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Gostaria de iniciar esta minha postagem com essas palavras proferidas por JESUS CRISTO: “Vocês ouviram o que foi dito: ‘Amem os seus amigos e odeie os seus inimigos’. Mas eu lhes digo: amem os seus inimigos e orem pelos que perseguem vocês, para que vocês se tornem filhos do Pai de vocês que está no céu. Porque ele faz com que o sol brilhe sobre os bons e sobre os maus e dá chuvas tanto para os que fazem o bem como para os que fazem o mal”. Talvez você tenha ficado perplexo diante desta minha atitude! Mas vamos em frente, até que eu consiga alcançar o meu objetivo.
Minha primeira
experiência política foi aos 16 anos, em Campina Grande, na campanha do Sr.
Severino Bezerra Cabral, para prefeito daquela cidade. De lá até os meus 53
anos convivi com alguns partidos (UDN, PSD, ARENA, MDB, PMDB, PFL, PDT, PTB) e
diversos políticos, dos mais ao menos descarados, maldosos e meia dúzia de
honestos. Ao longo dos anos, fui convidado a candidatar-me a vereador. Mesmo
sabendo das possibilidades de sair vitorioso, temi ser contaminado pelo vírus
da corrupção. Fui mais inteligente!
Durante muitos anos assessorei prefeitos e vereadores. Por
muitas vezes redigi Proposições, Ofícios, Requerimentos e Projetos de Lei; tive
a honra de coordenar programas radiofônicos e
comitês eleitorais. Preparei inúmeros discursos para candidatos em
campanhas políticas. Foram oito anos de assessoria na Câmara Municipal de
Patos; sete anos de assessoria da Prefeitura Municipal da mesma cidade; quatro
anos na assessoria da Câmara Municipal de Araripina e, ao todo, trinta e sete
anos de vitórias e derrotas (1957-1994) na política. Esse tempo foi suficiente
para conhecer as mais diversas personalidades dos políticos e as mais estranhas
artimanhas dos partidos em busca de sucessos a todo custo. Certo candidato me
disse que para ganhar uma eleição, fazia acordo até com o Diabo e que depois de
eleito daria um chute no traseiro dele e o mandaria para o inferno.
Tive meus momentos
de alegrias e de decepções. Entregava-me de corpo e alma em defesa dos mais
diversos propósitos e dos mais estranhos ideais. Vi discursões verbais entre
vereadores se transformarem em agressões físicas (alguns que estiveram
envolvidos vão ler e lembrar deste fato). Usei de minha lealdade e de minha
fidelidade político-partidárias e as recíprocas não foram verdadeiras. Fui
vítima de ingratidão, mas mantive-me firme, sem levar em consideração a falta
de reconhecimento dos ingratos. Conheço colegas que se elegeram e desistiram de
uma possível reeleição, decepcionados com a realidade política.
Certa vez, em conversa com um determinado vereador muito
amigo meu, ouvi-o dizer que era necessário abraçar os inimigos políticos na
esperança de transformá-los em amigos. Foi aí que eu lhe disse: “Realmente, é
bom que você aja assim, mas é mais importante abraçar os inimigos sem ser
indiferente àqueles que lhe são fiéis”. Hoje, esse mesmo cidadão, já esquecido
por aqueles a quem abraçou como sendo seus “amigos”, foi lançado no mundo dos esquecidos. Até tem
recebido críticas injustas. Condeno ataques agressivos, por ser consciente de
que ninguém é 100% correto, nem 100% incorreto. Principalmente quando colocamos
em evidência o mundo podre e nojento da política.
Na
política, todos merecem ser respeitados, mas nem todos merecem confiança. Conheço pessoas que foram
beneficiadas, por muitos anos, mas na primeira oportunidade “viraram a casaca”
e caíram nos braços dos primeiros que lhes “estalaram o dedo”. Esses são os
chamados OPORTUNISTAS, pessoas maliciosas, traiçoeiras, incapazes de conviverem
em sociedade. São manchas negras, podres e indesejáveis numa sociedade que
precisa de pessoas idôneas. São elementos de sorrisos hipócritas, prontos para
o “bote” fatal contra os ingênuos.
Não tenho a memória
curta, apesar da minha idade já avançada (72 anos). Ainda sou capaz de lembrar
pessoas que bajularam ao máximo, determinados políticos e, hoje, cobertas pelos
mantos da ganância e da covardia, lançam seus mais mortíferos “venenos” contra
aqueles que as protegeram e muito fizeram em seu benefício. Omito-me a citar
nomes. Enoja-me ver que ainda existem pessoas assim. Entristece-me saber que elas
sempre existirão e que ainda existem políticos que depositam confiança em certos
elementos. Estes pobres e enganados
políticos serão suas próximas vítimas. Basta esperar para ver. E como eu vou
esperar!!!
Já estive ao lado de muitos políticos e convivi com vários
partidos. Mudei de opiniões, mas nunca mudei de comportamento, ao ponto de
denigrir a imagem de “A” ou de “B”, mesmo sendo vítima da covardia de uns e da
indiferença de outros. Sempre mantive o bom caráter, uma herança paterna. Fiz
questão de manter a amizade com todos, mesmo estando de lados opostos. É por
isso que sempre tenho livre acesso aonde vou e onde chego. Esforço-me para que
a minha idoneidade moral seja sempre respeitada para o orgulho dos meus filhos
e de todos os que me cercam. Muitos
ainda precisam aprender que o respeito
ao semelhante faz parte de uma política bem mais evoluída e agradável: a
política da moralidade.
E foi acompanhando as mensagens postadas no Face book, todas
elas com o intuito de defender ou acusar este ou aquele candidato, que resolvi
escrever e publicar o que penso a respeito. De início, relutei, mas ao ver
pessoas ingratas “massacrando” determinados cidadãos, não resisti. A educação
que recebi faz com que eu desconheça aquele que usou da ingratidão para comigo,
sem fazer uso de termos agressivos. A indiferença é a maneira mais prática e
mais saudável para tratarmos quem não merece a nossa confiança. Mostrar a
verdade de forma elegante não faz mal a ninguém. Maltratar incita o outro lado
a uma reação indesejada.
Há pessoas que
não conseguimos esquecer, por mais que queiramos, inclusive nos meios
políticos, onde encontrar homens de caráter não é uma tarefa fácil. Sinto
muitas saudades de pessoas com a idoneidade moral dos saudosos Edmilson Fernandes Motta e Rivaldo Medeiros da
Nóbrega, de quem fui Assessor de Imprensa durante os seus governos. Conheci muitos outros iguais a eles, que prefiro
não citá-los para evitar o desconforto da omissão. Que estes e outros de igual
caráter não se incluam e nem se assemelhem aos indecentes, cujos exemplos são
citados neste texto.
(Adalberto Pereira)