: Antes importa obedecer a Deus do que aos homens.”. Esta declaração foi feita quando o apóstolo Pedro (que a igreja católica afirma ter sido o seu primeiro papa) e os apóstolos foram levados ao Sinédrio (Conselho governativo dos judeus) para serem interrogados pelo sumo sacerdote.
Outro ponto que nos deixa perplexos é a adoração ferrenha aos ídolos, que a igreja católica insiste em chamar de “santos”. Estes são canonizados (inscritos na lista dos santos) depois de operarem milagres. Mas será que isso tem respaldo bíblico ou é apenas criação do homem para chamar a atenção de pessoas ingênuas e desconhecedoras da Palavra de Deus? Quem nos pode responder com perfeição é a Bíblia Sagrada, a única credenciada para isso. Vejamos o que ela nos diz: “Assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante Ele e em amor. Nos predestinou para Ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade.”. Aqui está uma prova de que a escolha dos santos é feita por Deus. É ele quem nos chama, segundo a Sua vontade.
E o que é ser santo, afinal? Ser santo é ser separado do mundo, ou seja, é viver no mundo mas não seguir as coisas que o mundo nos oferece. A santificação depende de cada um de nós, como vemos em Levítico 20:7,8 “Portanto sacrificai-vos, e sede santos, pois eu sou o Senhor vosso Deus. Guardai os meus estatutos, e cumpri-os: Eu sou o Senhor que vos sacrifico.”. Guardar os estatutos é guardar a Palavra de Deus, os seus ensinamentos contidos na Bíblia Sagrada, que deve ser a nossa regra de fé e prática. Ela é a Verdade, a única maneira de seguirmos a Cristo com perfeição. Qualquer pensamento diferente é obra do Diabo.
A igreja católica canoniza uma pessoa depois de sua morte. Mas, segundo a Bíblia Sagrada, a santificação acontece durante a vida. Vejamos o que nos diz o salmista: “Preciosa é aos olhos do Senhor a morte dos seus santos.” (Salmos 116:15). Quando aceitamos Jesus Cristo como nosso único e suficiente Salvador, passamos a ser novas criatura, pessoas separadas das coisas do mundo. Não somos santificados pelos milagres, mas pelo Poder de Deus, o nosso Senhor. Existem muitos “santos” (canonizados) que, em vida, foram pessoas perseguidoras, maldosas e revestidas de atos incompatíveis com os ensinamentos bíblicos.
É por demais estranho sabermos que homens que tiveram vidas exemplares e que foram escolhidos por Deus para realizarem obras maravilhosas, não foram canonizados pela igreja católica e, conseqüentemente, não são considerados santos. Citamos como exemplos Moisés, Sansão, Josué, Arão, Abraão, Isaque, Salomão, o próprio profeta Isaías, entre outros. Estes, sim, mereciam estar inseridos no rol dos santos.

A Difícil Missão de... (livro) - Parte 12


COMO GANHAR A SALVAÇÃO?

Ainda há, infelizmente, milhões de pessoas que fazem penitências, praticam boas obras e se sacrificam de várias maneiras para ganhar a salvação. Mas o que fazer para convencer essas pessoas de que elas estão seguindo caminhos completamente contrários àquele mostrado por Deus, através da Bíblia Sagrada?. Bem, nada melhor do que usarmos a própria Bíblia. E para sermos mais práticos, resolvemos apelar para a Bíblia Católica.
Vejamos o que nos diz a palavra de Deus em Efésios 2:5-9: “E estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, - pela graça sois salvo. E juntamente com Ele nos ressuscitou e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus. Para mostrar nos séculos vindouros a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus. Porque pela graça sois salvo, mediante a fé; e isto não vem de nós, é dom de deus. Não de obras, para que ninguém se glorie.”
Isso significa dizer que a salvação não é mérito nosso; ela não é conquistada pela troca de obras realizadas. Ela foi conquistada pela morte de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo e o preço foi bastante alto.
Uma mulher que há doze anos vinha sofrendo de uma hemorragia, conseguiu aproximar-se de Jesus e, ao tocar-lhe as vestes, foi imediatamente curada. Ao ficar frente a frente com Jesus, ela contou-lhe o que havia acontecido. “E Ele lhe disse: Filha, a tua fé te salvou, vai-te em paz e fica livre do teu mal.” A mulher não precisou praticar boas obras. Ela teve fé e isso foi o suficiente para ganhar a salvação.
Mas a prova maior de que a salvação é fruto da graça de Deus e não um prêmio pelas obras que praticamos, está em Efésios, como vimos anteriormente: “Porque pela graça sois salvo, mediante a fé; e isto não vem de nós, é dom de Deus. Não vem de obras, para que ninguém se glorie.” Se a salvação dependesse de nós, de que valeria o sacrifício de Jesus Cristo na cruz do Calvário? Naquele momento (o da crucificação), Ele estava tomando para Si todas as nossas culpas. Não adiante querer mudar as coisas, quando temos diante de nós uma verdade inegável e indiscutível.

PODEMOS PERDER A SALVAÇÃO?

Aí está um assunto polêmico. Se você fizer esta pergunta ao seu pastor, certamente ele vai ficar meio sem jeito. Há algumas Igrejas que garantem, sem medo de errar, que SIM. Outras, de igual modo, afirmam que NÃO. Mas você vai encontrar algumas que preferem não entrar em detalhes. Eu não quero entrar em conflito com nenhuma delas, mas posso deixar aqui algumas passagens bíblicas sobre as quais você pode meditar.
Certa vez, conversando com Deus e tentando defender o seu povo, Moisés disse: “Agora, pois, perdoa o seu pecado, se não, risca-me, peço-Te, do teu Livro que tens escrito”. Naquele momento, Deus respondeu: “Aquele que pecar contra mim, a este riscarei eu do meu livro”. Se Deus disse que riscará do Seu livro, certamente essa pessoa já estava no rol dos salvos.
Lá no livro de Apocalipse, encontramos a seguinte promessa de Deus: “O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos” (Apoc. 3:5). Quem estiver vestido de vestes brancas com certeza estará salvo. Mas por que Deus disse que de maneira nenhuma o riscará do seu livro? Será que há essa possibilidade? Ora, se Ele fez essa advertência, logo...!
No livro dos Salmos, encontramos o rei Davi falando com Deus em oração e se referindo aos seus inimigos, àqueles que o estavam perseguindo, oportunidade em que pedia para que Deus descarregasse sobre eles a Sua ira. Davi, naquele momento de aflição e desespero disse: “Toma nota de todos os pecados deles; não os deixes tomar parte na tua salvação. Que o nome deles seja riscado do livro da vida e que não seja colocado na lista dos que te obedecem!”(Salmo 69:27 e 28).
Bem! Agora, resta você perguntar a alguém de conhecimentos bíblicos mais profundos sobre o tema. Espere a resposta e faça a sua escolha para que possa responder com toda convicção àqueles que lhe perguntarem: - Podemos perder a salvação?
Como simples servo do Senhor, aconselho-o a se preocupar com sua vida espiritual, fazendo a vontade de Deus e tendo a Bíblia como sua regra de fé e prática. Assim procedendo, você estará convicto da SALVAÇÃO. Isso é, com certeza, agradável aos olhos do Senhor.

ONDE ESTÃO E PARA ONDE VÃO OS MEUS FILHOS?

Nada melhor do que começarmos este bloco com aquele trecho bíblico bastante conhecido, encontrado em João 3:16 “Porque Deus amou o mundo tanto, que deu o seu único Filho, para que todo aquele que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna”. Aí está um exemplo de pai. Para provar o seu amor por nós, Deus, como pai, tomou uma decisão desafiadora que nós, como seres humanos, jamais tomaríamos. Ele sacrificou o seu único e amado Filho.
Se olharmos para dentro de nós mesmos, como pais, certamente concluiremos que, como servos do Senhor, estamos muito longe de sermos pais perfeitos. Aceitamos com muita freqüência as atitudes tomadas pelos nossos filhos e ainda chegamos ao ridículo de dizermos que somos bons pais. Muitos são os pais que estão perdendo os filhos para o mundo e nem chegam a perceber os erros que estão cometendo.
Certa vez, a professora Rosires Margarida Cônsolo Gomes da Silva resolveu fazer uma pesquisa para saber as causas da solidão de duzentos entre duzentos e dois alunos da Escola Estadual “Miguel Munhoz Filho”, na Zona Sul de São Paulo. Os resultados foram surpreendentes: 23,9% afirmaram sentir falta de alguém para namorar; 21% dos jovens entrevistados disseram viver em plena solidão pela ausência dos pais e por problemas de família.
Uma das jovens ouvidas pela professora Rosires afirmou que chorava muito, por achar que o choro era ótimo para desabafar. Um jovem de 19 anos, também entrevistado, e funcionário de uma lanchonete, disse que estava sempre no meio de muita gente, mas se sentia só.
Depoimento constrangedor foi o de um jovem solitário. Pela sua importância, resolvemos destacar as palavras deste jovem: “Solidão é Ter um pai que não se lembra dos filhos, pois está muito ocupado em achar manutenção para seu vício”. É triste ouvirmos palavras tão contundentes.
Em se tratando de falta de responsabilidade, veja o que disse uma das jovens entrevistadas: “Meus pais me deram para morar com meus tios desde pequena. Têm outros filhos. Sou uma estranha em minha própria casa”.
Quando se tem um verdadeiro pai, sua ausência faz falta e causa solidão ao filho amado. É o caso de uma aluna que disse: “Não sou eu quem procura a solidão. É ela que me procura, por um só motivo: a perda de uma pessoa querida, meu pai”. Veja os exemplos anteriores e compare-os a este. Veja o que é ser um pai verdadeiro e um verdadeiro pai. Com certeza, esse, em vida, deu muitas alegrias aos filhos.
Quantas vezes encontramos pais desesperados, perguntando a si mesmos o que fizeram pelos seus filhos, o que estão fazendo pelos seus filhos, ou o que deixaram de fazer pelos seus filhos. Quando se chega a momentos como estes, com certeza já perderam as rédeas e já não são dignos do respeito e da admiração dos filhos.
A Bíblia nos mostra um exemplo de pai que soube olhar com bons olhos para um de seus filhos. É aquela conhecida parábola do filho pródigo: “Mas o pai ordenou aos empregados: ‘Depressa! Tragam a melhor roupa e vistam nele. Ponham um anel no dedo dele e sandálias nos seus pés. Também tragam e matem o bezerro gordo. Vamos começar a festa porque este meu filho estava morto e viveu de novo; estava perdido e foi achado.’ E começaram a festa”.
Conheço pessoas que vivem dentro de uma igreja e que levavam os filhos para todos os eventos: Escolas Bíblicas Dominicais, Cultos, encontros de jovens, Convenções, etc. Com o passar dos anos, os filhos cresceram, abandonaram a igreja e hoje estão no mundo. Hoje, os pais continuam se indagando o porquê desse afastamento. É que, na maioria dos casos os servos do Senhor pensam que criar filhos no evangelho é apenas levá-los à Igreja e pronto. Vejamos alguns fatores importantes para contribuir com a consagração dos nossos filhos e que, geralmente, não são levados em consideração por nós, como pais:
Precisamos evitar comentários negativos junto aos filhos, sobre fatos que acontecem na Igreja e que não estão de acordo com os nossos pensamentos. Caso você queira fazer alguma crítica sobre o comportamento de algum irmão, sobre uma atitude tomada pelo pastor, ou sobre outros fatos que não estão de acordo com as doutrinas bíblicas, que o faça longe das crianças. Elas ainda não estão na idade de participar dos problemas entre você e sua Igreja.
Nossa vida familiar pode e muito contribuir para o crescimento espiritual dos nossos filhos. Tem irmãos que vão para a Igreja na “marra”, aos empurrões. Ao mesmo tempo em que estão se preparando, ficam murmurando, como se fossem forçados a se fazerem presentes à Casa do Senhor. Os filhos, com certeza, não serão diferentes. Eles podem até seguirem os pais enquanto pequenos, mudando de comportamento na adolescência.
O testemunho dos pais têm grande influência na vida cristã dos filhos. Pode até haver exceções, mas elas serão uma raridade. As brigas constantes ou quase que constantes entre os casais, podem servir de reflexões negativas dos filhos a respeito das diferenças entre os servos do Senhor e aqueles que vivem no mundo.
Sempre que possível, leia a Bíblia com seus filhos, realize cultos domésticos e cante hinos de louvor com seus filhos. Assim procedendo, você estará preenchendo os espaços livres de seus filhos com coisas agradáveis aos olhos do Senhor. Se você não dá testemunho, com certeza não terá condições morais e nem espirituais para exigir um bom testemunho de seus filhos.
Apesar de vivermos na Igreja de Cristo, precisamos Ter muito cuidado com as companhias dos nossos filhos. Devemos estar sempre de olhos abertos, pois nossas Igrejas estão repletas de jovens rebeldes e com comportamentos duvidosos. Estes devem ficar distantes dos nossos filhos. E não interessa se seja filho desse ou daquele irmão. Não se preocupe com as possíveis represálias, pois você poderá ser o mais prejudicado no futuro. Não permita que isso aconteça simplesmente para satisfazer aos irmãos.
Uma das coisas essenciais no bom relacionamento entre pais e filhos é, com certeza, o diálogo. Se você não dispõe de tempo para conversar com seu filho, com sua filha, certamente alguém do “mundão” vai dispor. É triste o resultado de filhos que procuram amigos para receber um conselho, para tirar dúvidas. Você como pai, precisa estar constantemente em contato com seus filhos. Orientações religiosas, sexuais, quaisquer quem sejam elas, devem partir de você. Não permita que pessoas estranhas assumam a sua responsabilidade.
No livro dos Provérbios, escrito por Salomão, filho de Davi, encontramos alguns versículos envolvendo pais e filhos. “Quem maltrata o seu pai ou toca a sua mãe de casa não tem vergonha e não presta” (Prov. 19:26). Veja que o Rei Davi foi muito direto ao dizer não tem vergonha. Veja que vergonha significa honra. Vergonha é também o sentimento da própria dignidade. Quando Davi diz não presta, ele quer dizer que a pessoa não vale nada e, se não vale nada, com certeza é desprezada por quem tem dignidade e sentimento.
Vejamos este conselho do rei Davi para quem quer ser um filho obediente: “Filho, faça o que o seu pai diz e nunca esqueça o que a sua mãe ensinou. Guarde sempre as suas palavras bem gravadas no coração. Os seus ensinamentos o guiarão quando quando você viajar, protegerão você de noite e aconselharão de dia. As suas instruções são uma luz brilhante, e a sua correção ensina a viver” (Prov. 6:20-23). Este pai a que o rei Davi se refere não é um pai qualquer, mas um pai que dá bons exemplos. Não se trata de um pai alcoólatra ou uma pessoa que não esteja contrita com Deus.
“O filho sábio é a alegria do seu pai, mas o filho sem juízo é a tristeza da sua mãe” (Prov. 10:1). Ser sábio não é apenas ser inteligente, pois existem pessoas que são muito inteligentes, mas não têm sabedoria para usar sua inteligência. Nem todos que são inteligentes são sábios. Conheço pessoas que foram inteligentes para ganhar muito dinheiro, mas não foram sábias para administrá-lo. Veja que “o filho sábio aceita os ensinamentos do pai, mas o que zomba de tudo nunca reconhece que está errado” (Prov. 13:1).
Muitos pais acham que castigar os filhos é tornar-se odiado por eles. Puro engano. Certa vez, ao visitar um filho em uma Penitenciária, uma senhora foi surpreendida com a reação dele: “Saia daqui, nojenta safada. Eu tô aqui por causa de você. Saia logo daqui que eu não quero ver sua cara”. Certamente aquela mãe foi conivente com os erros cometidos pelo filho na infância e, como triste conseqüência, estava pagando pelos erros cometidos. “Quem não castiga o filho não o ama. Quem ama o filho castiga-o enquanto é tempo” (Prov. 13:24).
A Palavra do Senhor, através de Salomão, determina que devemos educar os nossos filhos no Caminho do Senhor “Eduque a criança no caminho em que deve andar, e até o fim da vida não se desviará dele” (Prov. 22:6). Se você educa o seu filho de forma digna, com certeza ele será um filho exemplar e lhe dará alegrias. Caso contrário, você derramará “lágrimas de sangue”. Aprenda a ser um pai verdadeiro, um pai exemplar.
O apóstolo Paulo demonstrou uma certa preocupação com o comportamento existente naquela época, envolvendo pais e filhos. Vejamos o que ele disse: “Filhos, o dever cristão de vocês é obedecer sempre ao seu pai e à sua mãe porque Deus gosta disso. Pais, não irritem os seus filhos, para que eles não fiquem desanimados” (Colossenses 3:20, 21).
Da mesma forma que Paulo falou aos pais e aos filhos de Colossos, ele também falou aos pais e aos filhos da cidade de Éfeso: “Filhos, o dever cristão de vocês é obedecer ao seu pai e à sua mãe, pois isso é certo. Como dizem as
Escrituras: ‘Respeite o seu pai e a sua mãe’... Pais, não tratem os seus filhos de um jeito que faça com que eles fiquem irritados. Pelo contrário, vocês devem criá-los com disciplina e os ensinamentos cristãos” (Efésios 6: 1, 2 e 4).
Muitas vezes ouvimos alguém dizer: “Não sei o que aconteceu aos meus filhos. Eles foram criados na Igreja, ouvindo a Palavra do Senhor, cantando, orando, participando dos cultos e, hoje, na sua adolescência, vejo-os afastados do Caminho do Senhor”.
É um caso muito sério e nos deixa bastante preocupados quando esta situação invade o nosso lar, a nossa família. Mas, apesar de sermos consagrados ao Senhor, não fomos sábios suficientes para educarmos os nossos filhos, deixando que alguns costumes chegassem a eles de forma sucinta, sem que tivéssemos a coragem de adverti-los do perigo que eles estavam correndo.
Muitos pais, por acharem que iriam magoar os filhos, deixaram que eles fizessem uma pequena tatuagem, ou colocassem um brinquinho. Com o passar do tempo, as tatuagens foram aumentando e os brincos foram aumentando. Com eles vieram as gírias e o desrespeito aos familiares.
Em uma pesquisa que eu fiz entre alunos do ensino médio de um colégio particular, perguntei se os pais deveriam interferir no namoro e nas amizades dos filhos. Dos 28 alunos presentes, 25 responderam que não.
Qual não foi a decepção dos alunos quando eu disse que era um direito dos pais interferirem no namoro e nas amizades dos filhos, uma vez que eles, os pais, deveriam conhecer bem os namorados ou namoradas dos filhos, bem como os seus amigos.
Há um adágio popular bastante conhecido que faço questão de transcrevê-lo: “Diz-me com quem andas e eu direi quem tu és”.
Há quem diga que uma pessoa de muita personalidade não muda de comportamento mesmo estando acompanhado das piores pessoas. Muito bem. Eu até concordo. Mas você conhece profundamente a personalidade dos seus filhos? Lembre-se de que “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”.
Milhares de jovens iniciaram sua vida de alcoólatras e fumantes por influência de amigos, segundo uma pesquisa divulgada por uma revista conceituada nacionalmente. Talvez os pais desses jovens confiassem bastante em sua personalidade e nunca pensassem que eles jamais viriam a trilhar pelos caminhos das drogas.
Cuidar bem dos nossos filhos é mais que uma obrigação nossa. É acima de tudo um dever de quem quer evitar sérios transtornos no futuro. Aprendamos, pois, a educar nossos filhos, não só levando-os à Igreja, mas acompanhando os seus passos dioturnamente nos ensinamentos bíblicos, para que eles venham a ser servos fiéis, enchendo-nos de prazer e alegria.

(Aguarde a próxima parte. Ela é um tanto polêmica, mas tudo foi construído a partir dos ensinamentos bíblicos. Qualquer contestação poderá ser um risco perigoso!!!)