POR QUE NÃO VOTO NO PT?
Antes,
quero lembrar uma frase do ex-presidente Luiz Inácio Lula Da Silva, em uma de
suas campanhas à Presidência da República: “NO MEU PALANQUE CORRUPTO NÃO
SOBE! NO MEU GOVERNO CORRUPTO NÃO ENTRA!” (Quem tem
boa memória deve lembrar).
Desde
a sua fundação, em 10 de fevereiro de 1980, o Partido dos Trabalhadores
pautou-se no discurso de que seria um partido honesto, transparente e que,
chegando ao poder, mostraria ao Brasil e ao mundo como governar com dignidade.
Insistiram tanto neste discurso, que quase me convenceram a segui-lo na certeza
de que estaria no caminho de uma democracia séria e voltada para um povo que
clamava pelo fim da corrupção. Já contava, na época, com 39 anos bem vividos, idade suficiente
para tomar minhas próprias decisões.
Via
um PT firme em sua ideologia política de não se aproximar e nem se “misturar”
com os demais partidos da época, principalmente quando se tratava do Movimento
Democrático Brasileiro (MDB), hoje Partido do Movimento Democrático Brasileiro
(PMDB). Esse propósito do PT, levou o partido a uma sequência de derrotas nas
urnas. Foram três derrotas consecutivas na caminhada em busca do Palácio do
Planalto e várias décadas de pregações firmes e irreversíveis. Parecia ser um
partido sério.
Lendo
a respeito dos xiitas, uma seita islâmica (partidários de Ali), que atinge 2/3
dos 95% da população muçulmana, passei a fazer um paralelo entre aquela seita e
o Partido dos Trabalhadores, pelo radicalismo que muito os identifica. Notei
que a diferença era tão insignificante que ambos chegavam a ser iguais em
propostas e comportamentos. Os xiitas seguiam religiosamente Ali Abu Talib o
sucessor legítimo da autoridade islâmica; os petistas seguem religiosamente
Luiz Inácio Lula da Silva como autoridade máxima e mandatário
insubstituível, cujos ideais devem ser rigidamente respeitados. Quem não
o fizer, é sumariamente “excomungado”.
A
exigência do PT é que petista é obrigado a votar em petista, a não ser que o
“poderoso chefão” decida, visando seus interesses pessoais, apoiar outro ou
outros candidatos. Quem desobedecer a ordem do
ex-metalúrgico passa a ser considerado inimigo do sistema ditatorial
imposto pelo “clã” da estrela cubana. Foi assim com alguns políticos que, por
não concordarem 100% nas propostas petistas, chegaram a ser expulsos da
agremiação de propriedade do Lula. A opressão é o cardápio principal das leis
internas, que eles tentam transferir para o nosso cotidiano. É a lei do
CUMPRA-SE, muito comum no sistema imperialista.
Depois
de derrotado por várias vezes e vendo que suas pretensões de chegar ao poder
eram cada vez mais impossíveis, Luiz Inácio da Silva resolveu partir para uma
estratégia que o distanciaria do discurso de que sozinho venceria os seus maiores
“inimigos”, sendo o PMDB e o PFL os maiores alvos de seus ataques verbais.
Apegavam-se então àquela ideologia medíocre e covarde de que “se você não pode
com seus inimigos, junte-se a eles”. Para os petistas, o importante agora era
chegar ao Palácio do Planalto a todo custo.
A
estratégia deu certo. Desavergonhadamente,
juntou-se ao PDMB, partido “massacrado” por eles ao longo de muitos
anos, desde a existência do MDB. Para isso, usando sua já costumeira e
conhecida arrogância, Lula obrigou seus aliados a se calarem diante da promessa
de entregar todos os Ministérios aos oportunistas peemedebistas. O resultado
foi extraordinário para os xiitas brasileiros. 1º de janeiro de 2003 e lá
estava o ex-torneiro mecânico enfaixado e pousando garbosamente para a
posteridade melancólica de um país sem princípios éticos e morais.
Eufóricos
e ansiosos, milhões de brasileiros (não me incluam entre eles) esperavam ver um
país diferente: com um governo honesto, transparente, distante da corrupção.
Estava perto de ser realizado o sonho de ver uma educação primorosa, um sistema
de saúde a nível de primeiro mundo e uma segurança a causar inveja. Afinal,
este foi o quadro pintado ao longo das campanhas políticas do Partido dos
Trabalhadores. Mas não passava de um falso retrato do que estaria por vir.
Consolidada
a vitória do 35º Presidente da República, esperava-se uma palavra de gratidão
ao PMDB, responsável maior pela ascensão do primeiro mandatário do PT na
política nacional resultando na sua chegada à Presidência da República. Mas a
arrogância petista deixou de lado o seu “trampolim” político e passou a
enaltecer a si próprio, como se tivesse conquistado a vitória sem ajudas
externas. Esqueciam-se de que um partido que elege apenas dois governadores,
não tem respaldo político para eleger sozinho um Presidente da República.
O
Palácio do Planalto virou reduto dos maiores corruptos da história do Brasil.
Para quem havia prometido que “em seu palanque corruptos não subiam e que em seu governo corruptos não entravam”, o
exemplo foi o pior possível. Foram, ao todo, cento e duas (102) denúncias de
corrupção, num prazo de oito anos. Superou as denúncias nos governos Sarney
(6), Collor de Melo (18), Itamar Franco (31) e FHC (44), totalizando 99. Uma
imperdoável decepção para quem pregava honestidade e um governo diferenciado.
Dizendo-se
defensor da democracia e lançando o seu veneno mortífero contra o Regime
Militar, que combateu a invasão do comunismo no Brasil, os militantes do
Partido dos Trabalhadores sempre defenderam com veemência o regime cubano, ao
mesmo tempo em que lançam seus aplausos as ações criminosas do chavismo na Venezuela.
Pergunta-se, então: - como pode um partido defender a democracia, quando, na
realidade, defende claramente duas ditaduras que oprimem e perseguem?
Lembro-me
que o PT não contribuiu em nada para o progresso da Nação, uma vez que tinha
como obsessão vigiar os erros dos partidos adversários, fazendo grandes
“tempestades em copo d’água”. Um deslize, por menor que fosse, transformava-se
numa acusação implacável. Teimava em dizer que dera grande contribuição para o
combate ao regime militar quando, na realidade, o maior combatente foi o MDB,
que fazia severa oposição à Aliança Renovadora Nacional (ARENA), defensora do
regime da época. O MDB “arregaçou” as mangas e lutou por uma democracia
nacional. Foram os líderes peemedebistas do passado, homens de caráter, que
elaboraram a Constituição de 88, da qual o PT foi extremamente contrário e a
quem fez ferrenha oposição.
Foi o
próprio Luiz Inácio Lula da Silva que, em 1990, fundou, juntamente com o ditador cubano Fidel Castro,
o Foro de São Paulo, movimento que congregava a esquerda da América Latina e do
Caribe. Nota-se que a amizade com o pior usurpador da liberdade do povo cubano
vem de longas datas. É o mesmo Fidel
Castro que pretendia implantar o comunismo no Brasil em 1964. É este o
Lula que tinha um patrimônio de 840 mil
reais em 2006 e hoje, apenas oito anos depois, conta com bens incalculáveis. Um
mágico de causar inveja ao próprio David Copperfield.
Diante
do que foi exposto, fica mais do que evidente que o PT é arrogante, prepotente,
ganancioso, mentiroso, incoerente, ingrato e, consequentemente, indigno da
nossa confiança. Acredito que, pelo menos para as pessoas de bom caráter, eu
tenha justificado com clareza os motivos pelos quais eu não voto no Partido dos
Trabalhadores. Trata-se de uma decisão de quem conhece o PT desde a sua
fundação e que acompanhou o comportamento de políticos e adeptos do partido. É uma
decisão de quem não tem “rabo preso” e que tem moral para se posicionar da
maneira mais coerente possível.
Sei
que muitos virão com aquela justificativa própria dos culpados sem argumentos
inteligentes, de que no governo do PT a corrupção foi investigada e os
corruptos presos. Será que é assim mesmo? Por que, então, os que punem os
corruptos petistas são exonerados de seus cargos, enquanto outros são obrigados
a optar pela aposentadoria? Por que
mudam tantos ministros do Supremo?
Faz-se
necessário lembrar, e isso tem sido mostrado pela imprensa nacional, que quando as acusações são contra os
adversários petistas, estes saem às ruas clamando por CPIs contra aqueles. Nesse
caso os denunciados são castigados
impiedosamente e até aprisionados na Superintendência da Polícia
Federal. Quando as denúncias envolvem
adeptos do PT, sempre é perseguição política, mesmo diante de provas concretas.
Aí, aparecem defesas por todos os lados, sempre patrocinados pelo Palácio do
Planalto.
Que tal citarmos o exemplo do que aconteceu com o Senador José
Sarney, então Presidente do Senado que, com onze denúncias nas “costas”, foi
blindado por forças palacianas? Mais revoltante ainda foi o PT escolher os
integrantes da Comissão de Ética para julgar o caso, tendo como presidente um
integrante do partido governista e como relator um amigo íntimo do acusado. Na
verdade, as denúncias contra o PT se acumulam, mas são atiradas nos esgotos do
Congresso Nacional, sendo engolidas pela podridão do protecionismo político.
LEMBRETE: ESCREVI ESTE TEXTO,
NÃO PARA AFRONTAR OS AMIGOS POR QUEM TENHO GRANDE RESPEITO E A QUEM QUERO MUITO
BEM, MAS PARA TENTAR ACORDAR OS QUE
DORMEM E CONSCIENTIZAR OS INCONSCIENTES.
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