QUEM SÃO OS TRADUTORES DA BÍBLIA SAGRADA?
ELES MERECEM A NOSSA CREDIBILIDADE?
A Bíblia é a palavra de Deus. Trata-se
de um livro escrito por homens inspirados por Deus, ou seja, Deus preparou
homens especiais para transmitir-nos a sua mensagem santa e verdadeira. A
Bíblia é um livro cujo escrito dispensa quaisquer comentários. Ela é
inquestionável. Seus ensinamentos são verdadeiros. Nela, não há contradições.
Mesmo não sendo homens sem pecados, seus escritores merecem todo o nosso respeito
e a nossa admiração. Não são dignos de nossa adoração, pois dela somente o
Senhor é digno. Mas a pergunta que fazemos é: QUEM SÃO OS TRADUTORES DA BÍBLIA SAGRADA?
Não podemos dizer que ESCRITORES
e TRADUTORES
são sinônimos, ou que eles são as mesmas pessoas. A partir do momento em que
sabemos que a Bíblia foi escrita e traduzida para vários idiomas, vem-nos a
ideia de que algo poderia ter acontecido neste período de transição idiomática
ou linguística, como queiram, para
deixar-nos meio preocupados com o que encontramos escrito na própria Bíblia.
Antes tudo, precisamos saber que Jesus Cristo falou em aramaico,
sua língua natural, e não em grego, latim ou hebraico, embora todas as
traduções levam em consideração o hebraico ou o grego. As razões não são
explícitas pelos estudiosos. Estes preferem considerar a tradução feita por
Martinho Lutero para o alemão. Mas de onde e para onde Lutero traduziu a Bíblia Sagrada, ou como o
fez pouco importa neste momento. Bem, vamos adiante:
01
- A RESSURREIÇÃO DE JESUS CRISTO
Recorrendo ao Novo Testamento, vamos lá para a história da
ressurreição de Jesus Cristo. O tradutor de Mateus, capítulo 28 diz que houve
um grande terremoto quando UM anjo desceu do céu e removeu a pedra,
assentando-se sobre esta. Os guardas tremeram e ficaram COMO se estivessem
mortos. O anjo dirige-se às mulheres (Maria Madalena e a outra Maria) e diz:
“Não temais; porque sei que buscai Jesus, que foi crucificado. Ele não está
aqui; ressuscitou, como havia dito.” Em seguida, o anjo chamou as duas para ver
o lugar onde Jesus estava. Quando elas saíram para anunciar o acontecimento,
Jesus se encontrou com elas no caminho.
O tradutor do livro de Marcos diz no capítulo 16 que Maria Madalena, Maria mãe de Tiago, e
Salomé (já são três as mulheres), chegaram, viram a pedra removida, entraram no
túmulo e viram um jovem assentado ao lado direito, vestido de branco. Seguindo
a leitura, vemos que Jesus Cristo aparece primeiro a Maria Madalena. Em Mateus,
Jesus aparece no meio do caminho a Maria Madalena e a outra Maria. Em Marcos,
ele aparece somente a Maria Madalena.
O tradutor de Lucas diz no capítulo 24 que as mulheres que
tinham vindo da Galiléia com Jesus Cristo e que viram onde ele havia sido
sepultado, entraram no túmulo e não acharam o corpo de Jesus. Em seguida, DOIS
varões com vestes resplandecentes apareceram a elas. Em Mateus era apenas UM
anjo. Em Marcos, este anjo estava assentado ao lado direito. Em Lucas, não eram
apenas duas mulheres. Agora eram Maria Madalena, Joana, Maria mãe de Tiago e as
demais mulheres que estavam com elas.
Agora
vejamos o que nos diz o tradutor de João, capítulo 20. Em sua narrativa ele diz
que Maria Madalena (sozinha) foi ao sepulcro, viu que a pedra estava removida
(sem entrar) correu para avisar a Simão Pedro e um outro discípulo citado
apenas como aquele a quem Jesus amava. Em seguida, Pedro e o outro discípulo
foram ao sepulcro. O outro discípulo chegou primeiro e viu os lençóis de linho,
mas não entrou. Pedro chegou em seguida e entrou. Eles voltaram para casa.
Nessa narrativa não tinha nenhum anjo. Enquanto isso, Maria permanecia junto à
entrada do túmulo. Ela olhou para dentro do túmulo e viu DOIS anjos sentados
onde o corpo de Jesus fora posto. Um estava à cabeceira e o outro aos pés.
(nesta narrativa, Maria não entra no túmulo).
CONCLUSÃO: Em três narrativas, os TRADUTORES contaram histórias
completamente diferentes. Por quê? São fatos que não se justificam, quando a
palavra de Deus diz que não se deve tirar nem acrescentar uma palavra neste
Livro Sagrado.
02
- A CURA DO CRIADO DE UM CENTURIÃO
O tradutor do livro de Mateus, capítulo 8 diz que o centurião
foi até Jesus Cristo pedir para que este curasse o seu criado que estava em
casa, de cama, paralítico e sofrendo horrivelmente. O mesmo tradutor diz que
Jesus ia até a casa do centurião, mas este disse não ser digno de que Ele
entrasse em sua casa. Um detalhe importante a ser verificado é que, em
Mateus 8, o centurião esteve frente a frente com Jesus.
Em Lucas 7, o tradutor conta a mesma história no capítulo 1º.
Aqui, o centurião já não se encontra com Jesus. Ele manda alguns anciãos dos
judeus pedir a Jesus que fosse curar o seu servo. O narrador diz que Jesus foi
com eles e, ao chegar perto da casa, os amigos do centurião foram ao encontro
de Jesus com o recado para que não entrasse na casa. De onde estava Jesus curou
o jovem. Aqui, o detalhe é que o centurião nem viu Jesus.
CONCLUSÃO: A diferença nas duas traduções são quilométricas,
deixando-nos numa grande e inexplicável incerteza. Não quanto a cura (este é um
fato inquestionável), mas quanto ao desenrolar dos fatos.
03
- A ORAÇÃO DO PAI NOSSO
Como o tradutor narra o Pai Nosso ensinado por Jesus no livro de
Mateus, capítulo 6, a partir do versículo 9. Segundo a tradução, os discípulos
pedem a Jesus que os ensine a orar. Jesus diz que eles devem orar assim: “Pai
nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino,
faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia
dá-nos hoje; e perdoa-nos a nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos
nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal [pois
teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém].
Vejamos como foi o Pai Nosso ensinado por Jesus, segundo o
tradutor de Lucas, capítulo 11 a partir do versículo 2: “Então, ele os
ensinou: Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o teu nome; venha o teu
reino; o pão nosso cotidiano dá-nos de dia em dia; perdoa-nos os nossos
pecados, pois também nós perdoamos a todo o que nos deve. E não nos deixe cair
em tentação”.
CONCLUSÃO: Qual das duas orações pode ser considerada a oficial?
Quem traduziu corretamente? Não estamos contestando a veracidade do fato, mas
como realmente ele aconteceu! Que Jesus ensinou aos seus DISCÍPULOS a orar, não
resta a menor dúvida. Quanto à tradução verdadeira, faz-se necessário um estudo
mais profundo!
Vem-nos agora um dos assunto mais discutido entre algumas
denominações: a perda da salvação. Uns dizem e asseguram que depois de salvos
estaremos salvos para sempre. Outros defendem com “unhas e dentes” que podemos,
sim, perder a salvação. E o que nos diz a Bíblia Sagrada? Perdemos ou não
perdemos? Qual a afirmativa correta, afinal? Foi diante desta imensa confusão
de ideias doutrinárias que fomos procurar a resposta na própria Bíblia Sagrada.
O tradutor de Gênesis 32: 30-35, conta um diálogo entre Moisés e
Deus. Na ocasião Moisés conta a Deus que o povo dele havia cometido grande
pecado ao fazer para si um bezerro de ouro para adorar. Moisés pede que Deus
perdoe aquele povo e chega a colocar sua própria vida em risco ao dizer para
Deus: “... se não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste”. Diante
da proposta de Moisés, Deus dá a seguinte resposta: “... Riscarei do meu
livro todo aquele que pecar contra mim.”
Fui lá para o livro de Apocalipse para ver o que o tradutor dizia
a respeito do assunto. No capítulo 3, versículo5, Jesus Cristo disse em sua
Carta à Igreja em Sardes, principal cidade da Lídia, entre Éfeso e Pérgamo: “O
vencedor será assim vestido de vestiduras brancas, e de modo nenhum apagarei o
seu nome do livro da vida; pelo contrário, confessarei o seu nome diante de meu
Pai e diante dos seus anjos”.
No mesmo livro de Apocalipse, agora no capítulo 21, Jesus Cristo
fala a João a respeito da Nova Jerusalém, onde não precisaremos nem do sol, nem
da lua, para lhe darem claridade, pois a glória de Deus a iluminou, e o
Cordeiro é a sua lâmpada. No versículo 27, lemos o seguinte: “Nela, nunca
jamais penetrará cousa alguma contaminada, nem o que pratica abominação e
mentira, mas somente os inscritos no livro da vida do Cordeiro”.
Diante destes fatos, resolvi procurar saber, dentro da própria
Bíblia a que viria a ser o livro da vida. Descobri que se trata do livro onde
estão escritos os nomes de todos os salvos. Passei a procurar os detalhes:
1 – “Riscarei do meu livro todo aquele que pecar contra mim”;
2 – “... De modo nenhum apagarei o seu nome do livro da vida”;
3 – “... Mas somente os inscritos no livro da vida do Cordeiro”.
CONCLUSÃO: Se Deus achar que deve apagar ele apaga, pois ele tem
todo o poder para fazer o que bem quiser, independente do que achamos. Baseados
nessas passagens bíblicas, podemos afirmar que Deus pode, sim, riscar o nosso
nome do livro dos salvos. Ou então, os tradutores não estão corretos em suas
traduções. Mais uma vez eu digo que não estou contestando os fatos, mas as
interpretações feitas pelos homens (teólogos) a respeito deles.
04
- O BEIJO TRAIDOR DE JUDAS ISCARIOTES
A pergunta é: Judas beijou Jesus Cristo para que os soldados o
identificassem? Procuramos uma resposta que nos deixasse frente à frente com a
realidade. Em primeiro lugar, fomos ver o que nos diz o tradutor em Mateus
26:47-56. No versículo 48 o tradutor diz que Judas havia dito aos soldados que
aquele a quem ele beijasse podia prender, que se tratava de Jesus Cristo. O
versículo 49 completa o episódio com a seguinte afirmativa: “E logo,
aproximando-se de Jesus, lhe disse: Salve, Mestre! E o beijou.”
Agora, vamos ver o que nos diz o
tradutor de Lucas. No capítulo 22, a partir do versículo 47, ficamos diante do
mesmo episódio da traição de Judas. Aqui, o tradutor diz que Judas se
aproximava de Jesus para beijá-lo, mas Jesus se antecipa e diz: “Judas, com
um beijo trais o Filho do homem?”
No Evangelho de João, capítulo 18, o
tradutor escreveu que à noite Judas Iscariotes, que já conhecia aquele lugar,
levou os soldados e alguns guardas do Templo. Diz o tradutor que eles
conduziam lanternas e tochas. Os
versículos 4 e 5 dizem: “Sabendo, pois,
Jesus todas as cousas que sobre ele haviam de vir, adiantou-se e
perguntou-lhes: A quem buscais? Responderam-lhe: A Jesus, o Nazareno. Então
Jesus lhes disse: Sou eu. Ora, Judas, o traidor, estava também com eles.
Quando, pois, Jesus lhes disse: Sou eu, recuaram e caíram por terra”.
OBS.: Para o tradutor de Mateus e Marcos, Judas beijou Jesus, já
para o tradutor de Lucas e João, Jesus não foi beijado por Judas. A narrativa
feita em João mostra que Jesus se antecipou, não dando tempo a alguém se
aproximar dele. É tanto que no final do versículo 5, todos que foram prender
Jesus caíram por terra. Isso leva a uma certeza de que Judas não teve tempo
para se aproximar do Filho de Deus.
05
- QUANTAS VEZES O GALO CANTOU DEPOIS DE PEDRO NEGAR A CRISTO?
Num diálogo entre Jesus e Simão Pedro, o Filho de Deus disse que
o apóstolo o negaria três vezes antes do galo cantar. Jesus não fez referência
quanto as vezes que o galo cantaria, mas se levarmos em consideração os
escritos em Mateus, Marcos, Lucas e João, iremos nos deparar com uma pequena
mas significante diferença.
Começando pelo livro de Mateus, capítulo 26, lemos no versículo
74 que ao ser abordado pela terceira vez, Pedro começou a praguejar e a jurar
que não conhecia Jesus: “Não conheço esse homem! E imediatamente cantou o
galo”, o versículo 75 continua com a seguinte versão: “Então, Pedro se
lembrou da palavra que Jesus lhe dissera: Antes que o galo cante, tu me negarás
três vezes”.
No livro de Marcos, capítulo 14, lemos nos
versículos 71 e 72, Pedro nega pela terceira vez que conhecia Jesus. Vejamos a
versão de Marcos: “Ele, porém, começou a praguejar e a jurar: Não conheço
esse homem de quem falais! E logo cantou o galo pela SEGUNDA vez. Então Pedro se lembrou da palavra que Jesus lhe
dissera. Antes que DUAS vezes cante o galo, tu me negarás três vezes...”.
Nos Evangelhos de Lucas e João, o tradutor não faz referências a
números. Vejamos as versões dos dois Evangelhos:
Lucas 22:60 > “Mas Pedro insistia: Homem, não compreendo o que
dizes. E logo, estando ele ainda a falar, cantou o galo”.
João 18:26 e 27 > “Um dos servos do sumo sacerdote,
parente daquele a quem Pedro tinha decepado a orelha, perguntou: Não te vi eu
no jardim com ele? De novo Pedro negou, e, no mesmo instante, cantou o galo”.
06
- A CURA DE UM (OU DOIS?) ENDEMONIADOS
No livro de Mateus, capítulo 8, a partir do versículo 28, encontramos Jesus
curando DOIS endemoniados GADARENOS. O mesmo fato é contado nos livros de
Marcos (5:1-20) e Lucas (8:26-39). O fato é que em Mateus, Jesus cura DOIS
endemoniados, enquanto em Marcos e Lucas, Jesus cura UM endemoniado Vejamos a narrativa de Mateus: “Tendo
ele chegado à outra margem, à terra dos gadarenos, vieram-lhe ao encontro DOIS
ENDEMONIADOS, saindo dentre os sepulcros, e a tal ponto furiosos, que ninguém
podia passar por aquele caminho”. A narrativa prossegue com Jesus passando
os demônios para os porcos, que se precipitaram no despenhadeiro abaixo, para
dentro do mar, morrendo nas águas.
E o que diz Marcos em sua narrativa? Vale salientar que, se em
Mateus, os endemoniados eram gadarenos, em Marcos, eles eram GERASENOS. Vejamos
a narrativa de Marcos: “Entrementes, chegaram à outra margem do mar, à terra
dos gerasenos. Ao desembarcar, logo veio dos sepulcros, ao seu encontro, UM
homem possesso de espírito imundo, o qual vivia nos sepulcros, e nem mesmo com
cadeias alguém podia prendê-lo”. A narrativa prossegue com Jesus mandando o
espírito imundo sair daquele homem e entrar nos porcos, que se precipitaram
despenhadeiro abaixo, para dentro do mar, onde se afogaram.
OBS.: A veracidade dos fatos é incontestável e não deve ser
questionada em nenhuma circunstância. O que nos deixa meio desconfiado é
quando as contradições em alguns pontos estratégicos. Há momentos em que as
diferenças são quilométricas, o que não poderia acontecer, independente da
maneira de como os fatos devem ser contados.
07
- A CEIA DO SENHOR
A ceia, segundo Mateus
26:26-30 e segundo Marcos 14:22-26
“Enquanto comiam, tomou Jesus um pão, e, abençoando-o, o
partiu, e o deus aos seus discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu
corpo. A seguir, tomou um cálice e tendo dado graças, o deus aos discípulos,
dizendo: Bebei dele todos; porque este é o meu sangue, o sangue da [nova]
aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados. E digo-vos
que, desta hora em diante, não beberei deste fruto da videira, até aquele dia
em que o hei de beber, novo, convosco no Reino de meu Pai. E tendo cantado um
hino, saíram para o monte das Oliveiras”.
A Ceia, segundo Lucas 22:19-23
“E, tomando um pão,
tendo dado graças, o partiu e lhes deu, dizendo: Isto é o meu corpo oferecido
por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente, depois de cear, tomou o cálice dizendo: Este é o cálice da
nova aliança no meu sangue derramado em favor de vós. Todavia, a mão do traidor
está comigo à mesa. Porque o Filho do homem, na verdade, vai segundo o que está
determinado, mas ai daquele por intermédio de quem ele está sendo traído! Então
começaram a indagar entre si quem seria, dentre eles, o que estava para fazer isto”.
A Ceia, segundo 1 Coríntios 11:23-29
Em sua primeira carta aos crentes da
Igreja de Corinto, o apóstolo Paulo, ao tomar conhecimento do que estava
acontecendo ali, resolveu dar algumas instruções para que a celebração fosse
feita de forma correta. Ele disse como Jesus procedeu junto aos seus discípulos
e acrescentou:
“Por isso, aquele que
comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente, será réu do corpo e do
sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e, assim, coma do pão,
e beba do cálice; pois quem come e bebe sem discernir o corpo, como e bebe
juízo para si”.
08 - PODEMOS OU NÃO ESCOLHER?
Ouve-se muitas vezes
pregadores dizendo que, como seres humanos que somos, não temos o direito de
escolher, pois cabe a Deus fazer a escolha. Isso me deixou um tanto curioso. E
como não tem fonte de informações melhor do que a Bíblia, a própria palavra de
Deus, lá fui eu a procura de explicações.
No Livro de Atos dos
Apóstolos, capítulo 6, versículo3-5, encontramos a seguinte passagem: “Mas,
irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e
de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço; e, quanto a nós, , nos
consagraremos à oração e ao ministério da palavra. O parecer agradou a
toda a comunidade; e elegeram Estevão,
homem cheio de fé e do Espírito Santo; Filipe; Prócoro; Nicanor; Timão; Pármenas
e Nicolau, prosélito de Antioquia”.
Pelo menos nesse momento, Deus deixou aqueles homens livres para
escolherem os auxiliares dos discípulos.
Em Lucas 10:38-42, encontramos Jesus sendo recebido na casa das
irmãs Marta e Maria, irmãs de Lázaro. Maria ficou ouvindo atentamente os
ensinamentos de Jesus, enquanto Marta se preocupava com os trabalhos
domésticos. Em determinado momento, Marta reclama e pede que Jesus mande Maria
ajudá-la. No versículo 41 Jesus responde: “Marta! Marta! Andas inquieta e te
preocupas com muitas cousas. Entretanto,
pouco é necessário ou mesmo uma só cousa; Maria, pois, escolheu a boa
parte, e esta não lhe será tirada”.
Aqui também Deus permitiu que Maria fizesse sua escolha.
Lá no Livro de Josué, capítulo 24, versículo 19-25, encontramos
um povo fazendo uma escolha.
“Então, Josué disse ao povo: Não podereis servir ao Senhor,
porquanto é Deus santo, Deus zeloso, que não perdoará a vossa transgressão nem
os vossos pecados. Se deixardes o Senhor e servirdes a deuses estranhos, então,
se voltará, e vos fará mal, e vos consumirá, depois de vos ter feito o bem.
Então, disse o povo a Josué: Não; antes, serviremos ao Senhor. Josué disse ao
povo: Sois testemunhas contra vós mesmos de que ESCOLHESTES o Senhor para servir. E disseram: Nós o
somos. Agora, pois, deitai fora os deuses estranhos que há no meio de vós e
inclinai o coração ao Senhor, Deus de Israel. Disse o povo a Josué: Ao Senhor,
nosso Deus, serviremos e obedeceremos à
sua voz”. Antes, no versículo 15, Josué colocou diante do povo indeciso, uma
oportunidade para voltar atrás em seu comportamento: “Porém, se vos parece
mal servir ao Senhor, ESCOLHEI, hoje, a quem sirvais: se aos deuses a quem
serviram vossos pais que estavam dalém do Eufrates ou aos deuses dos amorreus
em cuja terra habitais. Eu e a minha casa serviremos ao Senhor”.
Vamos lá para o Livro de Êxodo, capítulo 18, versículos 24 e 25,
que diz:
“Moisés atendeu às palavras de seu sogro e fez tudo quanto
este lhe dissera. ESCOLHEU Moisés homens capazes, de todo o Israel, e os
constituiu por cabeças sobre o povo: chefes de mil, chefes de cem, chefes de
cinquenta e chefes de dez”.
Em 2 Samuel, capítulo 24, versículos 11 e 12, encontramos um
texto onde o rei Davi escolhe o castigo segundo ordem do Senhor: “Ao levantar-se Davi pela manhã, veio a
palavra do Senhor ao profeta Gade, vidente de Davi, dizendo: Vai e dize a Davi:
Assim diz o Senhor: Três cousas te ofereço; ESCOLHE uma delas, para que ta faça”. Vejamos as três coisas colocadas
diante de Davi para sua escolha:
1 – Queres que sete anos de fome te venham à tua terra?
2 – Ou que, por três meses, fujas diante de teus inimigos, e
eles te persigam?
3 – Ou que, por três dias, haja peste na tua terra?
E continua: Delibera, agora, e vê que resposta hei de dar ao que
me enviou. Lembramos que quem enviou o profeta Gade foi o Próprio Deus.
O próprio Jesus escolheu seus doze apóstolos: (Mateus 10:1-4)
Simão, por sobrenome Pedro; e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu; e
João, seu irmão; Filipe; e Bartolomeu; Tomé; e Mateus, o publicano; Tiago,
filho de Alfeu; e Tadeu; Simão, o
Zelote; e Judas Iscariotes, que foi quem
o traiu. Veremos
esta parte em João 15:16, quando Jesus diz para seus discípulos: “Não fostes
vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos
designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que
tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda”. Esta
declaração de Jesus tem causado muita controvérsia entre algumas doutrinas.
08 - DEUS SE ARREPENDE?
A Bíblia diz em 1
Samuel, capítulo 15, versículo 29: “Também
a Glória de Israel não mente, nem se
arrepende, porquanto não é homem, para que se arrependa”.
Agora voltemos lá para
os versículos 10 e 11: “Então, veio a palavra do Senhor a Samuel,
dizendo: ARREPENDO-ME de haver
constituído Saul rei, porquanto deixou de me seguir e não executou as minhas
palavras. Então, Samuel se contristou e toda a noite clamou ao Senhor”
A passagem mais forte do
arrependimento de Deus está em Gênesis capítulo 6, versículo 5-7: “Viu o
Senhor que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era
continuamente mau todo desígnio do seu coração; então, SE ARREPENDEU o Senhor
de ter feito o homem na terra, e isso lhe pesou no coração. Disse o
Senhor: Farei desaparecer da face da
terra o homem que criei, o homem e o animal, os répteis e as aves dos céus;
porque me ARREPENDO de os haver feito”.
No Livro de Josué, capítulo
1, versos 5 e 6, Deus promete a Josué nunca o desamparar; “Ninguém te poderá
resistir todos os dias da tua vida; como fui com Moisés, assim serei contigo;
não te deixarei, nem te desampararei. Sê forte e corajoso, porque tu farás este
povo herdar a terra que, sob juramento, prometi dar a seus pais”.
No mesmo livro e fazendo parte do mesmo relato, vemos no
capítulo 7, versículos 3 a 5, Deus permitindo que o exército de Ai derrotasse
os soldados de Josué, como castigo por uma desobediência de Acã, tomando e
escondendo para si algumas cousas condenadas por Deus: “E voltaram a Josué e
lhe disseram: não suba todo o povo; subam uns dois ou três mil, a ferir Ai; não
fatigueis ali todo o povo, porque são poucos os inimigos. Assim, subiram lá do
povo uns três mil homens, os quais fugiram diante dos homens de Ai. Os homens
de Ai feriram deles uns trinta e seis, e aos outros perseguiram desde a porta
até as pedreiras, e os derrotaram na descida; e o coração do povo se derreteu e
se tornou como água”.
Segundo nos conta o
autor , Josué foi obediente a Deus em todos os momentos, cumprindo
religiosamente as ordens do Senhor, mesmo assim, a ira de Deus se revelou contra todos os
filhos de Israel, por conta de um deslize de uma única pessoa. Como resultado,
Acã foi apedrejado e morto por todo Israel, junto com todos os seus filhos e
filhas e até os seus pertences.
A Bíblia nos deixa diante de um fato que pode provar a liberdade de
Deus para agir da maneira que Ele achar conveniente. Ela mostra Deus enviando
um anjo para destruir Jerusalém. Diz a palavra de Deus que quando o anjo já
estava com as mãos estendida para obedecer a ordem do Pai, este mandou que o
anjo não o fizesse mais. Isso significa dizer que Deus achou por bem livrar
Jerusalém da destruição, ou seja, Deus se arrependeu (ou voltou atrás).
09 - A ONISCIÊNCIA DE DEUS
Os tradutores da palavra
de Deus deixaram em dúvida a Onisciência do nosso Criador. Vejamos o que nos
diz o Livro de Gênesis 18:20 e 21: “Disse mais o Senhor: Com efeito, o
clamor de Sodoma e Gomorra tem-se multiplicado, e o seu pecado se tem agravado
muito. Descerei e verei se, de fato, o que têm praticado corresponde a esse
clamor que é vindo até mim; e, se assim não é, sabê-lo-ei”.
Ora, sendo Deus Onisciente,
Onipresente e Onipotente, não haveria necessidade de vir para se certificar se
era verdade ou não aquele clamor. Ele como Soberano, teria agido da mesma
maneira, estando no seu Trono. Deus não precisa vir até mim para provar os meus
delitos. Qual a intensão dos tradutores, nesse caso? Promover discussão quanto
a Onisciência de Deus?
10 - A UNÇÃO DE JESUS CRISTO EM
BETÂNIA
No Evangelho de Mateus, capítulo 26:6-13, o tradutor diz que Jesus
Cristo estava em Betânia, na casa de Simão, o leproso, quando uma mulher
derramou sobre sua cabeça um precioso bálsamo. Diz ainda que OS DISCÍPULOS
ficaram indignados com a atitude daquela mulher. Jesus, então, repreende os
discípulos.
No Evangelho de Marcos, capítulo
14:3-9, o tradutor conta a mesma história, mas não faz referência aos
discípulos, preferindo dizer que “alguns entre si” ficaram indignados.
No Evangelho de João,
capítulo 12:1-8, o tradutor conta: “Seis dias antes da páscoa, foi Jesus
para Betânia, onde estava Lázaro, a quem ele ressuscitara dentre os mortos.
Deram-lhe, pois, ali, uma ceia; Marta servia, sendo Lázaro um dos que estavam
com ele à mesa. Então Maria, tomando uma libra de bálsamo de nardo puro, mui precioso, ungiu os
pés de Jesus...”. Dando sequência, o tradutor diz que JUDAS ISCARIOTES ficara revoltado.
Então ficam aqui algumas perguntas:
1 – Jesus foi ungido na casa
de Simão, o leproso, ou na casa de Lázaro?
2 – Por acaso Lázaro era irmão ou tinha algum parentesco com Simão,
o leproso?
3 – O bálsamo foi derramado
sobre a cabeça de Jesus, ou sobre os seus pés?
4 – Quem ficou irritado com a ação da “mulher”? Os discípulos?
Alguns entre si? Judas Iscariotes, o traidor?
11 – A CURA DE UM (DOIS) CEGO(S) EM
JERICÓ
Um dos milagres mais
citados pelos pregadores é o de dois cegos na cidade de Jericó. No Evangelho de
Mateus 20:29-34, o tradutor diz que Jesus curou dois cegos que estavam
assentados à beira do caminho. Diz ainda que Jesus parou, chamou os dois
e perguntou o que eles queriam. Eles pediram que Jesus lhes abrisse os olhos,
sendo atendidos imediatamente.
No Evangelho de Marcos 10:46-52, encontramos o mesmo fato. Diz o
tradutor que Jesus ia passando, quando o cego mendigo Bartimeu, filho de Timeu,
que estava assentado à beira do caminho, pedia que ele tivesse compaixão dele.
Jesus parou e mandou que o chamassem.
No Evangelho de Lucas 18:35-43, o
tradutor diz que Jesus curou UM cego que estava assentado à beira do caminho.
Na narrativa feita em Lucas, Jesus para e manda que lhe tragam até ele.
Afinal, Jesus curou um ou
dois cegos? Jesus chamou os dois, mandou
chamassem o cego, ou mandou que lhe trouxessem o cego?
·
É
verdade que Jesus Cristo ressuscitou dentre os mortos? ESTA É UMA VERDADE
INEGÁVEL E DEFENDIDA POR TODOS QUE CREEM EM DEUS.
·
A
cura do criado do centurião aconteceu? SEM SOMBRA DE DÚVIDAS!
·
É
verdade que Jesus Cristo ensinou o Pai Nosso aos seus discípulos? COM TODA A
CERTEZA!
·
É
verdade que Judas Iscariotes traiu Jesus
Cristo? SIM, É A PURA VERDADE!
·
É
verdade que Jesus expulsou os demônios? PURÍSSIMA VERDADE!
·
Podemos
contestar os fatos narrados na Bíblia Sagrada? DE FORMA ALGUMA!
·
É
verdade que a Bíblia é a palavra de Deus e que a temos como nossa única regra
de fé e prática? SIM, ESTA É A MAIS PURA VERDADE!
Agora, por que tantas diferenças nas interpretações, quando tudo
está tão claro? Por que tantas diferenças nas traduções? Por que os tradutores
fugiram dos princípios éticos da Palavra? Por que mudaram as narrativas feitas
por homens inspirados por Deus? Quais as intensões dos tradutores? Quais as
intensões dos intérpretes? Elas foram propositais, para confundir os leitores?
O que mais preocupa é que todos dizem: “TEMOS A BÍBLIA COMO A NOSSA REGRA DE FÉ
E PRÁTICA”. Essa afirmativa não pode ser vista como uma grande e confusa
incoerência?
Ufa!!! Ainda bem que o Sermão do Monte só é narrado, em sua
essência, no Evangelho de Mateus (capítulos 5, 6 e 7). Lucas, em seu Evangelho,
faz apenas algumas referências (capítulo 6, versículos 20 a 38). Aí, graças a
Deus, os tradutores não conseguiram distorcer os fatos e as denominações não
conseguiram interpretar de formas diferentes.
Autor: Adalberto Claudino
Pereira