SALMONELLA TYPHI, INVADINDO UMA CÉLULA HUMANA.MEDICINA EM FOCO
A FEBRE TIFÓIDE
Trata-se de uma enfermidade infecciosa que ataca todo o organismo. Ela é provocada por um germe conhecido cientificamente por SALMONELLA TYPHI, também chamado BACILO DE EBERTH. Esses bacilos penetram no organismo através da ingestão de água ou alimentos contaminados. Inicialmente, eles se instalam no intestino, disseminando-se, em seguida, por todo o organismo, principalmente nos tecidos linfáticos, que se localizam no fígado, baço, medula óssea e gânglios linfáticos.
Nenhum sintoma é manifestado, enquanto os bacilos permanecerem no intestino, fato este que pode acontecer por uma ou duas semanas. Os sintomas são sentidos quando os bacilos se instalam nos nodos linfáticos e outros pontos do sistema reticuloendotelial, onde se acelera a sua proliferação. Vale salientar que os germes também contaminam a bile que, lançada no intestino, determina crescente presença de bacilos nas fezes.
No início, o paciente sente-se cansado, com ligeiras dores abdominais. A proporção que o processo vai evoluindo, os sintomas vão se acentuando e se diversificando. Dor de cabeça, falta de apetite, insônia, febre e até vômitos, são os sintomas que se apresentam nesta fase. Abatido, o paciente acaba por acamar-se, uma vez que a febre sobe ao ponto de atingir os 40ºC. É aí que ele é atacado por delírios e apatia quase que total.
A EVOLUÇÃO
Os bacilos da doença ingeridos com água ou alimentos contaminados, chegam ao intestino, de onde seguem para a corrente sanguínea através dos vasos linfáticos. Daí, instalam-se nos órgãos ricos em células do sistema reticuloendotelial (fígado, baço, gângleos linfáticos mesentéricos), onde se multiplicam. Depois do período de incubação, que geralmente dura de uma a duas semanas, os bacilos retornam ao sangue.
Começam então as primeiras manifestações dos sintomas da FEBRE TIFÓIDE, com mal-estar geral, fraqueza intensa, dores de cabeça, insônia, perda de apetite, delírios, alterações da consciência e apatia quase total. A febre sobe de forma progressiva e chega a atingir até 40ºC.
COMO TRATAR
Exames de laboratórios (sangue, urina ou fezes) revelam a presença do bacilo, facilitando o diagnóstico, em caso de haver alguma dúvida. O tratamento pode ser feito com CLORANFENICOL, um tipo de antibiótico ao qual o bacilo é extremamente sensível.
Além da vacina específica, as principais medidas profiláticas dependem da organização da vida em comunidade, ou seja, remoção de dejeções humanas, controle de pureza do leite e laticínios, tratamento da água, combate às moscas, e fiscalização dos métodos de produção dos alimentos industrializados, bem como da manipulação de alimentos naturais.
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