segunda-feira, 6 de abril de 2009

UMA DITADURA DEMOCRÁTICA




ATENÇÃO! SE NÃO TIVER CORAGEM DE ENCARAR A REALIDADE E DE FICAR FRENTE A FRENTE COM A VERDADE, NÃO LEIA!

O título até parece meio (ou todo) confuso. Uma ditadura democrática está mais para um antagonismo do que para outra coisa qualquer. Mas, apesar de tudo, será interessante ler esta loucura de matéria, que eu não chamaria de jornalística. Mesmo porque o nosso jornalismo atual, com todo o respeito aos grandes profissionais, se acovarda diante da realidade que precisa ser mostrada.

Mas antes de chegarmos ao texto propriamente dito, vale a pena fazer alguns registros interessantes. Trata-se de alguns Sistemas de Governo, para que vocês possam analisar cuidadosamente cada um deles e, no final, decidir por si mesmos em qual deles estamos inseridos. Vamos começar!!!

ABSOLUTISMO: Trata-se do poder absoluto do chefe, sem limitações e fiscalizações. Nele, o poder do governo é absoluto.

ANARQUISMO: É uma forma de governo onde a harmonia é mantida pelo acordo voluntário entre os indivíduos e os grupos.

ARISTOCRACIA: Nela, o poder pertence exclusivamente a uma classe restrita, privilegiada e hereditária.

CIVILISMO: Este se opõe ao excesso de influência dos eclesiásticos e, principalmente, dos militares na política.

CORONELISMO: Trata-se da influência dos coronéis na vida política do país.

CORPORATIVISMO: Neste sistema de governo, a base do Estado é constituída por corporações profissionais. É que podemos chamar de “fascismo italiano”.

DEMOCRACIA: É o governo exercido pelo povo e não apenas por um homem, uma família, uma classe ou um grupo restrito de indivíduo.

DESPOTISMO: É o poder exercido por um homem, cujo arbítrio não tem limites além de sua própria vontade.

DIREITA: Este sistema se opõe às reformas sociais, com medidas severas, com regime de exceção.

DITADURA: É o governo discricionário de um só homem e, por extensão, de uma só classe ou de um só partido. No Brasil já tivemos a DITADURA CIVIL e a DITADURA MILITAR.

DATADURA DPO PROLETARIADO: É o governo revolucionário da classe operária, a fim de aliminar as demais classes da sociedade, para estabelecer uma sociedade sem classe e sem governo. Foi criada por Karl Marx e Friedrich, no século XIX.

FASCISMO: Movimento chefiado por Benito Mussolini. O fascismo não crê, nem na possibilidade, nem na utilidade de uma paz perpétua. Para ele, só a guerra leva no máximo de tensão todas as energias humanas e marca com um sinal de nobreza os povos que têm a coragem de afrontá-la. No Brasil, é conhecida como INTEGRALISMO.

GOLPISMO: Trata-se de uma mudança violenta da Constituição ou forma de governo, feita à revelia do povo. É um ato de violência praticados pelos próprios detentores do poder, para nele se manter arbitrariamente, violando as leis que se obrigam a obedecer.

GOROLISMO: Lança mão da ameaça do emprego da força ou da própria violência, impedindo que as massas populares vejam satisfeitas suas reivindicações políticas e sociais. Este sistema surgiu na Argentina.

MONARQUIA: Neste sistema de governo, o poder pertence a um só. A vontade do soberano não tem limites. Esta é a MONARQUIA ABSOLUTA. Nas Monarquias Constitucionais, como é o caso da Inglaterra, o rei reina, mas não governa.

OLIGARQUIA: É o governo de poucas pessoas em benefício de uma minoria reduzida, em detrimento da maioria.

PARLAMENTARISMO: Nele, os Ministros de Estado são responsáveis perante o Parlamento. Seu programa tem de ser aprovado pelo Parlamento, para que eles possam manter-se no governo. O PARLAMENTARISMO surgiu na Inglaterra.

PELEGUISMO: Os pelegos se valem do prestígio adquirido em atividades sindicais para tirar proveito próprio, geralmente sob forma política elegem-se deputados, governadores, assumem empregos, etc. São elementos inescrupulosos, verdadeiros parasitas.

PLUTOCRACIA: É o governo exercido em benefício apenas da classe rica. Nele, o poder do dinheiro impera. Na prática, assemelha-se à oligarquia.

SOCIALISMO: Para os socialistas, todos os meios de produção devem estar nas mãos do Estado e os trabalhadores devem ser pagos conforme o trabalho produzido.

COMUNISMO: Para os comunistas todos os meios de produção devem estar socializados. A eficiência da produtividade atingiu tal grau, que os trabalhadores podem ser remunerados, não de acordo com o que produzem, mas de acordo com suas necessidades. Defendem a eliminação do Estado.

UMA DITADURA DEMOCRÁTICA

O Brasil é um país estranho, se levarmos em consideração ao sistema de governo. É o único país no mundo onde, dependendo das circunstâncias, podemos conviver com quase todos os sistemas vistos anteriormente. Às vezes estamos no Absolutismo; em outros momentos nos deparamos com a Aristocracia, passamos pelo Coronelismo, pelo Corporativismo, pelo Despotismo, etc., etc., etc.

Não nos constrangemos ao dizer que há momentos em que pensamos estar numa verdadeira Ditadura Civil. E quantas vezes já ficamos diante do Golpismo, do Gorolismo, da Oligarquia, do Peleguismo, da Plutocracia, etc. Infelizmente, o único sistema de governo que se distancia do nosso país é a DEMOCRACIA.

Por que usei um título tão questionável? Como pode haver coordenação entre os termos DITADURA e DEMOCRACIA? Bem, em primeiro lugar, devemos levar em consideração que estamos mais próximo de uma Ditadura Civil do que mesmo de uma DEMOCRACIA, quando nos vemos diante de negociatas entre os Legislativos e os Executivos.

A certeza disso está no fato de sabermos que, Vereadores e Deputados, além de terem o poder de criarem e promulgarem as leis, municipais (Regimentos Internos), as leis estaduais (Constituições Estaduais) e leis federais (Constituição Nacional), têm como função prioritária e específica de FISCALIZAREM as ações dos respectivos Poderes Executivos.

O que se vê, na realidade, são políticos que não respeitam os seus eleitores, a partir do momento em que passam a fazer conchavos em benefício próprio, traindo a confiança que lhes foi depositada por eleitores que acreditaram em suas promessas de palanque, mas que, na realidade, não estão sendo cumpridas.

Aliás, os políticos não se preocupam muito com isso, uma vez que vivem num país onde 90 milhões de pessoas são analfabetas (14 milhões só de adultos) e se deixam levar por promessas arrogantes de vésperas de eleições. No Brasil, para ser eleitor e decidir os destinos da nação, basta assinar (ou desenhar) o nome e pronto.

Considerando-se este detalhe, o governo criou a BOLSA FAMÍLIA, uma esmola que os ingênuos eleitores recebem como estímulo ao voto. Achando pouco, criou também a chamada RENDA MINHA. Esta é uma esmola para quem quer freqüentar as escolas públicas. Essas fábricas de votos têm por objetivo mostrar ao mundo que o povo brasileiro (os menos esclarecidos, é claro!) vende seu voto por uma miséria de ajuda governamental.

Esperava-se que, com a eleição do ex-torneiro mecânico Luiz Inácio da Silva, as coisas mudassem de rumo e o Brasil chegasse a ser um país onde a moralidade fosse uma tônica governamental. É que os partidários do atual presidente insistiam em dizer que o seu partido, o PT, abominava quaisquer tipos de corrupção.

Conheci o Partido dos Trabalhadores de longas datas. Foi um partido que nasceu no berço da arrogância e da prepotência. Pregava a honestidade e a moralidade administrativa. Criticava todos aqueles que não comungassem com a sua ideologia política e com a sua filosofia discursiva. Agredia com verbos pesados todos os demais partidos que, segundo o PT, eram corruptos e indignos da confiança popular.

Mas a minha desconfiança no Partido dos Trabalhadores nasceu a partir do momento em que ele criticava a Ditadura Militar, ao mesmo tempo em que tecia grandes e rasgados elogios ao regime adotado pelo ditador Fidel Castro, uma das piores ditaduras da política internacional. Aliás, sem esconder de ninguém, o Lula sempre foi um admirador do ditador cubano, de quem é amigo particular.

Esta desconfiança tomou grandes proporções depois do maior escândalo da política brasileira através do famigerado MENSALÃO, patrocinado pelos líderes petistas. Mas a maior decepção foi a declaração do presidente Lula, de que desconhecia por completo a existência deste fato. Uma declaração desconcertante que, para os inteligentes (não para os 90 milhões de analfabetos), comprovaria a falta de sinceridade de um homem público.

Lembro-me muito bem de uma promessa do então candidato à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva. E como eu sou bom de memória (o que milhões não são), vou rememorar. O candidato do PT disse que, se eleito, todas as semanas estaria se reunindo com seus ministros para tomar ciência do que estava acontecendo em seus respectivos Ministérios. Infelizmente, o nosso presidente cuspiu para cima e se esqueceu de sair de baixo.

Dizer que não sabia da existência do MENSALÃO foi, no meu ponto de vista, assinar um atestado de incompetência ou de despreparo moral para tomar as providências necessárias para fazer cumprir uma ideologia pregada há anos. Mas para 90 milhões de analfabetos, isso não tem valor algum. Para eles, tanto faz como tanto fez. Contanto que as esmolas cheguem até eles.

Minhas decepções não pararam por aí. Ver o PT abraçado com os partidos a quem “massacrou” ao longo dos anos com expressões egoístas, maldosas e maliciosas, muitas delas até impróprias para serem citadas aqui, foi motivo de perplexidade. Os mais bombardeados foram o PMDB e o PFL.

Foram três campanhas sentindo o amargor da derrota, muitas delas humilhantes. Mas o PT queria o poder a qualquer custo. Era uma questão de honra. Para isso, fugiu dos seus princípios hereditários. Perdeu a vergonha, descaracterizou-se, baixou a cabeça, colocou o “rabo entre as pernas” e se juntou aos seus piores inimigos políticos.

Talvez tenha usado aquele pensamento maquiavélico de que “para chegar ao poder faz-se pacto até com o Diabo!” Aliás, para o Partido dos Trabalhadores, PMDB, PFL, PDT e PTB, eram as piores espécies da política nacional. Eram a “lama”, a “podridão” da política brasileira. Vê-los juntos agora é mais do que estranho. Ou mais que isso: é o reflexo da pouca vergonha dos nossos políticos.

Numa DITADURA DEMOCRÁTICA tudo pode acontecer. Deputados Federais e Senadores são comprados por cargos que elevam seus status nesta sociedade alternativa. Assim, eles vão mostrando cinicamente que o caráter dos nossos representantes na política nacional não tem valor algum.

Ter vergonha, ser honesto com sua própria consciência, ter respeito ao próximo e preservar o sentimento de verdadeiro cidadão, são qualidades que a ganância roubou de quem deveria defender os interesses populares.

Eu estudava na Faculdade de Formação de Professores, onde conheci o jovem Expedito, um petista convicto que, ao encontrar-se com alguém que se dizia contrário à ideologia de seu partido, fazia questão de afirmar: “Um dia nós estaremos no poder e vamos mostrar como se governa com honestidade, valorizando a classe trabalhadora!”. Muitas vezes eu até achava graça. Em outras ocasiões aquilo chegava a me irritar. Era muita arrogância para o meu gosto.

O PT vivia de fantasias. Seus adeptos sonhavam alto. Parece que ainda não tinham atentado para uma realidade. A de que governar de fora é bem diferente de estar lá dentro, diante de problemas, muitos deles difíceis de serem solucionados. Já fui Assessor de Imprensa de uma Prefeitura por sete anos e sei o quanto é problemático governar uma cidade, um estado ou uma nação. O PT ainda não tinha experiência para enfrentar os grandes desafios.

Na primeira vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ouvi um jornalista dizer que o PT havia vencido as eleições presidenciais. Fiquei meio preocupado com a notícia porque um partido que, numa campanha nacional, faz apenas dois governadores, não tem a mínima condição de eleger um presidente. Seria mais justo dizer que dissidentes de vários partidos elegeram um candidato do Partido dos Trabalhadores.

Olho para a Câmara dos Deputados e para o Senado Federal e vejo com tristeza, alguns homens despreparados para honrar um compromisso assumido com seus partidos e com seus eleitores. Homens que trocam sua moralidade por um cargo efêmero e, ingenuamente ou descaradamente, transformam-se em marionetes, manipulados pelas mãos audaciosas de um governante.

Querem uma verdade? Pois bem, sinto-me envergonhado de ser brasileiro, quando vejo como meus representantes se comportam na Câmara e no Senado. Pessoas irreverentes, desonestas, de consciências falidas, de moral corroída pela incompetência e, finalmente, sem caráter para elevar a voz contra as investidas dos poderosos.

Aqui, DITADURA e DEMOCRACIA caminham de mãos dadas, não deixando critérios para que saibamos em qual sistema estamos inseridos. Olhando por um prisma, sentimos uma ditadura civil dominando através de ações individuais sem a participação efetiva do povo. É o governo fazendo o que bem quer, sem que alguém possa impedir atos contrários aos nossos interesses. Quando procuramos o sistema democrático, só o encontramos em poucos pronunciamentos de alguns senadores, que não conseguiram negociar o seu caráter.

OS CORRUPTOS NO PODER

Os brasileiros vivemos momentos de muita tensão com a informação explosiva de que alguns deputados federais estariam sendo “comprados” por emissários do Palácio do Planalto, para votarem Projetos de interesse exclusivo do Governo Federal. Por esta negociata, cada deputado receberia uma vultuosa soma de 50 mil reais mensalmente (não se sabe por quanto tempo).

Foi algo bombástico quando o deputado federal Roberto Jefferson, do PTB, foi à televisão e, em rede nacional, fez a denúncia. Como o ato de corrupção envolvia altas personalidades ligadas ao Governo, todos (menos os 90 milhões de analfabetos) estavam convicto de que o atual governo chegara ao fim.

Mas quem assim pensou, esqueceu de que estamos no Brasil, um país onde os corruptos são ovacionados e os homens de bem, cassados. Aquela frase pronunciada pelo então candidato Luiz Inácio Lula da Silva “NO MEU PALANQUE CORRUPTO NÃO SOBE. NO MEU GOVERNO CORRUPTO NÃO ENTRA”, não passou de uma fantasia, uma mentira própria de quem quer o poder a qualquer custo. Na verdade, os corruptos já estavam lá (nos palanques), e de lá seguiram para o Palácio do Planalto.

As bombas começaram a explodir. O advogado Rogério Tadeu Buratti, ex-secretário de Antônio Palocci, afirmou que o ministro da Fazenda havia recebido uma propina de 50 mil reais (por mês), quando prefeito em Ribeirão Preto, entre 2001 e 2002, pago pela empreiteira Leão Leão. Essa propina foi transferida para o sucessor dele, Gilberto Maggioni (Reportagem feita por Adriana Matiuzo, do Correio Brasiliense).

O PT entrava numa crise histórica e o então Secretário-Geral do partido, Ricardo Berzoini, jogou a “batata quente” nas mãos de Delúbio Soares e José Genoíno, respectivamente ex-tesoureiro e ex-presidente do PT. Declaração de Berzoini: “Delúbio tem responsabilidade pessoal. Genoino se omitiu no acompanhamento da gestão de maneira adequada e toda a Executiva não cobrou a tempo a responsabilidade”.

E os estupins continuaram acesos, causando uma sequência de explosões. O ex-deputado petista Hélio Bicudo, em entrevista ao Correio Brasiliense, foi taxativo ao declarar: “O presidente Lula sempre soube de tudo porque ele sempre comandou o partido”. Para inflamar mais ainda a “ferida”, ele chegou a afirmar, deferindo-se ao presidente Lula: “Ele é muito autoritário. Ele manda de maneira direta e indireta, mas está sempre por trás”.

A entrevista do ex-deputado Hélio Bicudo foi uma bomba que explodiu na base do PT. O envolvimento de líderes como José Dirceu, José Genoino, João Paulo Cunha, José Mentor, Professor Luizinho, Delúbio Soares, deixava o presidente Lula atônito. Talvez arrependido por não ter ouvido a advertência que lhe fora feita pelo deputado Roberto Jefferson, sobre a existência do MENSALÃO.

Como as coisas estavam pegando fogo, o governo precisava agir imediatamente, se não quisesse ver ruir suas pretensões políticas. Mas o que fazer diante de tanta clareza? Os fatos eram reais e, conforme o adágio popular, “contra os fatos não há argumentos”! Bem, a única saída é CALAR O JEFFERSON. E acabaram calando. O único que deveria ser ovacionado, o deputado do PTB Roberto Jefferson, foi cassado (riam!!!). Pois é!

O Brasil (menos os 90 milhões de analfabetos) esperava ver os corruptos na cadeia. Pelo menos era o mínimo que se poderia esperar, sem se falar na cassação dos políticos envolvidos. Mas, para a surpresa de todos, alguns deles foram reeleitos e voltaram ao poder rindo da cara dos ingênuos brasileiros. Na verdade, eu nunca esperei resultado diferente, assim como outros brasileiros conscientes, de que vivemos num país onde as cadeias são para pessoas que “roubam” uma lata de leite para matar a fome de um filho faminto.

Delúbio Soares admitiu em entrevista, que foi usado o Caixa 2 para eleger o presidente Luiz Inácio da Silva. E sabem no que dá o uso de caixa 2 numa campanha eleitoral? Perguntem ao Ministério Público! E sabem o que aconteceu com o presidente Lula? Ainda querem resposta!!! A verdade é que depois dessa bombástica declaração o Delúbio “baixou o tom da voz”. Coincidência ou não, aquela declaração comprometedora, transformou-se em nove horas de respostas evasivas e irritantes na CPI do Mensalão. O que teria acontecido com o “corajoso” Delúbio?!?!

A DITADURA DEMOCRÁTICA mais uma vez entra em ação. E nem adianta entrar em outros detalhes de atos corruptos que se seguiram ao longo dos anos. Não causaria surpresa alguma afirmar que os 90 milhões de analfabetos, diante de tantas imundícies, chegassem a aplaudir os corruptos. Afinal, eles (os analfabetos) estão sendo preparados para isso. Podemos até chamá-los de ingênuos subservientes. Não há a mínima preocupação dos governos diante da calamidade conhecida como Sistema Educacional Brasileiro. Formar cidadãos inteligentes não é nada legal para quem precisa de mãos desocupadas para aplaudi-los.

Na DITADURA DEMOCRÁTICA os sindicatos se mobilizam para conquistar melhorias salariais e para preparar futuros candidatos a cargos eletivos. Eles se transformaram em fábricas de PELEGOS. Quando vejo os sindicatos transformados em COMITÊS ELEITORAIS, fico a pensar como podem os nossos trabalhadores continuarem cegos diante desta triste realidade. Todas as reivindicações são absurdas, projetadas de forma a não serem atendidas. Assim, eles podem encontrar motivos para externarem a sua ira e lançarem ataques violentos contra seus adversários políticos.

Tenho acompanhado, ao longo dos anos, os movimentos sindicais. No início, eu até participava de passeatas e achava aquilo o máximo. Não passava de uma marionete nas mãos habilidosas de pessoas irresponsáveis. Mas a tempo descobri que, pelo menos na área de educação, nenhum daqueles movimentos tinha como alvo a classe estudantil. As escolas continuavam sem oferecer plenas condições aos milhares de alunos (carteiras quebradas, quadros-negros esburacados, portas quebradas, etc., etc.).

Uma sugestão aos sindicatos dos professores – SINPROs: que tal uma pequena greve para que a Câmara dos Deputados reformule o Sistema Educacional Brasileiro, no sentido de dar aos professores a segurança que eles tanto precisam e merecem, mas que perderam ao longo dos anos, principalmente com a criação de um elemento chamado Estatuto do Menor e do Adolescente?

É lamentável vermos professores agredidos moral e fisicamente por alunos indisciplinados. Não é nada animador saber que o professor perdeu a sua autonomia em sala de aula. Também não nos agrada o fato de vermos docentes inseguros e sem o direito de disciplinar seus alunos. Enquanto tudo isso acontece, os sindicatos, tentando desviar a atenção da sociedade para esta cruel realidade, inventa movimentos grevistas, como se isso fosse algo extraordinário.

E o pior em tudo isso é que numa DITADURA DEMOCRÁTICA, até os professores que deveriam ser pessoas conscientizadas, inteligentes e sábias, ficam aplaudindo uns babacas travestidos de sindicalistas, quando, na realidade, o mais viável seria repudiá-los e exigir deles projetos concretos que viessem resgatar o direito de serem professores de verdade, respeitados em todos os quadrantes da sociedade.

Vocês devem ter notado que, em alguns momentos, eu me referi a 90 milhões de analfabetos. É que, na minha concepção, não basta concluir o ensino fundamental ou o ensino médio, ter uma caligrafia invejável e ler corretamente, para ser alfabetizado. A alfabetização vai muito além. Alfabetizado é o elemento que tem a capacidade de ler, interpretar, criticar e opinar sobre os mais diversos temas.

Ainda não está alfabetizado aquele que se cala diante de um prato de comida, de uma esmola recebida dos governantes. Não está alfabetizado aquele que ainda não se conscientizou de que os “benefícios” recebidos do Estado é resultado de um direito adquirido, dos elevados impostos que ele mesmo pagou como contribuinte.

Não se pode considerar alfabetizada a pessoa que bajula o poder público ao receber uma cesta básica, uma bolsa família, uma renda minha ou outro tipo de esmola que, antes de ajudar o beneficiado, coloca-o na condição de um grande miserável, sem o poder de decidir pela sua própria vontade. É assim que caminha o país da DITADURA DEMOCRÁTICA. Quem pensar o contrário, com certeza está incluso na lista gigantesca dos 90 milhões de analfabetos.

QUEM TERÁ CORAGEM (OU MEDO) DE ENCARAR ESTA REALIDADE?

- Adalberto Claudino Pereira -

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