terça-feira, 31 de março de 2009

MEMÓRIAS DE UM SOLDADO SEM MALÍCIAS - (Livro) - Continuação

Aqui, eu estou na plataforma da rodoviária de Brasília. Ao fundo, o Teatro Nacional.

UMA AVENTURA PROFISSIONAL

Minha primeira aventura profissional foi em 1979, quando me transferi para a emissora Rural A Voz do São Francisco, em Petrolina. Para mim foi um risco dos maiores. Afinal, eu nunca havia pensado em sair de Patos, onde chegara há pelo menos 18 anos e havia construído um círculo de amizade bastante firme.
Lembro que Edleuson Franco, Nestor Gondim e José Augusto Longo disseram que eu nunca chegaria perto de um microfone da Emissora Rural, uma vez que o pessoal de lá era muito bom e eu não iria encontrar espaço além de redigir notícias. Confesso que fiquei triste e preocupado, pensando comigo mesmo: “o que é que eu vou fazer lá?”
Sem conhecer ninguém em Petrolina, a não ser o Juarez Farias, cheguei àquela cidade com a cabeça repleta de dúvidas. Afinal, ali era um verdadeiro “ninho de cobras”, como dissera meus amigos de Patos.
Os dias passaram e, finalmente, recebi a incumbência de apresentar um noticiário. Foi aí que mais lembrei da observação dos amigos patoenses. Parece que foi um teste de fogo, pois no outro lado do vidro, por trás do operador, estavam Monsenhor Gonçalo Pereira Lima (diretor), Vinicius de Santana (diretor artístico), e o pai dele. Ignorei a presença dos três e mandei pro ar as notícias. Foi um sucesso, graças a Deus.
Posso dizer com toda convicção que Petrolina foi um “trampolim” para o meu sucesso como radialista, pois foi de lá que, em 1984, recebi o convite para integrar o quadro da Rádio do Grande Rio, onde amadureci ainda mais na vida profissional. Muito aprendi com profissionais como Teones Batista, Carlos Augusto, Farnézio Silva e outros. Também tive o prazer de orientar outros que iniciavam sua caminhada no mundo do rádio.
Petrolina é uma cidade espetacular. Linda e acolhedora. Ótima para quem gosta de uma vida social completa. Com os amigos Teones Batista, Farnésio Silva e outros, sempre íamos a Juazeiro da Bahia. Era muito fácil: bastava atravessar a ponte e lá estávamos nós curtindo a vida noturna baiana.
Aos domingos, pela manhã, ia à Orla do São Francisco para banhar-me nas águas daquele caudaloso rio. Almoçava no restaurante que ali existia (não existe mais) e paquerava as meninas que alí compareciam em busca de aventuras. Eram baianas e pernambucanas que se misturavam, formando um misto de beleza e sensualidade.
Na Emissora Rural, eram constantes as visitas de mocinhas que iam conhecer os locutores da rádio. Como eu era de outro Estado, as atenções se voltavam para mim. Foi em uma dessas visitas que conheci a Genedite, uma jovem que residia no bairro Atrás da Banca e que trabalhava numa concessionária de automóveis.
Naquela emissora, trabalhei quase dois anos, retornando a Patos para, quatro anos depois, em 1984, voltar para Petrolina, desta vez para a Rádio do Grande Rio, onde fiquei até o ano de 1986, quando fui indicado para gerenciar a Rádio da Grande Serra, em Araripina.
Dali, saí para um desafio maior: ser gerente da Rádio da Grande Serra, em Araripina, onde mostrei a minha capacidade administrativa e a minha competência profissional, mudando a imagem do rádio na região do Araripe. Foi ali que, depois de contribuir com o desenvolvimento da Rádio da Grande Serra, fiz parte de outros órgãos de imprensa: fui fundador da Rádio Arco-Íris FM; fui Assessor de Imprensa da Câmara Municipal “Casa de Joaquim Pereira Lima”; redator-chefe dos jornais “A Notícia” e “Tribuna do Araripe”; e fundador da revista “Olhe”.
Em Araripina, fui professor no Colégio Destak, onde lecionei Língua Portuguesa, Literatura Brasileira, Sociologia, Filosofia, Ensino Religioso e Direito e Legislação. Na Faculdade de Formação de Professores – FAFOPA, lecionei Língua Portuguesa e Língua Latina. No Colégio CERu Luiz Gonzaga Duarte, lecionei Língua Portuguesa e Língua Inglesa. No Colégio Padre Luiz Gonzaga, lecionei Língua Portuguesa e Didática e Prática da Língua Portuguesa – DPLP.
Também fui Diretor do Departamento de árbitros, da Liga Araripinense de Futebol e atuei como árbitro até o ano de 1995. Em 2000, assumi a direção de jornalismo da Rádio Araripina FM, onde fiquei até 2001, quando saí para fixar residência na Capital Federal.

DO NORDESTE PARA A CAPITAL DO BRASIL

Valdim, tio de minha esposa, residia há muitos anos no Paranoá, uma das cidades satélites do Distrito Federal. Todos os anos ele ia ao Nordeste, visitar a família, que morava em Marcolândia, no Piauí. Sabendo que eu achava Brasília uma cidade linda, ele sempre me convidava a visitá-la. Eu prometia mas nunca cumpria o prometido.
No ano de 2001, Valdim deu o golpe final: disse que eu fosse conhecer Brasília, prometendo-me a passagem de volta. A oferta foi tentadora e eu não pensei duas vezes. Em contato com meu amigo Rivaldo Araújo, que já morava no Gama, outra cidade satélite do DF, ele disse que eu me preparasse, pois estava havendo inscrição para professores na Fundação Educacional do Distrito Federal.
Cheguei em Brasília no dia 9 de janeiro de 2001. Três dias depois, estava fazendo a minha inscrição e a da minha esposa. Depois de 15 dias no DF, retornei à Araripina. Mas, quando menos esperava, Rivaldo telefonou comunicando que eu havia sido convocado. Viajei com toda a minha família, em definitivo, para Brasília, onde cheguei na tarde do dia 21 de fevereiro de 2001, assumindo a minha vaga de professor na cidade satélite de Santa Maria, onde lecionei nos colégios 416, 213, 308 e 201.

RELEMBRANDO OS AMIGOS:

Nesta parte final deste livro de memórias, quero relembrar de alguns amigos que fiz dentro e fora do rádio. Quero iniciar com os queridos amigos radialistas e jornalistas:
José Augusto Longo da Silva, Luiz Pereira (in memoriam), Artur Dionísio, José Wilson, Edilson Brandão, o velho e saudoso Zacarias, Bosco “Boró”, Odísia Wanderlei, Corina, Juarez Farias (in memoriam), Louracy Freitas, Souza Irmão, Souza Filho, Virgílio Trindade, Nestor Gondim, José do Bonfim, José Medeiros, Joaquim Pedra, Assis Pedra, Francisco Augusto (Chico Fiapo), Fernando Augusto, José Augusto, Petrônio Gouveia, Edleuson Franco (in memoriam), Waldemar Tude, Waldemar Rui, Roberto Fernandes (Jabiraca), Antônio Vieira, Roberto Fortunato, Hamilton Leite, Zezinho da Panati, Aloisio Araújo (in memoriam). Incluo meus ex-diretores: Maurício Leite, Rackson Torres, Pe. Joaquim de Assis Ferreira (in memoriam), Pe. Waldomiro Batista de Amorim, Pe. Constante Danielewcz, Pe. Luiz Laíres da Nóbrega, Aldo Sátyro Xavier, Pedro Oliveira (Pedro Pedra). A lista segue com Luiz Carlos, Patrício Neto (Patrisson), Roberto Furtunato, Joaquim do Clarinete, Toinho do Bandolim, Valdemar do Pandeiro.
Não poderia faltar espaço para os amigos jornalistas Abraão Teixeira, Inácio Bento e Oswaldo Medeiros, que representavam os principais jornais que circulavam na cidade de Patos naquela época (Correio da Paraíba, A União, O Norte), inclusive o Diário da Borborema, que era representado por mim.
Na Liga Patoense de Futebol (L.P.F.), onde fui Vice-Presidente; Diretor do Departamento de Arbitragem e árbitro, deixei muitos amigos: Juracy Dantas (meu eterno presidente), Mário Lemos, Dimas Alexandrino, Mário Leitão (Maroca), Silvaneto Firmino, Paulo César, Coremas, Geraldo Geraldino (in memoriam), José de Anchieta.
Fora do rádio, também tive colegas maravilhosos, que também merecem destaque neste meu trabalho. São eles: Adão Eulâmpio da Silva, Geraldo Mamede (de saudosa memória), Silvino Lucena e Manoel Ananias (da Bandeirantes), João Moreira, professor Abraão Luiz, João Rodrigues, Titico, Lula, Demétrius (estes quatro do bairro do Salgadinho), Dr. Efigênio Vilar, Aldo das baterias, Francisco de Assis Vieira (Binda) (in memoriam), Joacil de Brito (que assumiu a festa dos destaques, criada por mim em 1977).

(Aguardem a continuação........)

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