A MANIA DE FAZER O QUE GOSTA
Fazer
rádio foi algo que aconteceu em minha vida de uma forma mágica. Tudo aconteceu
com a insistência de um amigo chamado José Augusto Longo da Silva, lá pelos
idos de 1962, quando a Rádio Espinharas pertencia ao senhor Drault Ernani de
Melo e Silva, e tinha como Gerente o senhor Maurício Leite. De início, Zé
Augusto me convidou para fazer com ele um programa de esportes, levado ao ar às
18h00. Mas eu não aceitei “in loco”! Eu tinha medo de não dar certo. Um
torneiro mecânico se transformar em locutor de rádio era quase um paradoxo.
De
início, tudo foi muito complicado. A falta de experiência e o desconhecimento dos “macetes” do rádio,
foram pontos fundamentais que quase me
fizeram desistir. E se não o fiz, foi graças a persistência do saudoso Luiz
Pereira, chefe dos locutores, que deu um “polimento” na minha dicção que,
diga-se de passagem, era horrível. Com dedicação e ouvindo locutores das rádios
Tupy e Globo do Rio, aprendi a dominar a respiração e consegui aperfeiçoar o
timbre de voz. Bem, estava quase pronto.
Os
anos passaram e com eles as esperanças se renovavam. Em 1973 me
profissionalizei com a segunda oportunidade na Rádio Espinharas de Patos, deste
feita administrada pela Diocese da cidade e tendo como Diretor o Cônego Joaquim
de Assis Ferreira. De locutor passei ao setor de Jornalismo, apresentando o
Jornal da Manhã, às 07h00, e o Comunicação Total, ao meio-dia. Mas o primeiro
grande momento da minha vida jornalística foi fazer a cobertura da visita do
então Presidente Ernesto Geisel. Lá estava eu entre os grandes jornalistas do
país.
Daí
até o ano de 2001, o rádio e o jornal sempre fizeram parte da minha vida.
Rádios foram 8: Espinharas, Panati e Itatiunga, de Patos; Emissora Rural A Voz
do São Francisco e Grande Rio, em Petrolina; Grande Serra, Arco-Iris e
Araripina FM, em Araripina (ainda uma
rápida passagem pela Difusora Rádio Cajazeiras). Jornais foram 5: Tribuna do
Araripe, A Notícia, Jornal de Juazeiro (BA),
Gazeta do Sertão e Diário da Borborema (os dois últimos de Campina
Grande).
Formado
em Letras, com Licenciatura Plena em Língua Portuguesa, passei para a sala de
aula, sem abdicar do direito de me envolver com os meios de comunicação. O
rádio estava no meu sangue. Sem ele, minha vida profissional não teria sentido
algum. Foram 30 anos convivendo com microfones, canetas, máquinas de
datilografia e pranchetas, entrevistando, produzindo textos, fazendo coberturas
jornalistas das mais diversas. Fica difícil e até impossível livrar-se desses
momentos incríveis, divertidos e, às
vezes, cansativos.
A
saudade apertou! E agora, o que fazer? Mandei Curriculum Vitae para várias
emissoras de rádio, sem sucesso! Elas preferem alguns locutores amadores e até
semianalfabetos! Eles são bem mais baratos! Se você tem condições de “comprar”
um horário numa emissora qualquer, tudo bem! Fica até fácil se tornar radialista. Como eu não tinha essa
condição, resolvi apelar para a Internet! Aí, veio a idéia de ter minha própria
rádio Online.
Primeiro
foi a Itaúna Online, que não deu certo! Houve um problema que até hoje não
consegui descobrir, mesmo porque meus conhecimentos de informática são tão
limitados que não dá para fazer “milagres”! Aí veio a ideia de homenagear a
França. Lembrei-me da Tomada da Bastilha e aí está a ”Rádio 14 de Julho”.
Agora, resta implorar aos diletos amigos: Deem-me o
privilégio de contar com a sua audiência! ACESSE: www.radio14dejulho.listen2myradio.com.
Não preciso tomar todo o seu tempo! Se
vocês dispuserem de, pelo menos uma hora do seu precioso dia, eu ficarei
bastante honrado e poderei dizer aos meus filhos: “QUERIDOS, DESCOBRI QUE AINDA
EXISTEM PESSOAS DE BOM GOSTO!!!”.
OBRIGADO!
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